CARGA DE DOENÇA POR SÍFILIS GESTACIONAL EM SANTA CATARINA NO ANO DE 2014.

Autores

  • Helena Caetano Gonçalves e Silva Unisul
  • Paulo Medeiros Carvalho Universidade do Sul de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.63845/s93nr265

Palavras-chave:

Anos de vida perdidos por incapacidade. Sífilis gestacional. Doenças sexualmente transmissíveis.

Resumo

Estimar a carga de doença por sífilis gestacional em Santa Catarina no ano de 2014, em seus componentes de morbidade, mortalidade, casos notificados, faixas etárias e macrorregiões do Estado. Utilizando o indicador: DALY (Disability Adjusted Life Years), para calcular a carga de Doença de uma população. Estudo epidemiológico de delineamento transversal, caracterizado por abordagem quantitativa a partir de pesquisa junto às bases de dados: SINAN – Sistema Nacional de Agravos e Notificações – nos casos notificados por sífilis gestacional; e SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade – nos casos que foram a óbito pela mesma causa. Não houve registro de óbito por sífilis gestacional em Santa Catarina no ano de 2014, de maneira que o número de YLL (Years of Life Lost due to premature mortality) foi igual a zero e, por conseguinte, o indicador de DALY exclusivamente composto pelo indicador de morbidade YLD (Years Lost due to Disabity). A carga de doença por sífilis gestacional em Santa Catarina no ano de 2014 foi estimada em 16,37 DALYs (entre 10 e 49 anos). E a taxa no Estado foi estimada em 45,79 DALYs/100 mil habitantes. Com 309 casos de sífilis gestacional notificados no mesmo ano no Estado. O maior número de casos notificados e a maior taxa de carga de doença encontram-se na faixa etária entre 20 e 29 anos: 146 casos notificados e 19,79 DALYs/100 mil habitantes. A macrorregião com maior carga de sífilis gestacional foi Grande Florianópolis (14,25 DALYs/100 mil habitantes), seguida de Foz do Rio Itajaí (10,81 DALYs/100 mil habitantes).

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Publicado

01/12/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

CARGA DE DOENÇA POR SÍFILIS GESTACIONAL EM SANTA CATARINA NO ANO DE 2014. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(4), 02-16. https://doi.org/10.63845/s93nr265