PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIPERTENSOS EM TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Autores

  • Jordana Smaniotto Rossi Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
  • Francisco Simões Pabis Residência de Cardiologia do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt
  • Júlia Pabis Simões Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
  • Juliana Emy Tolachinski Oikawa Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
  • Conrado Roberto Hoffman Filho Residência de Cardiologia do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt
  • Francisco César Pabis Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE

Palavras-chave:

Hipertensão arterial sistêmica. Fatores de risco. Anti-hipertensivos. Comorbidades.

Resumo

Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico de uma população de hipertensos, identificar os fatores de risco e sua frequência nestes pacientes e analisar quais as classes de anti-hipertensivos mais utilizadas. Métodos: Estudo transversal onde foram analisados 441 pacientes, diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica, sem outras comorbidades e em tratamento farmacológico. Os dados analisados foram: idade, sexo, IMC, ingestão de álcool, sedentarismo, tabagismo, histórico familiar, uso de medicamentos, colesterol, triglicerídeos, dados de ecocardiograma, monitorização ambulatorial de pressão arterial e teste ergométrico. Resultados: Observou-se que a faixa etária média mais acometida era 58 anos, sendo maior a prevalência no sexo masculino. Com relação aos exames laboratoriais analisados, notou-se a elevação do LDL em 60% dos pacientes. Quanto aos fatores de risco, 62% dos pacientes eram sedentários, 40% apresentavam histórico familiar de hipertensão, 28,8% eram etilistas, 26,4% eram tabagistas e 26,3% possuíam IMC aumentado. Vale citar que a maioria possuía dois fatores de risco modificáveis. Verificou-se também que grande parte dos hipertensos (80,7%) estavam em monoterapia, sendo os anti-hipertensivos mais utilizados: antagonistas dos receptores da angiotensina (BRA), betabloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA). Conclusão: Feita a análise dos resultados, merece destaque que a caracterização do perfil dos pacientes permite reduzir fatores de risco, as consequências advindas da patologia e os efeitos adversos decorrentes do seu tratamento.

Referências

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Publicado

15/06/2022

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIPERTENSOS EM TRATAMENTO FARMACOLÓGICO. (2022). Arquivos Catarinenses De Medicina, 50(3), 70-79. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1063

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