FATORES DE RISCO PARA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES COM ANGIOPLASTIA CORONARIANA PRÉVIA COM STENT

Autores

  • Marines Bertolo Peres Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
  • Débora Rodrigues Siqueira
  • Jéssica Pauli Damke Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
  • Marjana Fisher Maboni Universidade Comunitária da Região de Chapecó.

Palavras-chave:

Doença da artéria coronária. Revascularização miocárdica. Angioplastia. Aterosclerose. Fatores de risco.

Resumo

Este estudo analisou os fatores de risco que possam ter contribuído para a necessidade de cirurgia de revascularização miocárdica nos pacientes após angioplastia coronariana com stent convencional, em um serviço de alta complexidade em cardiologia no oeste de Santa Catarina. O estudo configura-se como caso-controle, não pareado, com variáveis coletadas através dos prontuários e via telefone. Os pacientes que realizaram cirurgia de revascularização miocárdica com angioplastia coronariana prévia com stent convencional, no período de 2009-2013, constituem os casos e os que efetuaram apenas angioplastia coronariana com stent convencional, no período de 2011-2012, os controles. Para cada caso foram selecionados quatro controles. Avaliou-se 175 pacientes, sendo 35 casos e 140 controles, sendo aproximadamente 60% da população homens. Dentre os fatores de risco analisados, a hipertensão arterial sistêmica e a dislipidemia foram mais frequentes nos casos que nos controles (100% vs. 72,9%, p< 0,01 e 97,1% vs. 66,4%, p< 0,01, respectivamente). A hipertensão arterial sistêmica e a dislipidemia são fatores de risco para necessidade de cirurgia de revascularização miocárdica após angioplastia coronariana com stent convencional. As demais variáveis não apresentaram significância para a evolução a cirurgia.

Biografia do Autor

  • Marines Bertolo Peres, Universidade Comunitária da Região de Chapecó.

    Mestre em engenharia biomédica. Docente do curso de medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó.

  • Débora Rodrigues Siqueira

    Doutora em ciências médicas: endocrinologia. 

  • Jéssica Pauli Damke, Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
    Acadêmica do curso de medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
  • Marjana Fisher Maboni, Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
    Acadêmica do curso de medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó.

Referências

Gaziano M, Manson J, Ridker P. Prevenção primária e secundária na doença arterial coronariana. In: Zipes DP, Bonow RO, Mann DL, Libby P. Braunwald: tratado de doenças cardiovasculares. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Ed. Ltda, 2010:1119.

BOLETIM BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE (BRATS). Stents farmacológicos e stents metálicos no tratamento da doença arterial coronariana. 2009: Ano IV; 8.

Oliva SB, Paz AA, Souza EN. Conhecimento dos trabalhadores da indústria metal-mecânica sobre fatores de risco para doença arterial coronariana. ReUFSM. 2011; 1(2):214-224.

Gama GGG, Mussi FC, Pires CG, et al. Crenças e comportamentos de pessoas com doença arterial coronária. Ciência & Saúde Coletiva. 2012; 17(12):3371-3383.

Pavão RB, Marin-Neto JA, Novaes GC, et al. Avaliação a médio prazo do controle de fatores de risco de doença cardiovascular em coorte prospectiva de pacientes de alto risco tratados por intervenção coronária percutânea. Rev. Bras. Cardiol. Invas. 2013; 21(2):121-127.

Gasperi R, Cantarelli MJ, Castello HJ, et al. Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea. Rev. Bras. Cardiol. Invas. 2011; 19(2):178-183.

Bupp MG. Sex, the aging immune system, and chronic disease. Cell. Immun. 2015; 294(2):102-110.

Kim C, Cushman M, Khodneva Y, et al. Risk of incident coronary heart disease events in men compared to women by menopause type and race. J. Am. Heart. Assoc. 2015; 4:1-10.

Kumar V, Abbas A, Fausto N, et al. In: Kumar V, Abbas AK, Fausto N, Mitchell RN. Robbins patologia básica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008:371-413.

Cohen R, Budoff M, McClelland R, et al. Significance of a positive family history for coronary h Disease in patients with a zero coronary artery calcium score (from the multi-ethnic study of atherosclerosis). The American journal of cardiology. 2014; 114:1210-1214.

Consentino MB, Coutinho MSSA, Nedel FB, et al. Fatores de risco para síndrome coronariana aguda em Tubarão, SC - estudo caso-controle. Arq. Catarin. Med. 2007; 36(2):41-49.

Rabelo LM. Fatores de risco para doença aterosclerótica na adolescência. Jor. Pediat. 2001; 77(supl.2):S153-S164.

Saad E. Prevenção primária e secundária da aterosclerose: perspectivas atuais e futuras. Rev. da SOCERJ. 2004; 17(2):111-132.

Pardini D. Terapia de reposição hormonal na menopausa. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 2014; 58(2):172-181.

Brick AV, Souza DSR, Braile DM, et al. Diretrizes da cirurgia de revascularização miocárdica, valvopatias e doenças da aorta. Arq. Bras. Cardiol. 2004; 82:1-20.

Oliveira JL, Hirata M, Souza AGM, et al. Sexo masculino e hipertensão arterial são preditores de placa à angiotomografia das coronárias. Arq. Bras. Cardiol. 2015; 104(5):409-416.

Lisboa LA, Mejía AO, Dallan LA, et al. Intervenção coronariana percutânea prévia como fator de risco para revascularização miocárdica. Arq. Bras. Cardiol. 2012; 99(1):586-596.

Marino BCA, Nascimento GA, Rabelo W, et al. Reestenose clínica de stent coronariano: seguimento após tratamento com análise de desfechos clínicos. Arq. Bras. Cardiol. 2014; 104(5):375-386.

Loures DL, Sant’anna I, Baldotto S, et al. Estresse mental e sistema cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol. 2002; 78(5):525-530.

Cantos GA, Duarte MF, Dutra RL, et al. Prevalência de fatores de risco de doença arterial coronária em funcionários de hospital universitário e sua correlação com estresse psicológico. J. Bras. Patol. Med. Lab. 2004; 40(4):240-247.

Bunker S, Colquhoun D, Esler M, et al. "Stress" and coronary heart disease: psychosocial risk factors. Med. J. Aust. 2003; 178(6):272-276.

Yusuf S, Hawken S, Ôunpuu S, et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries: case-control study. Lancet. 2004; 364:937-952.

Herman S, Sadovsky R. Psychosocial health screening and recognizing early signs of psychosocial distress. J. Mens Health. 2010; 7(1):73-82.

Feijó MKEF, Lutkmeier R, Ávila CW, et al. Fatores de risco para doença arterial coronariana em pacientes admitidos em unidade de hemodinâmica. Rev. Gaúcha Enferm. 2009; 30(4):641-647.

Luna-Luna, M, Medina-Urrutia A, Vergas-Alarcón G, et al. Adipose tissue in metabolic syndrome: onset and progression of atherosclerosis. Archives of Medical Research. Mai 2015; 46(5):392-407.

Sattelmair J, Pertman J, Dign E, et al. Dose response between physical activity and risk of coronary heart disease. A meta-analysis. Circulation. 2011; 124(7):789-795.

Sixt S, Korff N, Schuler G, et al. Opções terapêuticas atuais para diabetes mellitus tipo 2 e doença arterial coronariana: prevenção secundária intensiva focada no treinamento físico versus revascularização percutânea ou cirúrgica. Rev. Bras. Med. Esporte. 2004; 10(3):220-223.

Downloads

Publicado

23/11/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

FATORES DE RISCO PARA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES COM ANGIOPLASTIA CORONARIANA PRÉVIA COM STENT. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(3), 93-101. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/115

Artigos Semelhantes

1-10 de 505

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)