ESCALA DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL PARA LACTENTES: VALIDADE DE CONSTRUCTO E CONFIABILIDADE

Autores

  • Francisco Rosa Neto Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • Lucia Andreis
  • Sany Fernandes
  • Inmaculada Ramos Sanchez

DOI:

https://doi.org/10.63845/1phjvj11

Palavras-chave:

Escala, Lactentes, Neurodesenvolvimento, Constructo, Confiabilidade

Resumo

RESUMO: Objetivo: Analisar a validade de constructo e confiabilidade da Escala de Desenvolvimento Infantil para lactentes. Método: Foi realizado um estudo transversal que avaliou 221 lactentes de 6 a 24 meses, matriculados na Rede Pública Municipal de Florianópolis/SC, utilizando como instrumento de avaliação a Escala de Desenvolvimento Infantil (EDI). Na análise estatística, para mensurar a validade de constructo utilizou-se a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) pela técnica de modelagem de equações estruturais e para verificar a confiabilidade da escala foi realizada a análise da consistência interna por meio do coeficiente alfa de Cronbach. Resultados: A AFC confirmou que o modelo unidimensional apresenta excelentes índices de adequação para os fatores de controle postural, oculomanual, linguagem e social. Para a análise de confiabilidade, foi realizada a consistência interna, no qual o valor do Alpha (α) de Cronbach indicou que o instrumento é confiável, sem gerar aumento do valor de alfa, assim, nenhum item foi excluído, reforçando desta maneira o achado que os quatro fatores medem o mesmo fenômeno adequadamente. Conclusão: A EDI apresentou propriedades psicométricas satisfatórias com bom desempenho quanto à validade de constructo e confiabilidade, expondo referências para a população brasileira, representando assim uma boa opção de instrumento de avaliação do neurodesenvolvimento.

Referências

Rosa Neto F. Manual de Avaliação do Desenvolvimento Infantil. Editora EDM: Florianópolis, 2021.

Hwang A, Weng L, Liao H. Construct validity of the comprehensive developmental inventory for infants and toddlers. Pediatrics international. 2010, v. 52, n. 4, p. 598-606. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1442-200X.2010.03102.x

Kono Y, Yonemoto N, Kusuda S, Hirano S, Iwata O, Tanaka K, Nakazawa J. Developmental assessment of VLBW infants at 18 months of age: a comparison study between KSPD and Bayley III. Brain and Development. 2016, 38(4), 377-385. DOI: https://doi.org/10.1016/j.braindev.2015.10.010

Velikos K, Soubasi V, Michalettou I, Sarafidis K, Nakas C, Papadopoulou V, Zefeiriou D, Drossou V. Bayley-III scales at 12 months of corrected age in preterm infants: Patterns of developmental performance and correlations to environmental and biological influences. Research in developmental disabilities. 2015, 45, 110-119. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ridd.2015.07.014

Hsu JF, Tsai MH, Chu SM, Fu RH, Chiang MC, Hwang FM, Kuan MJ, Huang YS. Early detection of minor neurodevelopmental dysfunctions at age 6 months in prematurely born neonates. Early Human Development. 2013, 89(2), 87-93. DOI: https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2012.08.004

Cardoso FGC, Formiga CKMR, Bizinotto T, Tessler RB, Rosa Neto F. Validade concorrente da Escala Brunet‑Lèzine com a Escala Bayley para avaliação do desenvolvimento de bebês pré‑termo até dois anos. Revista Paulista de Pediatria. 2017, 35(2): 144-150. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;2;00005

Lima SS, Cavalcante LIC, Elton FC. Triagem do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças brasileiras: uma revisão sistemática da literatura. Fisioter. Pesqui. 2016, v. 23, n. 3, p. 336-342. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-2950/15703523032016

Lee, LLS, Harris, SR. Psychometric properties and standardization samples of four screening tests for infants and young children: a review. Pediatric Physical Therapy. 2005, v. 17, n. 2, p. 140-147. DOI: https://doi.org/10.1097/01.PEP.0000163078.03177.AB

Mokkink LB, Prinsen CA, Patrick DL, Alonso J, Bouter LM, de Vet HC, Terwee CB. COSMIN Study Design checklist for Patient-reported outcome measurement instruments. Amsterdam, The Netherlands. 2019.

Souza AC, Alexandre NMC, Guirardello EB. Psychometric properties in instruments evaluation of reliability and validity. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2017 Jul-Sep;26(3):649-659. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300022

Rosa Neto F, Souza JM, Medeiros DL. Desenvolvimento neuropsicomotor de crianças matriculadas na educação infantil. Pediatria Moderna. 2016, 52(1): 474-478.

Thompson B. Exploratory and confirmatory factor analysis: Understanding concepts and applications. Washington, DC. 2004, v. 10694. DOI: https://doi.org/10.1037/10694-000

Beeckman D, Vanderwee K, Demarré L, Paquay L, Van Hecke A, Defloor T. Pressure ulcer prevention: development and psychometric validation of a knowledge assessment instrument. International Journal of Nursing Studies. 2010, v. 47, n. 4, p. 399-410. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2009.08.010

Bonett DG, Wright TA. Cronbach's alpha reliability: Interval estimation, hypothesis testing, and sample size planning. Journal of organizational behavior. 2015, v. 36, n. 1, p. 3-15. DOI: https://doi.org/10.1002/job.1960

Pasquali L. Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Rio de Janeiro, 2013.

Brunet O, Lézine I. Le développement psychologique de la première enfance. 1951.

Chin WW. The partial least squares approach to structural equation modeling. Modern methods for business research. 1998, v. 295, n. 2, p. 295-336.

Fattore G L, Teles CA, Santos DND, Santos LM, Reichenheim ME, Barreto ML. Validade de constructo da escala Experiences of Discrimination em uma população brasileira. Cadernos de Saúde Pública. 2016, v 32. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00102415

Martinez MC, Latorre MRDO, Fisher FM. Validade e confiabilidade da versão brasileira do Índice de Capacidade para o Trabalho. Revista de Saúde Pública. 2009, v. 43, n. 3, p. 525-532. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000017

Balbinotti MAA, Barbosa MLL. Análise da consistência interna e fatorial confirmatório do IMPRAFE-126 com praticantes de atividades físicas gaúchos. Psico-USF. 2008, v. 13, p. 1-12. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-82712008000100002

Valentini NC, Saccani R. Escala Motora Infantil de Alberta: validação para uma população gaúcha. Revista Paulista de Pediatria. 2011, v. 29, p. 231-238. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-05822011000200015

Spittle AJ, Brown NC, Doyle LW, Boyd RN, Hunt RW, Bear M, Inder TE. Quality of general movements is related to white matter pathology in very preterm infants. Pediatrics. 2008, 121(5), e1184-e1189. DOI: https://doi.org/10.1542/peds.2007-1924

Dempsey AG, Abrahamson CW, Keller-Margulis MA. Developmental screening among children born preterm in a high-risk follow-up clinic. Journal of Pediatric Psychology. 2016, v. 41, n. 5, p. 573-581. DOI: https://doi.org/10.1093/jpepsy/jsv101

Dewan MV, Herrmann R, Schweiger B, Sirin S, Müller H, Storbeck T, Dransfeld F, Felderhoff-Muser U, Huning B. Are simple magnetic resonance imaging biomarkers predictive of neurodevelopmental outcome at two years in very preterm infants? Neonatology. 2019, v. 116, n. 4, p. 331-340. DOI: https://doi.org/10.1159/000501799

Olsen JE, Lee KJ, Spittle AJ, Anderson PJ, Doyle LW, Cheong JL, members of the Victorian Infant Collaborative Study Group. The causal effect of being born extremely preterm or extremely low birthweight on neurodevelopment and social‐emotional development at 2 years. Acta Paediatrica.2022, 111(1), 107-114. DOI: https://doi.org/10.1111/apa.16098

Do CHT, Kruse, AY, Wills B, Sabanathan S, Clapham H, Pedersen FK, Pham TN, Vu PM, Børresen ML. Neurodevelopment at 2 years corrected age among Vietnamese preterm infants. Archives of disease in childhood. 2020, 105(2), 134-140. DOI: https://doi.org/10.1136/archdischild-2019-316967

Downloads

Publicado

16/12/2022

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

ESCALA DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL PARA LACTENTES: VALIDADE DE CONSTRUCTO E CONFIABILIDADE. (2022). Arquivos Catarinenses De Medicina, 51(1), 118-127. https://doi.org/10.63845/1phjvj11