PERFIL DA MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2015 A 2020

Autores

  • Letícia Rocha Unisul
  • Yuri Werner Carvalho Alencar
  • Franciele Cascaes da Silva

Palavras-chave:

Doenças não transmissíveis, Doenças cardiovasculares, Mortalidade

Resumo

Introdução: As doenças do aparelho circulatório são consideradas as principais causas de óbitos em todo o mundo. Objetivo: Analisar o perfil da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil no período de 2015 a 2020. Método: Estudo ecológico do tipo transversal, realizado com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/SUS) do departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), de 2015 a 2020. Na análise foram calculadas as frequências absolutas e relativas de acordo com cada faixa, sexo, região e causas de óbitos. Resultados: No período foram observados 2.150.258 óbitos. Verificou-se maior número de óbitos na região sudeste (46,72%), no sexo masculino (52,55%) com taxa de mortalidade de 183,21/ 100 mil habitantes e na faixa etária de 80 anos e mais (35,42%) com taxa de mortalidade de 3417,50/ 100 mil habitantes. Observou-se maior taxa de mortalidade devido a doenças isquêmicas do coração (54,78/ 100 mil habitantes), doenças cerebrovasculares (48,33/ 100 mil habitantes) e infarto agudo do miocárdio (44,51/ 100 mil habitantes). Conclusão: Com base nos resultados apresentados pelo estudo é possível observar que o maior número de óbitos por doenças do aparelho circulatório concentra-se na região sudeste, no sexo masculino, na faixa etária de 80 anos e mais devido a doenças isquêmicas do coração, doenças cerebrovasculares e infarto agudo do miocárdio. Assim, torna-se necessária a elaboração de estratégias de prevenção por meio de políticas públicas direcionadas para esse perfil da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil.

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Publicado

24/09/2024

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Como Citar

PERFIL DA MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2015 A 2020. (2024). Arquivos Catarinenses De Medicina, 52(3), 86-96. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1457

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