FREQUÊNCIA DE RESPIRAÇÃO ORAL E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ENSINO NO ANO DE 2021
DOI:
https://doi.org/10.63845/6g523959Palavras-chave:
Respiração Bucal, Qualidade de Vida, Saúde InfantilResumo
A respiração nasal é fator imprescindível para o bom funcionamento do organismo e, quando substituída pela respiração oral, acarreta consequências morfológicas, fisiológicas e até dificuldades de desenvolvimento e aprendizado. Esse estudo objetiva a avaliar a frequência e os fatores associados com a respiração oral em pacientes pediátricos atendidos em ambulatório de ensino. Estudo transversal, utilizando dados de prontuários de atendimento pediátricos de ambulatório de ensino, do ano de 2021. Os resultados foram analisados por epidemiologia descritiva e as prevalências comparadas pela Razão de prevalência (RP) com Intervalo de Confiança (IC) de 95%. A frequência de pacientes com diagnóstico de respiração oral foi de 7,1%. A presença de atopia, apneia do sono, ronco e uso de medicação contínua tiveram associação com a condição de respirador oral (p < 0,05). A associação de fatores de risco (atopia, apneia do sono e uso de medicação contínua) e o ronco como consequência da respiração oral, mostram a necessidade de estar alerta aos fatores associados, a fim de prevenir a respiração oral na infância e promover qualidade de vida aos pacientes pediátricos.
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