PREVALÊNCIA DE AMETROPIA EM CRIANÇAS ATENDIDAS PELO PROJETO OLHAR BRASIL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE FLORIANÓPOLIS

Autores

  • Eduardo Ferrari Ghizzo UFSC
  • Tiago Tomaz de Souza Universidade Federal de Santa Catarina
  • Eduardo Soares Maia Vieira de Souza Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Ametropia, Miopia, Hipermetropia, Prevalência, Crianças

Resumo

As ametropias são a principal causa de baixa acuidade visual em crianças em idade escolar, prejudicando o seu desempenho acadêmico e acarretando risco de complicações oculares. Entre as ametropias, a miopia e a hipermetropia são os tipos mais prevalentes na população. Assim, o objetivo do presente trabalho foi relatar as prevalências encontradas de miopia e hipermetropia nas crianças atendidas pelo Projeto Olhar Brasil no Hospital Universitário de Florianópolis. Neste estudo transversal, crianças entre 5 e 14 anos que falharam a triagem visual foram analisadas por um oftalmologista. Miopia foi identificada quando o equivalente esférico foi igual ou inferior a -0,5 dioptrias, e hipermetropia quando o equivalente esférico foi igual ou superior a 0,5 dioptrias (D). As ametropias encontradas foram classificadas de acordo com a sua severidade, em leve, moderada ou alta. Posteriormente, as crianças também foram divididas de acordo com a faixa etária para comparação entre os grupos. Este estudo analisou 1057 estudantes. A prevalência de miopia e hipermetropia foi de, respectivamente, 16,08% e 66,79%, com predomínio das formas leves das ametropias. O equivalente esférico médio na população estudada foi 0,62 ± 1,70 dioptrias. A proporção de crianças com miopia cresceu com o aumento da idade (p < 0,001), enquanto que o equivalente esférico médio e a proporção de crianças com hipermetropia reduziram com o aumento da idade (ambos p < 0,001). Logo, a prevalência esperada de miopia e hipermetropia deve considerar a idade da população estudada, conforme também evidenciado em outros estudos similares.

Biografia do Autor

  • Eduardo Ferrari Ghizzo, UFSC

    Médico pela Universidade Federal de Santa Catarina.

  • Tiago Tomaz de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina

    Possui Graduação em Medicina pela Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB - SC. Médico Oftalmologista formado no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Possui título de especialista em oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Pós-graduado em Medicina Tráfego ("lato sensu") pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FELUMA). Cursou o programa de "FELLOWSHIP" em Córnea e Doenças Oculares Externas e, posteriormente, Glaucoma no Hospital São Geraldo HC/UFMG. Doutorando do Programa de Cirurgia e Oftalmologia pela Universidade Federal de Minas Gerais onde desenvolveu técnica cirúrgica alternativa para glaucoma de ângulo aberto. Chefe do ambulatório de Glaucoma do Hospital Univrsitário -HU-UFSC e membro na equipe de transplantes de córnea do HU-UFSC.

  • Eduardo Soares Maia Vieira de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina

    Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, residência em oftalmologia pela Santa Casa de São Paulo, fellow em retina cirúrgica com o Prof. Dr. Márcio Nehemy, estágio em retina clínica com o Prof. Lawrence Yannuzzi no serviço de retina do Manhattan Eye, Ear and Throat Hospital, estágio em retina cirúrgica com o Prof. Steve Charles no Charles Retina Institute of Memphis e University of Tennessee, estágio em retina clínica com o Prof. J. Donald M. Gass na Universidade de Vanderbilt em Nashville, mestrado em Oftalmologia pela Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto e doutorado em Oftalmologia pela Universidade de São Paulo Ribeirão Preto. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina. Chefe do Setor de Retina do Hospital Governador Celso Ramos. supervisor do Programa de Residência Médica em Retina do HGCR.

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Publicado

15/08/2024

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PREVALÊNCIA DE AMETROPIA EM CRIANÇAS ATENDIDAS PELO PROJETO OLHAR BRASIL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE FLORIANÓPOLIS. (2024). Arquivos Catarinenses De Medicina, 52(1), 75-87. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1475

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