PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE PROLACTINOMA

Autores

  • Bárbara Cristina Amaro Rocha Universidade do Sul de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0002-0206-7319
  • Lígia Rodrigues Vicentin Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Amely Pereira Silva Balthazar
  • Sheila Montano Vega

Palavras-chave:

Prolactinomas, Hiperprolactinemia, Hipogonadismo

Resumo

Introdução: Prolactinomas são tumores hipofisários benignos que representam 40% dos tumores nessa glândula e correspondem a principal causa de hiperprolactinemia patológica. Dentre os distúrbios hipofisários, os prolactinomas representam o subtipo mais relevante clinicamente. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes portadores de prolactinoma atendidos em Florianópolis nos últimos 5 anos. Metodologia: Estudo  observacional, descritivo e transversal  a  partir  de  dados  clínicos  coletados  dos prontuários  eletrônicos com posterior abordagem qualitativa e quantitativa. Foram avaliados 57 prontuários de pacientes com 18 anos de idade ou mais e diagnóstico comprovado de prolactinoma atendidos nos últimos 5 anos. Resultados: A média de idade foi 43,58 anos. O sexo mais acometido foi o masculino (52,6%). A etnia mais frequente foi a branca. Os sintomas ao diagnóstico no sexo masculino foram disfunção sexual (59,3%), seguido de alteração visual (44,4%) e cefaleia (37%). Já no sexo feminino houve prevalência de amenorreia (70,4%) e galactorreia (40,7%). O valor de prolactina nos homens foi > 1000mcg/L (53,8%) e no sexo feminino de 100 a 300mcg/L (47,6%). Houve prevalência dos macroprolactinomas. A compressão tumoral esteve presente em 53,3% no sexo masculino. O tratamento realizado em 98,2% foi o medicamentoso com normalização da prolactina em 73% dos casos. Em 85,5% dos casos o tratamento continua em uso até o momento da coleta. Conclusão: Houve um predomínio dos sintomas de hipogonadismo, seguido daqueles causados por compressão tumoral. O tratamento clínico foi o mais utilizado e foi bem-sucedido na maioria dos casos.

Referências

Snyder PJ. Causes of hyperprolactinemia. UpToDate [Internet]. 2021; Acesso em 15/03/2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/causes-of-hyperprolactinemia.

Vilar L, Abuchman J, Albuquerce JL, et al. Controversial issues in the management of hyperprolactinemia and prolactinomas – Na overview by the Neuroendocrinology Department of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism. Arch Endocrinol Metab. 2018;62(2):236-63.

Vilar L. Endocrinologia Clínica. 7th ed. Guanabara Koogan; 2021. 1, Avaliação diagnóstica da hiperprolactinemia; 35-60 p.

Gavilanes K, López T, Galarza I, et al. Diagnóstico y tratamiento de prolactinoma. Reciamuc. 2021;5(1):140-47.

Yatavelli RKR, Bhusal K. Prolactinoma. StatPearls Publishing [Internet]. Treasure Island (FL). 2022.

Soto-Pedre E, Newey P, Bevant, J, et al. The epidemiology of hyperprolactinemia over 20 years in the Tayside region of Scotland: the Prolactin Epidemiology, Audit and Research Study. 2017; Clinical Endocrinology 86, 60–7.

Daly A, Beckers A. The Epidemiology of Pituitary Adenomas. Endocrinol Metab Clin N Am. 2020;49(3):347-55.

Duskin‐Bitan H, Shimon I. Prolactinomas in males: any differences?. Pituitary. 2019;3(1):52-7.

Chanson P, Maiter D. The epidemiology, diagnosis and treatment of Prolactinomas: The old and the new. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2019;33(2):101290.

Glezer A, Bronstein MD, Feingold KR, et al. Hyperprolactinemia. South Dartmouth [Internet]. 2022; acesso em 17/03/2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25905218/

Snyder PJ. Causes, presentation, and evaluation of sellar masses. UpToDate [Internet]. 2021; Acesso em: 15/03/2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/causes-presentation-and-evaluation-of-sellar-masses

Casanueva FF, Molitch ME, Schlechte JA, et al. Guidelines of the Pituitary Society for the diagnosis and management of prolactinomas. Clin Endocrinol (Oxf). 2006;65(2):265-73.

Maldaner N, Serra C, Tschopp O, et al. Modern Management of Pituitary Adenomas - Current State of Diagnosis, Treatment and Follow-Up. Praxis (Bern 1994). 2018;107(15):825-35.

Maiter D. Management of Dopamine Agonist-Resistant Prolactinoma. Neuroendocrinology. 2019;109(1):42-50.

Fernandez A, Karavitaki N, Wass JA. Prevalence of pituitary adenomas: a community-based, cross-sectional study in Banbury (Oxfordshire, UK). Clin Endocrinol (Oxf). 2010;72(3):377-82.

Mindermann T, Wilson CB. Age-related and gender-related occurrence of pituitary adenomas. Clin Endocrinol (Oxf). 1994;41(3):359-64.

Colao A, Sarno AD, Cappabianca P, et al. Gender differences in the prevalence, clinical features and response to cabergoline in hyperprolactinemia. Eur J Endocrinol. 2003;148(3):325-31.

Garzón NF. Caracterización clínica y de laboratorio de los pacientes con diagnóstico de Prolactinoma en el Hospital de Especialidades Eugenio Espejo durante el periodo enero 2015 - enero 2018. Quito: Pontificia Universidad Católica del Ecuador, 2018.

Hage C, Salvatori R. Predictors of the Response to Dopaminergic Therapy in Patients With Prolactinoma. J Clin Endocrinol Metab. 2020;105(12): e4558–66.

Corrêa BMP, Silva RQ da, Silva VCB, et al. Therapeutic management of hyperprolactinemia: a literature review. RSD [Internet]. 2021;10(15):e106101522554.

Valadão AF, Tostes AL, Menezes IB. Amenorreia secundária: revisão das etiologias / Secondary amenorrhea: etiologies review. Braz. J. Develop. 2022;8(1):7857-77.

Iglesias P, Arcano K, Berrocal VR, et al. Giant Prolactinoma in Men: Clinical Features and Therapeutic Outcomes. Horm Metab Res. 2018;50(11):791-6.

Tella Jr OI, Herculano MA, Delcello R, et al. Adenomas hipofisários não secretantes: Estudo de 36 casos. Arq Neuropsiquiatr. 2002;60(1):106-12.

Karatas S, Hacioglu Y, Rakicioglu T. Prolactinoma - which patients react favorably to cabergoline medication?. Endocr Regul. 2022;56(4):279-83.

Altuntaş SC, Evran M, Sert M, et al. Markers of Metabolic Syndrome in Patients with Pituitary Adenoma: A Case Series of 303 Patients. Horm Metab Res. 2019;51(11):709-13.

Andereggen L, Frey J, Andres RH, et al. First‐line surgery in prolactinomas: lessons from a long‐term follow‐up study in a tertiary referral center. J Endocrinol Invest. 2021;44(12):2621-33.

Verhelst J, Abs R, Maiter D, et al. Cabergoline in the treatment of hyperprolactinemia: a study in 455 patients. 1999;84(7):2518-22.

Downloads

Publicado

22/10/2024

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE PROLACTINOMA. (2024). Arquivos Catarinenses De Medicina, 52(4), 114-125. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1498