SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA GESTAÇÃO E APÓS O PARTO DE MULHERES ATENDIDAS NAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO NO SUL DE SANTA CATARINA

Autores

  • Caroline Talhietti Caroline Talhietti Rabaiol
  • João Vithor Martins
  • Gustavo Johann Tierling
  • Jose Bervig Almeida
  • Daniela Quedi Willig

Palavras-chave:

Sintomas depressivos, Gestação, Perinatal

Resumo

Introdução: A gestação é um período de mudanças biológicas e emocionais intensas que podem impactar o humor e a autoestima da mulher. Alterações hormonais e cerebrais durante a gravidez aumentam o risco de transtornos depressivos, como o transtorno depressivo maior (TDM), que afeta até 20% das gestantes. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência dos sintomas depressivos no terceiro trimestre gestacional e trinta dias após o parto, em mulheres atendidas estratégias de saúde da família (ESF), em um município do sul do Brasil. Métodos: Estudo epidemiológico observacional com delineamento coorte prospectiva, realizado com pacientes que fizeram o pré-natal na ESF e que tiveram filhos nascidos vivos, a termo, de parto vaginal ou cesariana em um hospital do sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada em três etapas (terceiro trimestre gestacional, na internação hospitalar e trinta dias após o parto) e as informações foram coletadas dos prontuários médicos, questionários elaborados pelas pesquisadoras e instrumento validado intitulada Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS). O estudo foi aprovado pelo CEP-Unisul parecer o 5.366.560. Resultados: Estudo foi composto por 96 binômios. Verificou-se presença de sintomatologia depressiva em 26% da amostra durante o terceiro trimestre gestacional e 31,3% após trinta dias do parto. A média de idade materna foi de 27,85 anos. Predomínio de mulheres com idade igual ou superior a 27 anos, caucasianas, com união estável, escolaridade acima de nove anos de estudo, mais da metade realizava atividade laboral e a maioria delas não realizava atividade física. A maioria das mulheres analisadas era multípara e não havia planejado a gestação, mas recebeu apoio familiar após a descoberta. Quanto ao pré-natal, 79,2% fizeram seis ou mais consultas, mas 61,5% não receberam orientação sobre aleitamento materno durante a gestação. Mulheres com maior escolaridade e as que planejavam a gestação apresentaram menor risco de depressão durante a gestação. No pós-parto, mulheres não caucasianas mostraram maior risco de depressão comparadas às caucasianas. Conclusão: O estudo revelou alta prevalência de sintomas depressivos, com fatores como baixa escolaridade, etnia não caucasiana e gestação não planejada contribuindo para sua ocorrência. Destaca-se a importância do rastreamento e monitoramento da saúde mental materna durante a gestação para prevenir impactos negativos futuros na saúde materno-infantil.

Biografia do Autor

  • Caroline Talhietti Caroline Talhietti Rabaiol

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil

  • João Vithor Martins

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil

     

  • Gustavo Johann Tierling

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil

  • Jose Bervig Almeida

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil

  • Daniela Quedi Willig

    Docente do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC.

Referências

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Costa R, Silva D. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA [Internet].

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Publicado

30/01/2025

Edição

Seção

Resumos Premiados no Congresso Catarinense das Ligas Acadêmicas

Como Citar

SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA GESTAÇÃO E APÓS O PARTO DE MULHERES ATENDIDAS NAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO NO SUL DE SANTA CATARINA. (2025). Arquivos Catarinenses De Medicina, 53(2), 71-72. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1573

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