INCIDÊNCIA DE SEPSE NOSOCOMIAL EM ADULTOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, TUBARÃO (SC), EM 2013.

Autores

  • Emídio Anselmo Júnior Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Daniel Kolczycki Dall`Stella Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Jane Martins de Araújo Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Everson da Silva Souza Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Fabiana Schuelter-Trevisol Universidade do Sul de Santa Catarina

Palavras-chave:

Sepse. Infecção hospitalar. Unidades de Terapia Intensiva.

Resumo

OBJETIVO: A sepse é uma síndrome altamente prevalente em unidades de terapia intensiva, associada a uma alta taxa de mortalidade com o diagnóstico tardio. O objetivo desse estudo foi determinar a incidência e perfil epidemiológico de sepse nosocomial, fatores de risco associados e a fonte da infecção que possam auxiliar na criação ou inclusão de medidas preveníveis. MÉTODOS: Estudo observacional com delineamento de coorte histórica. Foram revisadas as fichas de notificação de infecção disponíveis na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, complementados com dados dos prontuários eletrônicos dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva no ano de 2013. RESULTADOS: Houve 1.345 pacientes internados na UTI no ano de 2013 e 130 casos de sepse entre 96 pacientes, resultando numa taxa de incidência de 9,7%. A maioria dos casos ocorreu entre homens (67,7%) e a média de idade foi de 62±16,4 anos. O tempo de permanência hospitalar teve uma mediana de 36,5 dias. A fonte de infecção mais comum foi o trato respiratório (56,2%), seguido do trato urinário (17,7%). Do total, 44,3% dos pacientes foram a óbito. CONCLUSÃO: O estudo teve uma baixa incidência de sepse nosocomial, entretanto, os casos apresentaram alto tempo de permanência hospitalar com elevado índice de mortalidade.

Biografia do Autor

  • Emídio Anselmo Júnior, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médico egresso do Curso de Medicina da Unisul.
  • Daniel Kolczycki Dall`Stella, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médico egresso do Curso de Gradução em Medicina da Unisul
  • Jane Martins de Araújo, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Gradução em Ciências da Saúde da Unisul
  • Everson da Silva Souza, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-Gradução em Ciências da Saúde da Unisul
  • Fabiana Schuelter-Trevisol, Universidade do Sul de Santa Catarina

    Professora do Programa de Pós-Graduação e do Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa. CatarinaPesquisadora do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Referências

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ILAS - Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse. Sepse: um problema de saúde pública / Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse. Brasília: CFM, 2015. p. 90.

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Publicado

01/12/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

INCIDÊNCIA DE SEPSE NOSOCOMIAL EM ADULTOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, TUBARÃO (SC), EM 2013. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(4), 17-26. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/161

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