INFLUÊNCIA DO APARELHO INTRA-ORAL EM PACIENTES COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO POR MEIO DE AVALIAÇÃO POLISSONOGRÁFICA PRÉ E PÓS INSTALAÇÃO DO DISPOSITIVO ORAL

Autores

  • Fábio José Fabrício de Barros Souza UNESC
  • Kalebi Slaviero Daronchi UNESC
  • Pablo Antonio Cardoso Couto UNESC
  • Luiz Gustavo Martins UNESC

Palavras-chave:

Apneia obstrutiva do sono. Aparelho intra-oral. Polissonografia.

Resumo

Introdução: Estima-se que a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) afete 2% a 4% da população adulta de meia idade, no mundo. Contudo, estudo epidemiológico recente demonstrou que a prevalência da SAOS na população de São Paulo é de 32,8%. Apesar do tratamento padrão ouro ser  com Pressão Positiva Contínua na Via Aérea (CPAP), os aparelhos intra-orais (AIOs) constituem uma alternativa de tratamento clínico com resultados favoráveis quando bem indicados. Objetivos: avaliar a influência do AIO em pacientes com SAOS, por meio de análise polissonográfica pré e pós instalação do dispositivo oral. Metodologia: Estudo observacional transversal, de abordagem quantitativa com coleta de dados secundários. A amostra deste estudo foi composta por prontuários e laudos de 26 pacientes com diagnóstico polissonográfico de SAOS e indicação de tratamento com AIO. Resultados: A idade média observada foi de 55,38 (±14,72) anos, índice de massa corporal (IMC) médio de 26,76(±3,92) Kg/m2 e perímetro cervical médio de 37,15 (±2,98) cm. No índice de apneia e hipoapneia (IAH) houve redução na média do número de eventos por hora de 12,98 (±5,75) pré-AIO para 6,91 (±7,23) pós-AIO, sendo estatisticamente significativo com p<0,001. Houve melhora significativa no índice de microdespertar, porcentagem de ronco no tempo total de sono, no IAH-NREM (non rapideyemovement), número de apneias mistas, hipopneias e número total de eventos respiratórios. Conclusão: Houve umaredução  significativa doIAH em relação a polissonografia basal e pós instalação do AIO em pacientes com SAOS.

Biografia do Autor

  • Fábio José Fabrício de Barros Souza, UNESC
    Médico Pneumologista. Professor de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Mestre em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Kalebi Slaviero Daronchi, UNESC

    Graduado em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense.

  • Pablo Antonio Cardoso Couto, UNESC

    Graduado em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense.

  • Luiz Gustavo Martins, UNESC
    Cirurgião-Dentista. Professor do curso de Odontologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade do Sul de Santa Catarina.

Referências

Dal-Fabbro C, Chaves JCM, Tufik S. A Odontologia na Medicina do Sono. Paraná (PR): DentalPress, 2012.

Pinto JA. Ronco e apneia do sono. Rio de Janeiro (RJ): RevinterLdta, 2010.

Marin JM, Carrizo SJ, Vicente E, Augusti AGN. Long-term cardiovascular outcomes in menwhithobstructivesleepapnea-hypopneawhitorwhitouttreatmentwhitcontinuous positive airwaypressure: anobservationalstudy . Lancet 2005; 365(9464):1046-53.

Kramer NR, Cook TE, Carlisle CC, Corwin RW, Millman RP. The role oftheprimarycarephysician in recognizingobstructivesleepapnea. ArchIntern Med. 1999; 159(9):965-8.

Young T, Palta M, Dempsey J, Skatrud J, Weber S, Badr S. The occurenceofsleep-disorderedbreathingamongmiddle-age adults. N Engl Med. 1993;328(17):1230-5.

Olson LG, King MT, Hensley MJ, Saunders NA. A communitystudyofsnoingandsleep-disorderedbreathingprevalence. Am J RespirCritCare Med. 1995;152(2):711-6.

Lavie P. Sleepapnea in industrial workers. In Guilleminault C, Lugaresi E, editors. Sleep-wakedisorders: natural history, epidemiologyandlong-termevolution. Philadelphia: LippincottRaven Press; 1983. p. 127-35.

Bhama JK, Spagnolo S, Alexander EP, Greenberg M, Trachiotis GD. Coronary revascularization in patients with obstructive sleep apnea syndrome. Heart SurgForum. 2006;9(6):E813-7.

Tufik S,SANTOS-SILVA R, TADDEI JA, Bittencourt. Obstructives sleep apnea syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Med. 2010. p. 444-46.

Bittencourt LRA, coordenador. Diagnóstico e tratamento da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). São Paulo (SP). Livraria Médica Paulista; 2008.

Ferguson KA, Lowe AA. Oral Appliances for Sleep-DisorderedBraeathing. In. Kryger MH, Roth T, Dement WC. Principlesandpracticeofsleep medicine. 4th ed. Philadelphia: ElsevierSaunders; 2005. p. 1098-1108.

Oral Appliance Therapy in PatientsWithDaytimeSleepinessandSnoringorMildtoModerateSleepApnea.

Schimidt-Nowara W, Lowe A, Wiegand L et al. Oral appliances for treatment of snoring and obstructive sleep apnea: a review. Sleep 1995 July; 18(6):501-10.

Gotsopoulos H, Kelly JJ, Cistulli PA. Oral appliancetherapyreducesbloodpressure in obstructivesleepapnea: a randomized, controlledtrial. Sleep. 2004;27(5):934-41.

Liu Y, Lowe AA, Fleetham JA, Park YC. Cephalometricandphysiologicpredictorsoftheefficacyofanadjustable oral appliance for treatingobstructivesleepapnea. Am J OrthodDentofacialOrthop. 2001 Dec;120(6):639-47.

Blanco J, Zamarrón C, Pazos MTA, Lamela C, Quintanilla DS. Prospectiveevaluationofan oral appliance in thetreatmentofobstructivesleepapneasyndrome. SleepBreath. 2005;9(1):20-5.

Dal-Fabbro C, Chaves JCM, Bittencourt LRA, Tufik S. Avaliação clínica e polissonográfica do aparelho BRD no tratamento da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. Dental Press J. Orthod; 15( 1 ): 107-117.

Downloads

Publicado

01/12/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

INFLUÊNCIA DO APARELHO INTRA-ORAL EM PACIENTES COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO POR MEIO DE AVALIAÇÃO POLISSONOGRÁFICA PRÉ E PÓS INSTALAÇÃO DO DISPOSITIVO ORAL. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(4), 72-81. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/199

Artigos Semelhantes

1-10 de 73

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.