PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIAS DE OVÁRIO DIAGNOSTICADOS EM UM LABORATÓRIO DE PATOLOGIA DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE JULHO DE 2008 A JULHO DE 2011

Autores

Palavras-chave:

Neoplasia ovariana, Patologia, Epidemiologia

Resumo

O câncer de ovário é considerado a neoplasia ginecológica mais letal e ocupa a sétima posição entre as causas de óbito em mulheres. Tem como dificuldade para seu tratamento o fato de o diagnóstico ser tardio, por apresentar sintomas inespecíficos e ainda não possuirmos um método de rastreamento abrangente e eficaz. Estimar o perfil epidemiológico das neoplasias de ovário diagnosticadas em um laboratório de anatomia patológica no sul do estado de Santa Catarina no período de julho de 2008 a julho de 2011. Estudo transversal, documental, descritivo e de abordagem predominantemente quantitativa. Foram encontrados 268 casos de neoplasias de ovário com idade média no momento do diagnóstico de 43,20  anos. O tamanho médio do ovário foi de 8,27cm havendo significância entre o tamanho do ovário e a malignidade do tumor. Os tipos histológicos mais encontrados foram o seroso benigno 36,3% , seguido pelo mucinoso benigno 22,0% e o teratoma maduro (cisto dermóide) 28,6%. O câncer de ovário participa, a cada cinco anos, com cerca de meio milhão de mulheres afetadas. A literatura mostra os tumores epiteliais como os mais prevalentes, seguidos pelos tumores das células germinativas e do cordão sexual-estroma, coincidindo nossos dados, 68%, 29% e 3% respectivamente. A região de Criciúma mantém os padrões encontrados na literatura no que se refere às neoplasias ovarianas e os parâmetros avaliados neste estudo. Destacamos características locais que poderão contribuir para futuros estudos, a fim de desenvolver ações preventivas e diagnósticas.

Biografia do Autor

  • Fernanda Brião Vaz, Universidade do Extremo Sul Catarinense ( UNESC )

    Departamento de Medicina

    Patologia

  • Daniel Izé Ronchi

    Médico, Especialista em Anatomia Patológica. Professor de Patologia e Medicina Legal da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

Referências

HUANG, L. et al. Improved survival time: what can survival cure models tell us about population-based survival improvements in late-stage colorectal, ovarian, and testicular cancer? Cancer, v. 112, n. 10, p. 2289-300, 2008.

SANKARANARAYANAN, R.; FERLAY, J. Worldwide burden of gynaecological cancer: the size of the problem. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol, v. 20, n. 2, p. 207-25, 2006.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Tipos de câncer. Ovário. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/ovario. Acesso em: 06 abril 2017.

.DERCHAIN, S. F. M.; DUARTE-FRANCO, E.; SARIAN, L. O. Panorama atual e perspectivas em relação ao diagnóstico precoce do câncer de ovário. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 31, n. 4, p. 159-63, 2009.

VO, C.. CARNEY, M. E. Ovarian cancer hormonal and environmental risk effect. Obstet Gynecol Clin North Am, v. 34, n. 4, p. 687-700, 2007.

RIMAN, T.; NILSSON, S.; PERSSON, I. R. Review of epidemiological evidence for reproductive and hormonal factors in relation to the risk of epithelial ovarian malignancies. Acta Obstet Gynecol Scand, v. 83, n. 9, p. 783-95, 2004.

ROBBOY,S.J.; DUGGAN, M.A.; KURMAN, R.J. Sistema Reprodutor Feminin. In: .RUBIN,E.;FARBER,J.L. Patologia. 3ª edição. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2002, p.931- 993

COLOMBO, N. et al. Ovarian cancer. Crit Rev Oncol Hematol, v. 60, n. p. 159 –79, 2006.

DOS REIS, F. J. C. Rastreamento e diagnóstico das neoplasias de ovário: papel dos marcadores tumorais. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 27, n. 4, p. 222-27, 2005.

.ROETT, M. A.; EVANS, P. Ovarian cancer: an overview. Am Fam Physician, v. 80, n. 6, p. 609-16, 2009.

.ZALOUDEK, C.F.Tumors of the female genital tract. In:FLETCHER, C.D.M. Diagnostic histopathology of tumors. Philadélfia: Elsevier, 2007, 3a edição. p.567-651

BEARD, C. M. et al. The epidemiology of ovarian cancer: a population-based study in Olmsted County, Minnesota, 1935-1991. Ann Epidemiol, v.10, n. 1, p. 14-23, 2000.

RIVAS-CORCHADO, L. M.; GONZÁLEZ-GERONIZ, M.; HERNÁNDEZ-HERRERA, R. J. Perfil epidemiológico del cáncer de ovario. Ginecol Obstet Mex, v. 79, n. 9, p. 558-64, 2011.

LUIZ, B. et al. Estudo epidemiológico de pacientes com tumor de ovário no município de Jundiaí no período de junho de 2001 a junho de 2006. Rev Bras Cancerol, v. 55, n. 3, p. 247-53, 2009.

REIGOSA, J. et al. Cáncer de ovario en el Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología de Cuba: 2001 a 2005. Rev Cubana Cir, v. 48, n. 1, p. 2009.

QUIRK, J. T.; NATARAJAN, N. Ovarian cancer incidence in the United States, 1992-1999. Gynecol Oncol, v. 97, n. 2, p. 519-23, 2005.

HAMIDOU, Z. et al. Population-based study of ovarian cancer in Cote d'Or: prognostic factors and trends in relative survival rates over the last 20 years. BMC Cancer, v. 10, n. p. 622, 2010.

GRANBERG, S.; WIKLAND, M.. JANSSON, I. Macroscopic characterization of ovarian tumors and the relation to the histological diagnosis: criteria to be used for ultrasound evaluation. Gynecol Oncol, v. 35, n. 2, p. 139-44, 1989.

VAN NAGELL JR, J. R. et al. Ovarian cancer screening in asymptomatic postmenopausal women by transvaginal sonography. Cancer, v. 68, n. 3, p. 458-62, 1991.

Downloads

Publicado

02/03/2018

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIAS DE OVÁRIO DIAGNOSTICADOS EM UM LABORATÓRIO DE PATOLOGIA DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE JULHO DE 2008 A JULHO DE 2011. (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 11-20. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/209

Artigos Semelhantes

1-10 de 92

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)