IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO EM MULHER MASTECTOMIZADA: ARTIGO DE REVISÃO
Palavras-chave:
Psicoterapia. Contexto familiar. Intervenção. Câncer.Resumo
O papel do acompanhamento psicológico em pacientes mastectomizadas nas últimas décadas tem sido foco de diversas discussões, especialmente no que se refere ao tipo de atuação deste profissional. Neste contexto este estudo tem como tecer considerações em relação ao papel do acompanhamento psicológico em tais pacientes. Para alcançar o objetivo supracitado foi realizada, uma revisão dos principais estudos acerca do assunto. Sendo assim, este trabalho trata-se de uma pesquisa analítica, também conhecida como bibliografia. O trabalho foi conduzido a partir de registros disponíveis e decorrentes de trabalhos científicos anteriores, documentados por meio de livros, revistas científicas, monografias, teses e dissertações. A busca foi realizada por meio dos buscadores: Google acadêmico, Periódicos Capes e Scielo. O psicólogo deve abordar os contextos e relações nas quais a paciente esteja inserida e manifestando comportamentos ‘desajustados’, em decorrência dos efeitos da cirurgia. Desajustamentos comumente são observados em isolamento social, abandono de atividades sociais e de lazer, dificuldade de comunicar as pessoas com quem convive sobre seu estado de saúde. Assim, o psicólogo deve orientar a mulher a perceber as reações emocionais que ela tem manifestado frente à cirurgia, bem como os comportamentos não adaptativos que ela tem adotado como resposta a essas emoções. Em outra frente de atuação, está a família e seus entes queridos, com grande importância ao parceiro. As considerações finais destacam que o acompanhamento poderá intervir nos conflitos acarretados pelos efeitos da mastectomia, auxiliando significativamente a enfrentar os procedimentos e oferecendo suporte necessário as novas demandas e trajetórias a serem percorridas.Referências
Veloso MF. Avaliação e Preparo Psicológico para Cirurgia de Câncer de Mama. In: Entrevista. Entrevista, Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2013.
Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. 6th ed. Porto Alegre: ArtMed, 2012.
Severino AJ. Metodologia do Trabalho Científico. 23rd ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Siqueira MMM. Construção e Validação da Escala de Percepção de Suporte Social. Psicol em Estud 2008; 13: 381–388.
Ramos BF, Lustosa MA. Câncer de mama feminino e psicologia. Rev SBPH 2009; 12: 85–97.
Dalgalarrondo P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 2nd ed. Porto Alegre: ArtMed, 2008.
Lotti RCB, Barra ADA, Dias RC, et al. Impacto do tratamento de câncer de mama na qualidade de vida. Rev Bras Cancerol 2008; 54: 367–371.
Venâncio JL. Importância da Atuação do Psicólogo no Tratamento de Mulheres com Câncer de Mama. Rev Bras Cancerol 2004; 50: 55–63.
Soares RG. Aspectos emocionais do câncer de mama. Psicópio Rev Virtual Psicol Hosp e da Saúde; 3.
Vieira CP, Lopes MHBM, Shimo AKK. Sentimentos e experiências na vida das mulheres com câncer de mama. Rev da Esc Inferm da USP 2007; 41: 311–316.
Maluf MFM, Mori LJ, Barros ACSD. O impacto psicológico do câncer de mama. Rev Bras Cancerol 2005; 51: 149–154.
Souza AMF. Informações, sentimentos e sentidos relacionados à reconstrução mamária. Instituto Fernandes Figueira, 2007.
Duarte TP, Andrade AND. Enfrentando a mastectomia: análise dos relatos de mulheres mastectomizadas sobre questões ligadas à sexualidade. Estud Psicol 2003; 8: 155–163.
INCA-COC. A mulher e o câncer de mama no Brasil. FIOCRUZ. http://www.historiadocancer.coc.fiocruz.br/index.php/pt-br/imagens/controle-do-cancer-de-mama (2013, accessed 17 July 2014).
Simeão SFAP, Landro ICR, Conti MHS, et al. Qualidade de vida em grupos de mulheres acometidas de câncer de mama. Cien Saude Colet 2013; 18: 779–788.
Makluf ASD, Dias RC, Barra AA. ‘Avaliação da qualidade de vida em mulheres com câncer da mama’. Rev Bras Cancerol 2006; 52: 49–58.
Almeida RA. Impacto da mastectomia na vida da mulher. Rev SBPH 2006; 9: 99–113.
Moura FMJSP, Silva MG, Oliveira SC, et al. Os sentimentos das mulheres pós-mastectomizadas. Esc Anna Nery 2010; 14: 477–484.
Rodrigues CD, Silva DCG. A re-significação do corpo mastectomizado em mulheres com câncer de mama e o papel do psicólogo nesse processo. In: V Mostra de Produção Científica da Pós-Graduação Lato Sensu da PUC-Goiás. Goiânia: PUC-GO. http://www.cpgls.ucg.br/home/secao.asp?id_secao=3469&id_unidade=1 (2010).
Silva SDS, Aquino TAAD, Santos RMD. O paciente com câncer: cognições e emoções a partir do diagnóstico. Rev Bras Ter Cogn 2008; 4: 73–89.
Silva GF. Os sentidos subjetivos de adolescentes com câncer. Pontífica Universidade Católica de Campinas, 2008.
SILVA LC. Câncer de mama e sofrimento psicológico: aspectos relacionados ao feminino. Psicol em Estud 2008; 13: 231–237.
Rebelo V, Rolim L, Carqueja E, et al. Avaliação da qualidade de vida em mulheres com cancro da mama: Estudo exploratório com 60 mulheres portuguesas. Psicol Saúde Doenças 2007; 8: 13–32.
Talhaferro B, Lemos SS, Oliveira E. Mastectomia e suas consequências na vida da mulher. Arq Ciências da Saúde 2007; 14: 17–22.
Ribas C, Rosanelli CLSP, Kolankiewicz ACB, et al. Condição do parceiro da mulher mastectomizada por câncer. Rev Context e Saúde 2011; 19: 821–824.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Arquivos Catarinenses de Medicina
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.