MASSA ÓSSEA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA CELÍACA

Autores

  • Bruna Maria Mariano Cian Universidade de Blumenau
  • Rafaela Mamus Corrêa Universidade de Blumenau
  • Danilo Nakashima Hospital Santo Antônio. Fundação Hospitalar de Blumenau.
  • Deisi Maria Vargas Hospital Santo Antônio. Fundação Hospitalar de Blumenau.

Palavras-chave:

Doença celíaca. Densitometria. Densidade Mineral Óssea (DMO).

Resumo

A doença celíaca (DC) é uma enteropatia sensível ao glúten, histopatologicamente caracterizada por atrofia total ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal, o que faz diminuir a absorção de nutrientes. Dessa maneira, a aquisição de cálcio pode ser afetada, determinando alterações no metabolismo ósseo destes pacientes. É durante a infância e a adolescência que ocorre um aumento significativo da massa óssea, logo, patologias incidentes neste período que prejudiquem a aquisição mineral merecem atenção especial. Objetivo: avaliar a ocorrência de alterações quantitativas da massa óssea em crianças e adolescentes portadores de doença celíaca. Métodos: Para tanto, foram estudados 41 pacientes, sendo 20 pacientes portadores de doença celíaca e 21 controle. Foram analisados peso, altura, idade, dentre outras variáveis. A massa óssea foi analisada segundo os critérios de Zemel (2007). Resultados: Dos pacientes celíacos analisados, 55% (n=11) apresentaram massa óssea normal, 10% (n=2) massa óssea muito baixa e 35% (n=7) baixa massa óssea; enquanto 100% dos pacientes do grupo controle apresentaram massa óssea normal. Encontramos correlação significante entre peso/ DMO e estatura/DMO. Tanto peso quanto estatura foram inferiores no grupo de doentes celíacos. Conclusão: Os resultados obtidos confirmam que há perda de massa óssea significante em pacientes portadores de doença celíaca quando comparados com o grupo controle, mesmo a maioria deles afirmando realizar dieta isenta de glúten.

Referências

Barera, G.; Beccio, S.; Proverbio, M.C.; Mora, S. Longitudinal changes in bone metabolism and bone mineral content in children with celiac disease during consumption of a gluten-free diet. American Journal Clinical Nutrition, v. 79, p. 148 – 54, 2004.

Hartman C, Hino B, Lerner A, et al. Bone quantitative Ultrasound and bone mineral density in children with celiac disease. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 39, n. 5, p. 504–10, Nov 2004.

Kumar, V.; Rajadhyaksha, M.; Wortsman, J. Celiac disease – associated autoimmune endocrinopathies. Clinical and Diagnostic Laboratory Immunology, v. 8, n. 4, p. 678-685, July 2001.

Sdepanian, V. L., Morais, M. E Fagundes-Neto, U. Doença Celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol, v. 36, n. 4, Out/Dez 1999.

Basso, Débora Fernanda. Doença celíaca e a ingestão de produtos contendo glúten. Disponível em: . Acesso em: 26 nov. 2005.

Shaker JL. Magill SB. Lalande B. et al. M.D. Endocrine manifestations of celiac disease. The Endocrinologist, v. 12, p. 110 – 116, 2002.

Van HEEL, DA.; WEST, J. Recent advances in celiac disease. Gut, v. 55, p. 1037-46, 2006.

Carvalho, C. N. M.; Sdepanian, V. L.; Moraes, M. B.; Fagundes Neto, U. Doença celíaca em tratamento: avaliação da densidade mineral óssea. Jornal de Pediatria, v. 79, n. 4, p. 303-308, Jul-Aug 2003.

Kavak US, Yüce A, Koçak N, et al. Bone mineral density in children with untreated and treated celiac disease. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 37, n. 4, p. 434-36, Oct 2003.

Mora, S. Barera, G. Bone mass and bone metabolism in pediatric gastrointestinal disorders. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 39, p. 129-40, Aug 2004.

Mora S. Barera G. Ricotti A. et al. Reversal of low bone density with a gluten-free diet in children and adolescents with celiac disease. American Journal of Clinical Nutrition, v. 67, n. 3, p. 477-81, Mar 1998.

Mora, S. Celiac disease: a bone perspective. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 37, n. 4, p. 409 – 11, Oct 2003.

Gajewska, J.; Ambroszkiewicz, J.; Hozyasz, Kk. Markers of bone turnover in prepubertal children with celiac disease. Indian J Gastroenterol., v. 23, n. 6, p. 230-1, Nov- Dec 2004.

Miller, K. K. Mechanisms by which nutritional disorders cause reduced bone mass in adults. J Womens Health (Larchmt), v. 12, n. 2, p. 145-50, Mar 2003.

Bianchi, M.L. Review: Osteoporosis in children and adolescents. Bone Metab Unit, v. 41, p. 486- 495, 2007.

Mora, S. Celiac disease: a bone perspective. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 37, n. 4, p. 409 – 11, Oct 2003.

Mora, S. Celiac disease in children: Impact on bone health. Rev Endocr Metab Disord, v.9, p. 123-130, 2008.

O’leary C. Wieneke P. Healy M. et al. Celiac disease and the transition from childhood to adulthood: a 28-year follow-up. American Journal of Gastroenterology, v. 99, n. 12, p. 2437-41, Dec 2004.

Mora, S.; Barera, G.; Beccio, S.; et al. A prospective, longitudinal study of the long-term effect of treatment on bone density in children with celiac disease. Journal Pediatric, v. 139, n. 4, p. 516 – 21, Oct 2001.

Luiza G, Mariana C, Thelma LS, et al. Celiac disease screening in Brazilian patients with osteoporosis. Arq Bras Endocrinol Metab. p 270-3 ,58/3, 2014.

Mariana MS, Durval D, Louise C. Avaliação da densidade mineral óssea em adolescentes do sexo feminino com transtorno alimentar. Arq Bras Endocrinol Metab. ;57/7 p. 527-532, 2013.

Mora, S. Barera, G. Bone mass and bone metabolism in pediatric gastrointestinal disorders. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 39, p. 129-40, Aug 2004.

Queiroz MS, Nery M, Cançado EL, et al. Prevalence of celiac disease in brazilian children of short stature. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 37, n. 1, p. 55-60, Jan 2004.

Downloads

Publicado

11/07/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

MASSA ÓSSEA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA CELÍACA. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(2), 79-87. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/271

Artigos Semelhantes

1-10 de 126

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)