O USO DA RIVAROXABANA COMO MONOTERAPIA NO TRATAMENTO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO BASEADO EM EVIDÊNCIAS
Palavras-chave:
Tromboembolismo venoso. Anticoagulantes orais. Rivaroxabana.Resumo
O tromboembolismo venoso, que compreende a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, tem início com a formação de trombos no sistema venoso profundo, principalmente dos membros inferiores. Essa doença é uma importante causa de morbimortalidade na população, sendo seu tratamento precoce e adequado fundamental para evitar maiores consequências. Tradicionalmente, utiliza-se na sua terapêutica fármacos anticoagulantes, tais como as heparinas e os antagonistas de vitamina K. Nos últimos anos, novos anticoagulantes vêm sendo estudados com o objetivo de superar algumas limitações dessa terapia convencional. Esses novos anticoagulantes orais, tal como a rivaroxabana, inibem uma única enzima da cascata de coagulação, possuem ação, metabolização e eliminação estáveis, com poucas interações medicamentosas e alimentares e menos variações individuais, com isso podem ser administrados em doses fixas e sem a necessidade de monitorização laboratorial, fornecendo uma opção mais cômoda e com facilidade posológica. Sua eficácia, avaliada através de grandes estudos controlados, é semelhante ao esquema convencional, com a vantagem de possuir menor incidência de sangramento. Contudo, esses medicamentos ainda não possuem antídotos específicos em caso de sangramentos mais graves durante seu uso. Mais estudos a longo prazo são necessários para verificar seus efeitos e sua real aplicabilidade. O objetivo desse artigo foi realizar uma revisão dos novos anticoagulantes orais, com ênfase na rivaroxabana, baseada nos estudos mais recentes sobre o assunto. Algumas bases de dados foram consultadas em busca de artigos nacionais e internacionais, além da melhor evidência científica possível.Referências
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