FATORES ASSOCIADOS À MORTALIDADE NEONATAL COM ÊNFASE NO COMPONENTE DA ATENÇÃO HOSPITALAR AO RECÉM-NASCIDO
Palavras-chave:
Mortalidade neonatal. Fatores associados. Recém-nascido.Resumo
Analisar os fatores associados à mortalidade neonatal com ênfase no componente da atenção hospitalar ao recém-nascido. Estudo do tipo caso-controle que investigou à ocorrência de óbito hospitalar de recém-nascidos até o 27º dia de vida. Foram realizados testes de associação ao nível de significância de 5%. Adotou-se como critério de entrada das variáveis no modelo o p<0,20 e para permanecerem o valor de p<0,05. Na regressão logística, utilizou-se a medida da força de associação dada pela Odds Ratio (OR) bruta e ajustada. Por fim, realizou-se a regressão logística múltipla, apenas com as variáveis significativas, de cada nível hierarquizado. As variáveis associadas ao desfecho mortalidade neonatal hospitalar que compuseram o modelo final da regressão logística foram: indução ao parto (p=0,01), Apgar no 5º minuto de vida menor que sete (p=0,002), presença de malformação congênita (p=0,002) e necessidade de uso de surfactante (p=0,001). O modelo apresentado com estas variáveis apresentou um Pseudo R2=0,7549, indicando que consegue explicar 75,49% dos óbitos neonatais. Conclui-se que o modelo final foi composto pelas variáveis: indução do parto, Apgar no 5º minuto de vida menor que sete, presença de malformação congênita e necessidade de uso de surfactante, como fatores que aumentam significativamente as chances de ocorrência de morte no período neonatal.
Referências
Frias PG, Navarro LM, Gama SGN, Torrres RMC, Bittencourt SDA. Outros sistemas de informação em saúde e indicadores de saúde. In: Bittencourt DAS, Dias MAB, Wakimoto MD (Orgs.). Vigilância do óbito materno, infantil e fetal e atuação em comitês de mortalidade. Rio de Janeiro: EAD/Ensp, 2013. cap.6, p. 171-200
Lima JRC, Pordeus AMJ, Rouquayrol MZ. Medida da saúde coletiva. In: Rouquayrol MZ, Gurgel M. (Org). Epidemiologia & Saúde. 7.ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013. Cap. 3.
Maranhão AGK, Vasconcelos AMN, Porto DL, França E. Mortalidade infantil no Brasil: tendências, componentes e causas de morte no período de 2000 a 2010. In: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Unicef. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Statistics by area: child survival and health: under five mortality. 2015.
Ceará. Secretaria de Saúde do Estado (SESA). Informe epidemiológico: mortalidade infantil. Fortaleza: Secretaria de Saúde do Estado, 2013.
Coriolano LS. Mortalidade infantil em Fortaleza: estudo de uma coorte de nascidos vivos. 2009. 121 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.
Kassar SB, Melo AMC, Coutinho SB, Lima MC, Lira PIC. Determinants of neonatal death with emphasis on health care during pregnancy, childbirth and reproductive history. J Pediatr. 2013; 89(3):269-77.
Lima S, Carvalho ML, Vasconcelos AGG. Proposta de modelo hierarquizado aplicado à investigação de fatores de risco de óbito infantil neonatal. Cad. Saúde Pública. 2008; 24(8):1910-16.
Lima EFA, Sousa AI, Griep RH, Primo CC. Fatores de risco para mortalidade neonatal no município de Serra, Espírito Santo. Rev Bras Enferm. 2012; 65(4):578-85.
Nascimento RM, Leite AJM, Almeida NMGS, Almeida PC, Silva CF. Determinantes da mortalidade neonatal: estudo caso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2012; 28(3):559-72.
Castro MP, Moura MDR, Rugolo LMSS, Margotto PR. Limite de viabilidade no moderno cuidado intensivo neonatal – análise além da idade gestacional. Com. Ciências Saúde. 2011; 22(sl1):S101-S12.
Victora CG, Huttly SR, Fuchs SC, Olinto MT. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol. 1997; 26(1):224-7.
Hosmer DW, Lemeshow S. Applied logistic regression. New York: Wiley, 1989.
Brasil. Resolução nº. 466/12. Sobre pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2012.
Lansky S, Friche AAL, Silva AAM, Campos D, Bittencourt SDA, Carvalho ML et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad. Saúde Pública. 2014; 30(Sl1):S192-S207.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
Gonçalves AC, Costa MCN, Barreto FR, Paim JS, Nascimento EMR, Paixão ES, et al. Tendência da mortalidade neonatal na cidade de Salvador (Bahia-Brasil), 1996-2012. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015; 15(3):337-347..
Santos, SPC, Lansky S, Ishitani LH, França EB. Óbitos infantis evitáveis em Belo Horizonte: análise de concordância da causa básica, 2010-2011. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015; 15(4):389-399.
Klein CJ, Madi JM, Araújo BF, Zatti H, Dal Bosco DS, Henke CN, et al. Fatores de risco relacionados à mortalidade fetal. Rev AMRIGS. 2012; 51(1):11-6
Moreira MDS, Gaiva MAM, Bittencourt RM. Mortalidade neonatal: características assistenciais e biológicas dos recém-nascidos e de suas mães. Cogitare enferm. 2012; 17(1):113-18.
Lozano R, Wang H, Foreman KJ, Rajaratnam JK, Naghavi M, Marcus JR, et al. Progress towards millennium development goals 4 and 5 on maternal and child mortality: an updated systematic analysis. Lancet. 2011; 378(9797):1139-65.
Branco MF, Guinsburg R. Programa de reanimação neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria: condutas. São Paulo: SBP; 2011.
Drummond S, Souza TS, Lima FG, Vieira AA. Correlação entre uso de corticoterapia antenatal, a reanimação e a mortalidade de recém-nascidos prematuros de baixo peso. Rev. bras. ginecol. Obstet. 2014; 36(5):211-15.
Silva CF, Leite AJM, Almeida NMGS, Ponce de Leon ACM, Olofin I. Fatores associados ao óbito neonatal de recém-nascidos de alto risco: estudo multicêntrico em unidades neonatais de alto risco no Nordeste brasileiro. Cad. Saúde Pública. 2014; 30(2):355-68.
Risso SP, Nascimento LFC. Fatores de risco para óbito em unidade de terapia intensiva neonatal, utilizando a técnica de análise de sobrevida. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(1):19-26.
Stevens TP, Blennow M, Myers EH, Soll R. Early surfactante administration with brief ventilation vs. selective surfactant and continued mechanical ventilation for preterm infants with or at risk for respiratory distress syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2014; 12.
Schmolzer GM, Kumar M, Pichler G, Aziz K, O'reilly M, Cheung PY. Non-invasive versus invasive respiratory support in preterm infants at birth: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2013; 347:5980-92.
Stocco JGD, Crozeta K, Taminato M, Mityzy TRD, Meier MJ. Avaliação da mortalidade de neonatos e crianças relacionada ao uso de cateter venoso central: revisão sistemática. Acta Paul Enferm. 2012; 25(1):90-5.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Arquivos Catarinenses de Medicina
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.