PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HANSENÍASE NO EXTREMO OESTE CATARINENSE, 2004 A 2014

Autores

  • Flávia Hoffmann Palú
  • Sirlei Favero Cetolin

Palavras-chave:

Hanseníase, Epidemiologia, Doenças Negligenciadas

Resumo

A hanseníase é conhecida por ser uma doença negligenciada e estreitamente relacionada às baixas condições de vida da população, além de apresentar grande potencial incapacitante e deformante, o que a torna um sério problema de saúde pública devido o sofrimento representado pelos pacientes atingidos e suas famílias. O objetivo do estudo realizado foi o de traçar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com hanseníase nos municípios de abrangência da Região de Saúde de São Miguel do Oeste/ SC. Realizou-se um levantamento no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A população estudada foi composta por 193 casos notificados no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2014, que após o cálculo estatístico, tornou-se em uma amostra de 129 pacientes analisados. Destes, o sexo masculino foi o mais acometido (62%), com idade superior aos 51 anos (45,72). A maioria (64,33%) apresentavam no máximo o ensino fundamental incompleto. A classificação multibacilar (79,05%) e suas formas clínicas (Virchowiana e Dimorfa) foram as que mais atingiram esta amostra, além do exame de baciloscopia, quando realizado, ter apresentado negatividade em 25,58% dos casos. Os achados deste estudo reforçam a necessidade da realização de pesquisas regionais, para que se possa cada vez mais conhecer o perfil dos pacientes da nossa região, levando sempre em consideração as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce.

Biografia do Autor

  • Flávia Hoffmann Palú
    Mestranda em Biociências e Saúde - Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) – Departamento Ciências da Vida (UNOESC)
  • Sirlei Favero Cetolin
    Doutora em Serviço Social - Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) – Departamento Ciências da Vida (UNOESC)

Referências

Boechat N, Pinheiro LCS. A Hanseníase e a sua Quimioterapia. Rev Virtual Quim. 2012 jun; 4(3):248-56.

Moreira TA. A panorama of Hansens disease: present status and perspectives. Interview with Tadiana Alves Moreira. 2003: 10 (supl 1):S291-07.

Melão S, Blanco LFO, Mounzer, N, et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Trop. 2011 jan-fev; 44(1):79-84.

Ministério da Saúde (Santa Catarina), Secretaria do Estado de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE). Aspectos Clínicos e Epidemiológicos. Santa Catarina: Ministério da Saúde, 2011.

Eidt LM. O Mundo da Vida do ser Hanseniano: sentimentos e vivências. [dissertação]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2000.

Mello RS, Popoaski MCP, Nunes DH. Perfil dos pacientes portadores de Hanseníase na Região Sul do Estado de Santa Catarina no período de 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2003. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2006; 35(1):29-36.

Ministério da Saúde (Santa Catarina), Secretaria do Estado de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE). Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Santa Catarina: Ministério da Saúde, 2012.

Ministério da Saúde (Santa Catarina), Secretaria do Estado de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE). Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Santa Catarina: Ministério da Saúde, 2013.

Longo JDM, Cunha RV. Perfil clínico-epidemiológico dos casos de hanseníase atendidos no Hospital Universitário em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de janeiro de 1994 a junho de 2005. Hansen Int. 2006; 31(1):9-14.

Júnior AFR, Vieira MA, Caldeira AP. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Rev Bras Clin Med São Paulo. 2012 jun-ago; 10(4):272-7.

Batista ES, Campos RX, Queiroz RCG, et al. Perfil sócio-demográfico e clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em Campos dos Goytacazes, RJ. Rev Bras Clin Med. São Paulo. 2011 mar-abr; 9(2):101-6.

Lima HMN, Sauaia N, Costa VRL, et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Rev Bras Clin Med. 2010; 8(4): 323-7.

Gomes CCD, Gonçalves HS, Pontes MAA, et al. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em um centro de referência na região nordeste do Brasil. An Bras Dermatol. 2005; 80 (supl 3):S283-8.

Ministério da Saúde (Brasil), Guia para controle da Hanseníase. Cadernos de Atenção Básica. 10 (1). Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, et al. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Rev da Soc Bras Med Trop. 2003 jan-fev; 36(1):57-64.

Miranzi SSC, Pereira LHM, Nunes AA. Perfil epidemiológico da hanseníase em um município brasileiro, no período de 2000 a 2006. Rev Soc Bras Med Trop. 2010 jan-fev; 43(1): 62-7.

Buss PM, Filho AP. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Rev Saúde Coletiva. 2007; 17(1):77-93.

Lima LS, Jadão FRS, Fonseca RNM, et al. Caracterização clínica-epidemiológica dos pacientes diagnosticados com hanseníase no município de Caxias, MA. Rev Bras Clin Med. 2009; 7:74-83.

Gomes FG, Cipriani MA, Foss NT. Úlceras cutâneas na hanseníase: perfil clínico-epidemiológico dos pacientes. An Bras Dermatol. 2007; 82(5):433-7.

Organização Mundial da Saúde (OMS), Guia para eliminação da Hanseníase como problema de Saúde Pública. 2000.

Lana FCF, Lanza FM, Meléndez GV, et al. Distribuição da hanseníase segundo sexo no Município de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. Hansen Int. 2003; 28(2):131-7.

Downloads

Publicado

30/08/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HANSENÍASE NO EXTREMO OESTE CATARINENSE, 2004 A 2014. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 44(2), 90-98. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/29

Artigos Semelhantes

1-10 de 135

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.