ECTASIA VASCULAR DO ANTRO GÁSTRICO (ESTÔMAGO EM MELANCIA) – UM RELATO DE CASO.

Autores

  • Ricardo Parizzi Raymondi Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Carolina Perrone Marques Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Leonardo Fayad
  • Carla Juliana Ribas Universidade do Vale do Itajaí

DOI:

https://doi.org/10.63845/dc4bh933

Palavras-chave:

Gastrite. Hemorragia gastrointestinal. Anemia ferropriva. Dilatação Patológica.

Resumo

A Ectasia Vascular do Antro Gástrico (EVAG) é uma condição rara associada à hemorragia digestiva e anemia significativa. Acomete principalmente idosos e mulheres. É considerada uma anormalidade adquirida, resultando em ectasia da mucosa e da microvasculatura gástrica e é identificada na endoscopia digestiva alta (EDA). O diagnóstico pode se tornar complexo, pois a sua aparência endoscópica assemelha-se à gastropatia portal hipertensiva (GPH) ou à gastrite antral¹, ². Este estudo tem como objetivo relatar um caso de EVAG e notificar a importância do conhecimento desta patologia, bem como a inclusão no diagnóstico diferencial à doenças como GPH e gastrite antral, para conduzir ao tratamento apropriado, pois apresenta bom prognóstico. Trata-se de um estudo descritivo, no qual foi relatado caso de paciente masculino, 76 anos, que procurou atendimento médico por acentuada anemia e melena. O paciente apresentava quadro anêmico há 6 meses, associado à fadiga, palidez e histórico de múltiplas transfusões sanguíneas. Foi requisitado EDA, o qual apresentou colunas vermelhas longitudinais no antro gástrico, possibilitando a associação com a clínica e seu diagnóstico. O paciente foi conduzido para terapêutica com o Coagulador de Plasma de Argônio e apresentou boa evolução4. Pacientes idosos que apresentam anemia crônica sem causa aparente e/ou hemorragia digestiva alta, associada com a sintomatologia citada, devem ser endoscopicamente investigados para EVAG³. O diagnóstico desta patologia é muitas vezes dificultado, já que existem outras causas mais comuns de hemorragia digestiva, que mascaram o diagnóstico. Desta forma, destaca-se a importância do conhecimento dessa enfermidade, pois o tratamento adequado apresenta-se eficaz.

Biografia do Autor

  • Ricardo Parizzi Raymondi, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
    Médico gastroenterologista e professor titular na Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Itajaí, Santa Catarina, Brasil 
  • Carolina Perrone Marques, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
    Estudante de medicina.
  • Leonardo Fayad
    Médico gastroenterologista, Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brasil 
  • Carla Juliana Ribas, Universidade do Vale do Itajaí
    Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Itajaí, Santa Catarina

Referências

WATERMELON STOMACH: PATHOPHYSIOLOGY, DIAGNOSIS, AND MANAGEMENT. Massachusetts: Elsevier, v. 7, 2003. Mensal. Journal of Gastrointest Surgical.

APPROACH TO THE MANAGEMENT OF PORTAL HYPERTENSIVE GASTROPATHY AND GASTRIC ANTRAL VASCULAR ECTASIA. Gastroenterology Clinical North American: Elsevier, v. 43: 835-847, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.gtc.2014.08.012

GASTRIC ANTRAL VASCULAR ECTASIA (WATERMELON STOMACH)—AN ENIGMATIC AND OFTEN-OVERLOOKED CAUSE OF GASTROINTESTINAL BLEEDING IN THE ELDERLY. Washington: The Permanente Journal, v. 13, n. 4, 2009. Trimestral. DOI: https://doi.org/10.7812/TPP/09-055

GASTRIC ANTRAL VASCULAR ECTASIA (GAVE): AN OVERLOOKED DIAGNOSIS. Journal of the College of Physicians and Surgeons Pakistan 2015, Vol. 25 (3): 227-228.

STOMACH: CLINICAL ASPECTS AND TREATMENT WITH ARGON PLASMA COAGULATION. São Paulo: Arq Gastroenterol, v. 43, n. 3, 2006. Trimestral. DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-28032006000300007

Sato T, Yamazaki K, Akaike J. ENDOSCOPIC BAND LIGATION VERSUS ARGON PLASMA COAGULATION FOR GASTRIC ANTRAL VASCULAR ECTASIA ASSOCIATED WITH LIVER DISEASES. Dig Endosc 2012; 24:237-42. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1443-1661.2011.01221.x

Downloads

Publicado

01/10/2018

Edição

Seção

Relato de caso

Como Citar

ECTASIA VASCULAR DO ANTRO GÁSTRICO (ESTÔMAGO EM MELANCIA) – UM RELATO DE CASO. (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(3), 204-209. https://doi.org/10.63845/dc4bh933