AVALIAÇÃO DA RECIDIVA DE SINTOMAS OBSTRUTIVOS APÓS ADENOIDECTOMIA E ADENOAMIGDALECTOMIA
Palavras-chave:
Síndromes da Apneia do Sono. Ronco. Adenoidectomia. Tonsilectomia. Recidiva.Resumo
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) na criança é uma doença que leva a alterações nos padrões arquiteturais do sono e apresenta como principais consequências o ronco habitual, dificuldades respiratórias, sonolência diurna, alterações neurocognitivas e prejuízo no ganho de peso e altura. Sua principal causa é a hipertrofia adenotonsilar e o tratamento mais efetivo é a adenoamigdalectomia. Apesar disso, estima-se que 9 a 29% das crianças não melhoram com a cirurgia. Sendo assim, objetivo deste estudo é avaliar crianças submetidas a tonsilectomia que persistem com prejuízo na qualidade de vida devido a SAOS e estabelecer as possíveis causas para essa recidiva ou persistência dos sintomas. Trata-se de um estudo analítico transversal, que avaliou 99 crianças em um momento, dois anos após adenoidectomia/adenoamigdalectomia. Foram estudados: queixa do familiar relacionada a sintomas obstrutivos, rinite, asma, tabagismo passivo, enurese, características anatômicas desfavoráveis, hipertrofia de cornetos inferiores, desvio de septo nasal obstrutivo, palato mole redundante, hipertrofia amigdaliana, Mallampatti e hipertrofia adenoideana. Os pacientes foram separados em 2 grupos conforme o questionário OSA-18, sendo um com pontuação maior ou igual a 60 (grupo teste) e outro com pontuação menor que 60 (grupo controle). Realizada regressão logística binária, chegou-se à conclusão de que a queixa do familiar, a enurese e a hipertrofia de cornetos apresentam relação estatisticamente positiva com prejuízos na qualidade de vida relacionada à SAOS.
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