USO DE ATORVASTATINA NA PREVENÇÃO PRIMÁRIA DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Palavras-chave:
Estatinas, Prevenção primária, Doenças cardiovascularesResumo
A fim de reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), as estatinas atuam diminuindo os níveis elevados de colesterol e, consequentemente, a aterogênese vascular. No entanto, seu uso em assintomáticos e de baixo risco cardiovascular gera polêmica pelo risco de medicalização excessiva. O objetivo deste estudo foi verificar o perfil dos pacientes que utilizam atorvastatina para a prevenção primária das DCV. Tratou-se de um estudo transversal em um município rural de Santa Catarina. Foram avaliados os pacientes que tiveram prescrição de atorvastatina ente 2014 e 2015. O estudo incluiu 47 pacientes, dos quais 57,44% (n = 27) eram mulheres. A faixa etária mais prevalente foi entre 60 a 79 anos (n = 30). A maioria da amostra apresentava sobrepeso ou obesidade leve (n = 33). Em relação aos fatores de risco para DCV, 76,59% (n = 36) tinham hipertensão arterial sistêmica. O risco cardiovascular (Framingham) foi moderado em 48,93% (n = 23). Os pacientes que tomavam 20 mg ao dia de atorvastatina representaram 74,46% (n = 35) da amostra. Observou-se que pacientes com risco cardiovascular leve eram 1,33 vezes mais propensos a ter em sua prescrição 20 mg diários de atorvastatina (RP = 1,33; IC 95% = 1,08 - 1,77). As outras associações não foram estatisticamente significativas. Este estudo é um alerta para os profissionais de cuidados primários realizarem uma avaliação mais rigorosa sobre o uso de drogas em pacientes de baixo risco cardiovascular, uma vez que efeitos adversos desta classe de fármacos podem superar seus benefícios.A fim de reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), as estatinas atuam diminuindo os níveis elevados de colesterol e, consequentemente, a aterogênese vascular. No entanto, seu uso em assintomáticos e de baixo risco cardiovascular gera polêmica pelo risco de medicalização excessiva. O objetivo deste estudo foi verificar o perfil dos pacientes que utilizam atorvastatina para a prevenção primária das DCV. Tratou-se de um estudo transversal em um município rural de Santa Catarina. Foram avaliados os pacientes que tiveram prescrição de atorvastatina ente 2014 e 2015. O estudo incluiu 47 pacientes, dos quais 57,44% (n = 27) eram mulheres. A faixa etária mais prevalente foi entre 60 a 79 anos (n = 30). A maioria da amostra apresentava sobrepeso ou obesidade leve (n = 33). Em relação aos fatores de risco para DCV, 76,59% (n = 36) tinham hipertensão arterial sistêmica. O risco cardiovascular (Framingham) foi moderado em 48,93% (n = 23). Os pacientes que tomavam 20 mg ao dia de atorvastatina representaram 74,46% (n = 35) da amostra. Observou-se que pacientes com risco cardiovascular leve eram 1,33 vezes mais propensos a ter em sua prescrição 20 mg diários de atorvastatina (RP = 1,33; IC 95% = 1,08 - 1,77). As outras associações não foram estatisticamente significativas. Este estudo é um alerta para os profissionais de cuidados primários realizarem uma avaliação mais rigorosa sobre o uso de drogas em pacientes de baixo risco cardiovascular, uma vez que efeitos adversos desta classe de fármacos podem superar seus benefícios.
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