IMPACTO DO CONHECIMENTO NAS ATITUDES, NO SOFRIMENTO E QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE DIABÉTICO

Autores

  • Giovanna Grunewald Vietta Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Gabriel Volpato Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Marcia Regina Kretzer Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Fabiana Oenning da Gama Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Nazaré Otilia Nazário Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Elayne Pereira Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus Diabetes. Conhecimento. Atitudes. Qualidade de vida.

Resumo

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível com alta prevalência global. Para evitar complicações e tratar corretamente, é necessário que os pacientes tenham o conhecimento sobre sua doença e atitudes positivas, para que seja possível a prevenção do sofrimento e uma melhor qualidade de vida. O presente estudo objetivou avaliar conhecimento, atitude, sofrimento e qualidade de vida de indivíduos diabéticos de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Palhoça, Santa Catarina, Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 80 pacientes diabéticos. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, clínicas, conhecimento (DKN-A), atitude (ATT-19), nível de sofrimento emocional (PAID) e qualidade de vida (SF-36). Os dados foram descritos na forma de frequências (absoluta/relativa), média e desvio padrão. A diferença entre médias foi estabelecida pelo teste T de student para amostras independentes (p?0,05), a partir do SPSS 18.0. Observou-se 81,3% da população com baixo conhecimento sobre a doença, 97,5% com atitudes negativas e 32,5% com alto nível de sofrimento emocional. Em relação à qualidade de vida, os menores escores foram observados no sumário mental, com diferenças estatisticamente significativas nos domínios vitalidade, limitação por aspectos emocionais e saúde mental (p<0,05). Assim, o estudo demonstrou que os pacientes diabéticos apresentaram  baixo conhecimento, atitudes negativas frente a doença, alto nível de sofrimento emocional e baixa qualidade de vida

Biografia do Autor

  • Giovanna Grunewald Vietta, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Biomédica Epidemiologista, Doutora em Ciências Médicas: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares.

    Professora e Pesquisadora do Núcleo de Orientação em Epidemiologia - Curso de Medicina 

    Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) - Unidade Pedra Branca

    Professora dos Cursos de Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Odontologia - UNISOCIESC Florianópolis

     Pesquisadora do Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPE) - CEFID/ UDESC

     
  • Gabriel Volpato, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Acadêmico do Curso de Medicina Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Unidade Pedra Branca.

  • Marcia Regina Kretzer, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Doutora em Ciências da Saúde: Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo.  Docente do Curso de Medicina Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Unidade Pedra Branca.

  • Fabiana Oenning da Gama, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Mestre em Psicopedagogia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Docente do Curso de Medicina Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Unidade Pedra Branca.

  • Nazaré Otilia Nazário, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Doutora em  Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do Curso de Medicina Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Unidade Pedra Branca.

  • Elayne Pereira, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

    Doutora em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do Curso de Medicina Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Unidade Pedra Branca.

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Publicado

26/12/2019

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

IMPACTO DO CONHECIMENTO NAS ATITUDES, NO SOFRIMENTO E QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE DIABÉTICO. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(4), 51-61. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/520

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