DESFECHO CLÍNICO E FATORES ASSOCIADOS AO ÓBITO EM PACIENTES COM SEPSE INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

  • Gabriela Longhi Reiner Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
  • Daniel Vignardi Prefeitura Municipal de São José (SC) Brasil.
  • Fabiana Oenning Da Gama Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
  • Giovanna Grunewald Vietta Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
  • Felipe Silva Klingelfus Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva. Sepse. Mortalidade.

Resumo

Objetivo: Sepse é uma disfunção de órgãos decorrente à infecção, sendo importante causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O estudo objetivou conhecer o desfecho clínico e os fatores associados ao óbito em pacientes com sepse internados na Unidade de Terapia Intensiva. Método: Estudo transversal analítico, envolvendo 99 prontuários de pacientes com sepse internados em uma UTI, na Grande Florianópolis, em 2016.  Resultados: Identificada prevalência de sepse de 18,4% e mortalidade de 37,4%. O principal foco de infecção foi o pulmonar (39.4%), pelo microrganismo Staphylococcos coagulase negativa (55%). O tempo médio de internação foi de 20 dias. 55.6% dos pacientes internaram por motivos clínicos, 60,6% do sexo masculino, com idade inferior a 60 anos (56.6%). 60% apresentavam alguma comorbidade, sendo as principais a hipertensão (27.3%) e o diabetes Mellitus (15.2%). Os procedimentos invasivos mais utilizados foram, sonda vesical de demora (100%), intubação orotraqueal (64.6%) e acesso venoso central (64.4%) e periférico (100%). Observada associação com significância estatística entre óbito e o motivo clínico de internação (RP: 1,89; IC: 1,056 – 3,387; p= 0,023) e a presença de comorbidades (RP: 1,755; IC: 0,960 – 3,208; p= 0,052). Encontrada importante prevalência de sepse e incidência de mortalidade, estando associados ao óbito o motivo clínico de internação e a presença de comorbidades.

Biografia do Autor

  • Gabriela Longhi Reiner, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
    Doutoranda da Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul campus Grande Florianópolis.
  • Daniel Vignardi, Prefeitura Municipal de São José (SC) Brasil.

    Médico Generalista – ESF. Prefeitura Municipal de São José (SC) Brasil. 

  • Fabiana Oenning Da Gama, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
    Enfermeira. Mestre em Psicopedagogia. Docente dos cursos de Graduação em Medicina e Enfermagem. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
  • Giovanna Grunewald Vietta, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.

    Biomédica. Phd em Ciências Médicas. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) 

  • Felipe Silva Klingelfus, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil.
    Doutorando da Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul campus Grande Florianópolis.

Referências

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Publicado

31/03/2020

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

DESFECHO CLÍNICO E FATORES ASSOCIADOS AO ÓBITO EM PACIENTES COM SEPSE INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. (2020). Arquivos Catarinenses De Medicina, 49(1), 02-09. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/528

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