TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRANSPORTE TERRESTRE NO ESTADO DE SANTA CATARINA, ENTRE 1996-2016

Autores

Palavras-chave:

Acidentes de Trânsito. Mortalidade. Tendência de mortalidade.

Resumo

Os Acidentes de Transporte Terrestre constituem um problema de saúde pública em nível mundial por sua alta morbimortalidade, além de gerarem custos elevados aos sistemas de saúde. O estudo teve como objetivo analisar a tendência de mortalidade por Acidente de Transporte Terrestre no Estado de Santa Catarina, no período entre 1996 a 2016. Estudo ecológico de séries temporais. Os dados foram coletados no banco de domínio público do Sistema de Informação de Mortalidade, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences 18.0. Para a análise das tendências temporais de mortalidade foram utilizados os coeficientes de mortalidade padronizados por método direto e a regressão linear simples. Houve redução da taxa geral de 38,41 (1996) para 22,9/100 mil habitantes (2016). No sexo masculino a taxa passou de 59,12 (1996) para 36,53/100 mil habitantes (2016) e no sexo feminino de 17,64 (1996) para 9,48/100 mil habitantes (2016). Nos homens a faixa etária com maior taxa foi de 20-39 anos (65,9/100 mil habitantes) e nas mulheres foi ? 60 (20,59/100 mil habitantes). Houve redução da tendência da mortalidade por Acidente de Transporte Terrestre em Santa Catarina.

 Acidentes de Trânsito. Mortalidade. Tendência de mortalidade.

Biografia do Autor

  • Vinícius Anzolin, UNISUL

    Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus Pedra Branca. Santa Catarina, Brasil.

  • Nazare Otilia Nazario, UNISUL

    Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Professor titular da Universidade, do Sul de Santa Catarina, Brasil.

  • Pedro Simioni Porsch, UNISUL
    Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus Pedra Branca. Santa Catarina, Brasil.

Referências

Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10. 2016. Disponível em:

http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2016/en#/V01-V99

Kessides IN, Noll RG, Benjamin NC. Regionalising Infrastructure Reform in Developing Countries. World Econ [Internet]. 2010;11(3):79–108. [acesso em 2018 Abr 6]. Disponível em:

https://www.researchgate.net/publication/227354144_Regionalising_Infrastructure_Reform_in_Developing_Countries

World Bank. Safe, Clean, and Affordable… Transport for Development: the World Bank Group’s Transport Business Strategy for 2008-2012. World Bank. [Internet]. 2008. [acesso em 2018 Abr 10] Disponível em: http://documents.worldbank.org/curated/en/984261468327002120/Transport-for-health-the-global-burden-of-disease-from-motorized-road-transport

Global Road Safety Facility, The World Bank; Institute for Health Metrics and Evaluation. Transport for Health : The Global Burden of Disease from Motorized Road Transport..World Bank [Internet]. Seattle: Institute for Health Metrics and Evaluation; 2014. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/17613

World Health Organization. Global Status Report On Road Safety 2015. Geneva; 2015. Disponível em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/road_safety_status/2015/en

Otzen T, Sanhueza A, Manterola C, Hetz M, Melnik T. Transport accident mortality in Chile: trends from 2000 to 2012. Cien Saude Colet. 2016;21(12):3711–18.

Huang H, Yin Q, Schwebel DC, Li L, Hu G. Examining road traffic mortality status in China: A simulation study. Plos One. 2016;11(4):1–10.

Bandi P, Silver D, Mijanovich T, Macinko J. Temporal trends in motor vehicle fatalities in the United States, 1968 to 2010 - a joinpoint regression analysis. Inj Epidemiol. 2015;2(1):4.

Mansuri FA, Al-Zalabani A, Zalat M, Qabshawi R. Road safety and road traffic accidents in Saudi Arabia: A systematic review of existing evidence. Saudi Med J. 2015;36(4):418–24.

Kim DH, Chung YN, Park YS, Min KS, Lee MS, Kim YG. Epidemiologic impact of rapid industrialization on head injury based on traffic accident statistics in Korea. J Korean Neurosurg Soc. 2016;59(2):149–53.

World Health Organization. Global Launch: Decade Of Action For Road Safety 2011-2020. 2011. Disponível em: http://www.who.int/roadsafety/publications/global_launch.pdf?ua=1

Malta DC, Bernal RTI, Mascarenhas MDM, Monteiro RA,Bandeira de Sá NN, Andrade SSCA, et al. Atendimentos por acidentes de transporte em serviços públicos de emergência em 23 capitais e no Distrito Federal – Brasil, 2009. Epidemiol Serv Saúde 2012; 21(1): 31-42.

Organização Mundial da Saúde. WHO Methods and data sources for country-level causes of death 2000-2015. Global Health Estimates Technical Paper [Internet]. 2017;1–81. [acesso em 2018 Abr 12]. Disponível em: http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/GlobalCOD_method_2000_2015.pdf?ua=1

Morais Neto OL de, Montenegro M de MS, Monteiro RA, Siqueira Júnior JB, Silva MMA da, Lima CM de, et al. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil na última década: tendência e aglomerados de risco. Cien Saude Colet. 2012;17(9):2223–36.

Ladeira RM, Malta DC, Morais Neto OL de, Montenegro M de MS, Soares Filho AM, Vasconcelos CH, et al. Acidentes de transporte terrestre: estudo Carga Global de Doenças, Brasil e unidades federadas, 1990 e 2015. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(suppl 1):157–70.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Estimativa dos Custos dos Acidentes de Trânsito no Brasil com Base na Atualização Simplificada das Pesquisas Anteriores do Ipea. Relatório de Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Internet]. 2015;20. [acesso em 2018 Abr 15]. Disponível em: http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/160516_relatorio_estimativas.pdf

Elvik R. The stability of long-term trends in the number of traffic fatalities in a sample of highly motorised countries. Accident Analysis and Prevention. 2010;42(1):245–60.

Brasil. Lei nº. 11.705, de 19 de junho de 2008. Dispõe sobre o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, e dá outras providências. Diário Oficial da União; 20 jun 2008.

Bacchieri G, Barros AJD. Acidentes de trânsito no Brasil de 1998 a 2010: Muitas mudanças e poucos resultados. Rev. Saúde Públ.. 2011;45(5):949–63.

Ministério da Saúde (Brasil). Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) 2018. [acesso em 2018 Abr 18]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=26&pad=31655

Ministério da Saúde (Brasil). Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) 2018. [acesso em 2018 Abr 18]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros em 01.07.2015. Diário Oficial da União. 28 ago 2015 [Acesso em 2018 Abr 18]. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2015/estimativa_dou_2015_20150915.pdf

OECD, “Mortality from transport accidents”, in Health at a Glance 2013: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris, 2013.

Brasil. Lei nº 9.602, de 21 de janeiro de 1998. Dispõe sobre legislação de trânsito e dá outras providências. Diário Oficial da União; 22 jan 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

Malta DC, Soares FAM, Montenegro M de MS, Mascarenhas MDM, Silva MMA da, Lima CM et al . Análise da mortalidade por acidentes de transporte terrestre antes e após a Lei Seca - Brasil, 2007-2009. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2010 ; 19(4): 317-28. [acesso em 2019 Mar 12] Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742010000400002&lng=pt.

Melo WA de, Oliveira RR de, Brischiliari A, Pelloso SM, Carvalho MD de B. Mortality trend due to traffic accident in young in the south of Brazil. Cad. Saúde Colet. [Internet]. 2018. Dec ;26(4): 360-8. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2018000400360&lng=en.

Rocha GG da, Nunes BP, Silva ÉF da, Wehrmeister FC. Análise temporal da mortalidade por homicídios e acidentes de trânsito em Foz do Iguaçu, 2000-2010. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2016 June ;25(2): 323-30. [acesso em 2019 Abr 15]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222016000200323&lng=en.

Barreto M da S, Teston EF, Latorre M do RD de O, Mathias TA de F, Marcon SS. Mortalidade por acidentes de trânsito e homicídios em Curitiba, Paraná, 1996-2011. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2016 Mar ;25(1): 95-104. [acesso em 2019 Mar 10]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222016000100095&lng=en.

Lukaschek K, Erazo N, Baumert J, Ladwig KH. Suicide mortality in comparison to traffic accidents and homicides as causes of unnatural death. An analysis of 14,441 cases in Germany in the year 2010. Int J Environ Res Public Health. 2012;9(3):924–31.

Braz M. A construção da subjetividade masculina e seu impacto sobre a saúde do homem: reflexão bioética sobre justiça distributiva. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2005 Mar; 10(1): 97-104. [acesso em 2019 Abr 12]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000100016&lng=en.

Souza ER de. Masculinidade e violência no Brasil: contribuições para a reflexão no campo da saúde. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2005 Mar ; 10(1): 59-70. [acesso em 2019 Abr 14] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000100012&lng=en.

Andrade-Barbosa TL de, Xavier-Gomes LM, Barbosa V de A, Caldeira AP. Mortalidade masculina por causas externas em Minas Gerais, Brasil. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2013. Mar ; 18(3): 711-9. [acesso em 2019 Abr 14]Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000300017&lng=en.

Souza ER de. Quando viver é o grande risco-aventura. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2001 Dec ; 17(6): 1291-2. [acesso em 2019 Abr 12]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000600033&lng=en.

Andrade SM, Jorge MHPM. Características das vítimas por acidentes de transporte terrestre em município da Região Sul do Brasil. Rev Saúde Pública. 2000; 34(2):149-56.

Matsuyama T et al. Motor vehicle accident mortality by elderly drivers in the super-aging era. A nationwide hospital-based registry in Japan. Medicine. 2018;97(38).

Morais Neto OL de, Silva MMA, Lima CM de, Malta DC, Silva Jr. JB da. Projeto Vida no Trânsito: avaliação das ações em cinco capitais brasileiras, 2011-2012. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2013 Set ; 22(3): 373-82. [acesso em 2019 Abr 18]. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000300002&lng=pt

Moysés SJ. Determinação sociocultural dos Acidentes de Transporte Terrestre (ATT). Ciência & Saúde Coletiva, 2012; 17(9):2237-45.

Downloads

Publicado

06/07/2020

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRANSPORTE TERRESTRE NO ESTADO DE SANTA CATARINA, ENTRE 1996-2016. (2020). Arquivos Catarinenses De Medicina, 49(2), 02-13. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/538

Artigos Semelhantes

1-10 de 462

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)