COMPARAÇÃO DA MORTALIDADE PARA TRAQUEOSTOMIA PRECOCE E TARDIA EM PACIENTES CARDIOLÓGICOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Thiago Mamôru Sakae
  • Gislene Rosa Feldman Moretti Sakae
  • Rafael Lichtenfels Schmitz
  • Diana Yae Sakae

Palavras-chave:

Traqueostomia, Unidades de Terapia Intensiva, Mortalidade Hospitalar, Análise Multivariada

Resumo

Introdução: Apesar das diversas vantagens atribuídas à traqueostomia em pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI) que necessitam de ventilação mecânica, verdadeiros benefícios e o momento ideal da confecção da traqueostomia permanecem controversos.
Objetivo: Comparar a evolução dos pacientes cardiológicos entubados com os submetidos à traqueostomia em relação ao período em que foi realizada, quanto ao tempo de internação, de ventilação mecânica, escore APACHE II e a mortalidade.
Métodos: Coorte retrospectiva com pacientes da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão-SC.
Resultados: Dos 70 pacientes, 16 (22,8%) foram submetidos à traqueostomia, permanecendo maior período na UTI (26,2 dias) quando comparados àqueles que não o foram (p< 0,001). A média do tempo de realização da traqueostomia foi de 11,4 dias de início da ventilação mecânica (VM). Neste estudo, a prevalência de traqueostomia precoce (?13 dias) foi 11,4% (n=8) e tardia (>13 dias) 11,4% (n=8). Entretanto, os pacientes com traqueostomia precoce e tardia não obtiveram taxas de mortalidade menores do que os entubados. Ainda houve aumento nos tempos de internação na UTI (17,4 (precoce) e 17,4 (tardia) dias) nos dois grupos.
Conclusão: Sabe-se que ainda não existem diretrizes para o estabelecimento do período ideal da realização da traqueostomia. Em pacientes cardiológicos, parece que tanto a traqueostomia precoce como a tardia não estiveram associadas com redução da mortalidade, redução de complicações, porém com aumento do tempo de internação.

Biografia do Autor

  • Thiago Mamôru Sakae
    Médico, Doutor em Ciências Médicas – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Saúde Pública – UFSC. Residência em Medicina de Família e Saúde Comunitária (Hospital Nossa Senhora da Conceição – Tubarão-SC).
  • Gislene Rosa Feldman Moretti Sakae

    Médica Cardiologista – Hospital São José – Criciúma-SC. 

  • Rafael Lichtenfels Schmitz
    Médico Cardiologista – Hospital Nossa Senhora da Conceição – Tubarão-SC.
  • Diana Yae Sakae
    Farmacêutica – Doutora em Neurociências – Université Pierre et Marie Curie. Mestre em Neurociências – UFSC.

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Publicado

12/09/2016

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Artigo original

Como Citar

COMPARAÇÃO DA MORTALIDADE PARA TRAQUEOSTOMIA PRECOCE E TARDIA EM PACIENTES CARDIOLÓGICOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO SUL DO BRASIL. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(1), 3-12. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/57

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