LEPTOSPIROSE EM BOCAINA DO SUL – SC, PARTICULARIDADES DA SERRA CATARINENSE: ANÁLISE DE TRÊS CASOS

Autores

Palavras-chave:

Diagnóstico. Epidemiologia. Leptospira spp.

Resumo

INTRODUÇÃO: A leptospirose é uma doença caracterizada por síndrome febril com início abrupto associado a calafrios, artralgias, mal estar, mialgia intensa, principalmente nas panturrilhas, anictérica em 90 a 95% dos casos e ictérica em 5 a 10% dos casos1com período de incubação de 7 a 30 dias. MÉTODO: O objetivo desse estudo foi analisar 3 casos diagnosticados na cidade de Bocaina do Sul as particularidades na transmissão da doença. Realizada a análise prospectiva dos casos de síndrome febril abrupta, atendidos no período de julho a dezembro de 2019. Foram avaliados dados epidemiológicos, sinais e sintomas, tempo de duração da febre, sorologia, evolução, abordagem inicial e acompanhamento. RESULTADO: Caso 1: paciente com contágio em atividade ocupacional: agricultura em área alagada, Caso 2 e 3: Contágio durante manejo de animais com finalidade econômica. DISCUSSÃO: A leptospirose é uma doença veiculada pela água contaminada com urina de animais, principalmente roedores. No estado de Santa Catarina há maior incidência da doença em áreas urbanas, A forma mais comum de transmissão é através do contato com águas de enchente e alagamentos. Em Bocaina do Sul a transmissão se deu através de exposição ocupacional nos casos avaliados. CONCLUSÃO: Observamos que os fatores de risco dos pacientes avaliados estão relacionados à exposição ocupacional e que podem ser prevenidos com a adoção de medidas de controle e de prevenção. Alto índice de suspeição e início precoce de antibióticos é fundamental em paciente com suspeita de Leptospirose. 

Biografia do Autor

  • Bruno José da Costa Medeiros, Prefeitura Municipal de Bocaina do Sul - SC

    Médico da Atenção primária a Saúde

    Cirurgião Geral

    Mestre em Cirurgia pelo PPGRACI - UFAM

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Publicado

31/03/2020

Edição

Seção

Relato de caso

Como Citar

LEPTOSPIROSE EM BOCAINA DO SUL – SC, PARTICULARIDADES DA SERRA CATARINENSE: ANÁLISE DE TRÊS CASOS. (2020). Arquivos Catarinenses De Medicina, 49(1), 91-97. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/631

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