CICLOERGOMETRIA ADAPTADA PARA PACIENTES HEMIPARÉTICOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Autores

  • Antonio Vinicius Soares
  • Emília Gesser
  • Camile Andrade
  • Thiago Julian Mesadri
  • Sheilla Blank de Oliveira dos Santos
  • Noé Gomes Borges Júnior

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Paresia, Exercício

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar os efeitos terapêuticos de um programa de condicionamento aeróbio para pacientes hemiparéticos por Acidente Vascular Cerebral através da cicloergometria adaptada de membros inferiores. Foi realizado um estudo quase experimental tipo séries de tempo, com 3 pré e 3 pós testes em dias alternados. Participaram do estudo 14 pacientes hemiparéticos (10 homens e 4 mulheres) idade média de 56,1 anos (±10,4). Foram avaliados através do Time Up and Go Test (TUGT), velocidade da marcha VM), Manovacuometria (pressão inspiratória máxima, PIM e pressão expiratória máxima, PEM) e Perfil de Saúde de Notthinghan (PSN). O programa de treinamento com o cicloergômetro adaptado ocorreu duas vezes por semana durante 10 semanas (±20 sessões). Foram observados ganhos significativos em todos os parâmetros avaliados: TUGT 28,5%, VM 23,6%, PIM 19,2%, PEM 21,3%, PSN 25%, e no tempo e carga de treinamento um incremento de 38,2%. Estes resultados devem encorajar a utilização desta técnica, porém, novos estudos com amostras maiores e grupo controle são necessários para ampliar o conhecimento sobre este recurso terapêutico.

Biografia do Autor

  • Antonio Vinicius Soares
    Professor Doutor em Ciências do Movimento Humano. Curso de Fisioterapia da Faculdade Guilherme Guimbala (FGG) da Associação Catarinense de Ensino (ACE), Joinville, SC – Brasil
  • Emília Gesser
    Fisioterapeuta da ADEJ – Associação dos Deficientes Físicos de Joinville, SC – Brasil.
  • Camile Andrade
    Fisioterapeuta da ADEJ – Associação dos Deficientes Físicos de Joinville, SC – Brasil.
  • Thiago Julian Mesadri

    Fisioterapeuta da ADEJ – Associação dos Deficientes Físicos de Joinville, SC – Brasil

  • Sheilla Blank de Oliveira dos Santos
    Fisioterapeuta da ADEJ – Associação dos Deficientes Físicos de Joinville, SC – Brasil.
  • Noé Gomes Borges Júnior
    Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano do Centro de Ciência da Saúde e o do Esporte – CEFID da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis, SC – Brasil.

Referências

Bonita R. Epidemiology of Stroke. Lancet. 1992: 339(8789):p.342-4.

Andre C. manual de avc. 1ed. Rio de Janeiro: Revinter; 1999.

Umphred A. Fisioterapia Neurológica. 3ed. São Paulo: Manole; 2007.

Macko RF, Smith GV, Dobrovolny CL. Treadmill training improves fitness reserve in chronic stroke patientes. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. 2001: p. 879-884.

Sharp SA, Brouwer BJ. Isokinetic strength training of the hemiparetic knee: effects on function of spasticity. Archives of Physical Medicine and Reabilitation. 1997: p. 1231-1236.

Mayo NE, Wood-Dauphinee S, Ahmed S, Gordon C. Disablement following stroke. Disability and Rehabilitation. 1999: p. 258-268.

Wade DT, Wood VA, Heller A. Intercollegiate Stroke Working Party [Royal College of Physicians de Londres]. London; 2008.

Nudo R. Plasticity. NeuroRx. 2006: p. 420-27.

Wade DT, Wood VA, Scandinavia H. Walking after stroke: measurement and recovery over the first three months. Scandinavian Journal of Rehabilitation Medicine. 1987: p. 25-30.

Mackay-Lyons MJ, Makrides L. Longitudinal changes in exercise capacity after stroke. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. 2004: p. 1608-1612.

Soares A, Santos S, Ferreira P, Schuerof B, Woelner S. Cicloergometria adaptada para pacientes hemiparéticos pós-acidente vascular encefálico. Revista Neurociências. 2011: p. 18-24.

Velozo CA, Magalhães LC, Pan AW, Leite PP. Functional scale discrimination at admission and discharge: Rasch analysis of the level of rehabilitation scale-III. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. 1995: p. 705-712.

Chaubert K. Long-term reliability of the timed up-and-go test among community-dwelling elders. Journal of Physical Therapy Sciences. 2005; 17(2): p. 93-96.

Neder J, Andreoni S, Lerario MC. Reference values for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Brasilian Journal Medicine Biological Research. 1999: p. 719-727.

Borg G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido São Paulo: Manole; 2000.

Pryor J, Webber B. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

Soares AV, Anjos MA, Jurgensen EM, Briesemeister M. Efeitos terapêuticos da cicloergometria adaptada de membros inferiores em pacientes hemipareticos pós-AVC In: 6? Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares. Arquivos de Neuro-psiquiatria (Supl.). 2007: p. 4-5.

Costa D. Fisioterapia respiratória básica. 2ed. São Paulo: Atheneu; 2002.

Rodini C, Ferreira L, Pirré G. Estudo comparativo entre a Escala de Equilíbrio de Berg o Teste Timed Up & Go e o Índice de Marcha Dinâmico quando aplicadas em idosos hígidos. Acta Fisiátrica. 2008; 15(4): p. 267-268.

Bohannon RW, Chaubert K. Predictor for falls among hospital in patients with impaired mobility. Journal of Royal Society Medicine. 2006: p. 266-269.

Torriani C, Mota E, Gomes C. Avaliação comparativa do equilíbrio dinâmico em diferentes pacientes neurológicos por meio do teste Get Up And Go. Revista Neurociências. 2006; 14(3): p. 135-139.

James CW, Churran BB, Stewar CA. The timed get-up-and-go test Revisited: measurement of the Component Tasks. Journal of Rehabilitation Research & Development.; 37: p. 109-114.

Guimarães LHCT, Geraldino DCA, Martins FLM. Comparação da Propensão de Quedas entre Idosos que Praticam Atividade Física e Idosos Sedentários. Revista Neurociências. 2004; 12(2):p.68-72.

Brown DA, Kautz SA. Speed-dependent reductions of force output in people with post-stroke hemiparesis. Physical Therapy. 1999: p. 919-30.

Brown DA, Kautz SA. Increased workload enhances force output during pedalling exercise in persons with post stroke hemiplegia. Stroke. 1998: p. 598-606.

Brown DA, Kautz AS, Dairaghi CA. Muscle activity adapts to anti-gravity posture during pedalling in persons with post-stroke hemiplegia. Brain. 1997: p. 825-37.

Potempa K , Lopez M, Braun LT. Physicological outcomes of aerobic exercise training in hemiparetic stroke patients.. Stroke. 1995: p. 101-105.

Anjos MA, Soares AV, Silva H. Aumento da capacidade aeróbica na tetraplegia com cicloergômetro portátil de membros superiores. Revista Brasileira de Fisioterapia (Supl.). 2007; 11.

Soares AV, Anjos MA, Jurgensen EM. Efeitos terapêuticos da cicloergometria adaptada de membros inferiores em pacientes hemipareticos pós-AVC. In: 6? Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares. 2007: p. 4-5.

Downloads

Publicado

12/09/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

CICLOERGOMETRIA ADAPTADA PARA PACIENTES HEMIPARÉTICOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(1), 108-116. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/66

Artigos Semelhantes

1-10 de 43

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.