INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR DISSECÇÃO CORONARIANA : RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Dissecção da Artéria Coronária. Infarto do Miocárdio. Síndrome coronariana aguda. Tratamento conservador.Resumo
Introdução: a dissecção espontânea da artéria coronária (DEAC) é uma importante causa de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) não aterosclerótica. Frequentemente subdiagnosticada, sua etiologia e fisiopatologia permanecem incertas e seu manejo indefinido. Afeta geralmente mulheres jovens e sem os clássicos fatores de risco. Objetivo: relatar caso de DEAC e tratamento realizado. Método: as informações foram obtidas por meio de prontuário, entrevista, registro fotográfico e revisão de literatura. Resultados: paciente feminina, 42 anos, admitida na emergência de um hospital de referência em cardiologia do Oeste de SC, com história de dor torácica anginosa típica, durante período de estresse emocional. Apresentou eletrocardiograma (ECG) com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, elevação do segmento ST em parede anterior extensa (D1, AVL, V1-V6), elevação de marcadores de necrose miocárdica e coronariografia com aspecto de dissecção de artéria descendente anterior (ACDA). Optado por tratamento conservador devido a estabilidade hemodinâmica, apresentando melhora do quadro clínico e boa evolução no seguimento ambulatorial. Discussão: A DEAC é uma condição subdiagnosticada à apresentação normalmente é de SCA, sendo seu diagnóstico através da coronariografia. O manejo dessa condição continua incerto, vários fatores influenciam na estratégia de tratamento, como o quadro clínico, hemodinâmico, a topografia da dissecção, o número de artérias afetadas, o fluxo coronário distal e a disponibilidade de serviços de cardiologia intervencionista e cirurgia cardíaca. Considerações finais: diante de um caso de SCA em pacientes jovens, a suspeita diagnóstica de DEAC deve ser considerada. A confirmação diagnóstica depende da angiografia coronariana, e a terapêutica apesar de controversa deve ser individualizada.
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