PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS MEMBROS DE UMA ASSOCIAÇÃO DE EPILEPSIA EM SANTA CATARINA

Autores

  • Felipe Sella
  • Rafael Adonias Seisdedos
  • Carlos Roberto de Moraes Rego Barros

Palavras-chave:

Epilepsia. Epidemiologia. Brasil.

Resumo

Este estudo tem como proposta conhecer o perfil epidemiológico dos membros da Associação Sul Catarinense de Epilepsia (ASSCAE) e comparar com os dados obtidos na literatura. Trata-se de um estudo observacional transversal, com coleta de dados primários e abordagem quantitativa. Foram incluídos 43 dos 52 membros ativos entre agosto de 2014 e março de 2015. Os formulários aplicados, sob a supervisão de um neurologista, eram constituídos por 12 itens, abordando questões sociodemográficas e clínicas. Entre os membros entrevistados, 53,5% eram do sexo masculino e idade média de 43,09±14,63 anos. Houve predomínio de uma população de baixa renda e escolaridade. Das características clínicas analisadas, o tipo de crise mais comum foi a generalizada (65,1%). Apenas 6 entrevistados (14%) alcançaram controle de suas crises (epilepsia inativa), dos quais 70,3% utilizam duas ou mais drogas anticonvulsivantes, apresentado uma associação estatisticamente significativa entre as duas variáveis (p=0,017).  A população em estudo apresentou um perfil clínico de epilepsia semelhante aos encontrados em países subdesenvolvidos e em desenvolvimentos, que corrobora com a baixa renda e escolaridade evidenciada nos dados sociodemográficos. Porém, essas informações epidemiológicas não podem ser extrapoladas com precisão para toda região sul catarinense, visto a ASSCAE, por apresentar um caráter assistencial, ter uma população predominantemente de baixa renda.

Biografia do Autor

  • Felipe Sella
    Acadêmico da 11a fase de medicina, Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Criciúma - SC
  • Rafael Adonias Seisdedos
    Acadêmico da 11a fase de medicina, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC – Criciúma - SC
  • Carlos Roberto de Moraes Rego Barros
    Mestre, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Referências

Fisher RS, van Emde Boas W, Blume W, Elger C, Genton P, Lee P, et al. Epileptic seizures and epilepsy: definitions proposed by the International League Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau for Epilepsy (IBE). Epilepsia. 2005;46(4):470-2.

ILAE Commission Report. The epidemiology of the epilepsies: future directions. International League Against Epilepsy. Epilepsia. 1997;38(5):614-8.

World Health Organization. Global Campaign against Epilepsy. Netherlands: WHO, 2001.

Banerjee PN, Filippi D, Allen Hauser W. The descriptive epidemiology of epilepsy-a review. Epilepsy Res. 2009;85(1):31-45.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: IBGE; 2012.

Tedrus GM, Fonseca LC, Hoehr GC. Spirituality aspects in patients with epilepsy. Seizure. 2014;23(1):2

Heaney DC, MacDonald BK, Everitt A, Stevenson S, Leonardi GS, Wilkinson P, et al. Socioeconomic variation in incidence of epilepsy: prospective community based study in south east England. BMJ. 2002;325(7371):1013-6.

Elger CE, Schimidt D. Modern management of epilepsy: a practical approach. Epilepsy Behav. 2008 may;12(4): 501-39

Borges MA, Min LL, Guerreiro CAM, Yacubian EMT, Cordeiro JA, Tognola WA, et al. Urban prevalence of epilepsy: populational study in São José do Rio Preto, a medium-sized city in Brazil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 2004;62:199-204.

Scott RA, Lhatoo SD, Sander JW. The treatment of epilepsy in developing countries: where do we go from here? Bull World Health Organ. 2001;79(4):344-51.

Li S, Ding D, Wu J. Defintions and Epidemiology of Epilepsy. In:Shorvon S, Guerrini R, Cook M et al. Oxford Textbook of Epilepsy and Epileptic Seizures. United Kingdom: Oxford University Press, 2013: 52-57.

Picot MC, Baldy-Moulinier M, Daures JP, Dujols P, Crespel A. The prevalence of epilepsy and pharmacoresistant epilepsy in adults: a population-based study in a Western European country. Epilepsia. 2008;49(7):1230-8.

Duncan JS. Modern treatment strategies for patients with epilepsy: a review.J R Soc Med. 1991 Mar; 84(3): 159–162.

Li LM, Fernandes PT, Mory S, Noronha ALA, Boer HMd, Espíndola J, et al. Manejo da epilepsia na rede básica de saúde no Brasil: os profissionais estão preparados? Revista Panamericana de Salud Pública. 2005;18:296-302.

Downloads

Publicado

21/09/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS MEMBROS DE UMA ASSOCIAÇÃO DE EPILEPSIA EM SANTA CATARINA. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(2), 59-66. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/76

Artigos Semelhantes

1-10 de 199

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.