EVOLUÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Autores

  • Mariana dos Santos Lunardi Universidade Federal de Santa Catarina
  • André Dias de Oliveira Médico Neurologista da EBSERH-HU-UFSC
  • Fernando Cini Freitas Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina e Neurologista do Hospital Governador Celso Ramos

Palavras-chave:

Doença de Parkinson. Sintoma motor. UPDRS-MDS.

Resumo

Objetivos: Avaliar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes parkinsonianos acompanhados no ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital Governador Celso Ramos utilizando-se escaladas validadas. Métodos: Estudo longitudinal onde foram incluídos 167 pacientes consecutivos, em diferentes estágios da doença de Parkinson, atendidos no ambulatório de distúrbios do movimento do  HGCR e reavaliados 20 pacientes em consulta, 5 anos após a primeira. Aplicou-se questionário e avaliou-se o primeiro sintoma motor cardinal entre as associações independentes e entre os escores de sintomas neurológicos motores avaliados através da escala UPDRS-MDS e Schwab and England Activities of Daily Living Scale. Resultados: Tremor foi o primeiro sintoma motor percebido mais frequentemente pelos pacientes (64,9%), dor foi a primeira queixa de 5,2% dos pacientes. A idade de início do primeiro sintoma foi inversamente proporcional à escolaridade. Quanto maior a pontuação nas escalar UPDRS-MDS – III (p=0,004) e Schwab and England Activities of Daily Living Scale (p=0,001) maior a tendência a inatividade. Conclusão: A doença de Parkinson geralmente é percebida por seus sintomas motores clássicos, entretanto, uma série de sintomas não motores iniciam e acompanham a evolução da doença conforme mostra a piora do perfil ao longo de 5 anos.

 

Biografia do Autor

  • Mariana dos Santos Lunardi, Universidade Federal de Santa Catarina
    Médica neurologista, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina e neurologista da Unidade de Acidente Vascular Cerebral Agudo do Hospital Governador Celso Ramos

Referências

Hughes AJ, Daniel SE, Ben-Shmolo, Lees AJ.The accuracy of diagnosis of parkisonian syndromes in a specialist movement disorder service. Brain. 2002;125(4);861-70.

Gazzola JM, Dona F, Ganança MM, Suarez H, Ganança FF, Caovilla HH. Realidade virtual na avaliação e reabilitação dos distúrbios vestibulares. Acta Orl. 2009;27(1):22-27.

Goets CG, Tilley BC, Shaftman S, Stebbins GT, Fahn S, Martinez-Martin P et al. Movement Disorder Society-Sponsored Revision of the Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (MDS-UPDRS): Scale Presentation and Clinimetric Testing Results. Mov Disord. 2008;23(15):2129–70.

PERLMUTTER, J.S. Assessment of Parkinson disease manifestations. Curr Protoc Neurosci. 2009;10(1):01-29.

Goulart F, Pereira L. Uso de escalas para avaliação da Doença de Parkinson em fisioterapia. Fisio Pesq. 2005;2(1):49-56.

van Hilten JJ, van der Zwan, Zwinderman AH, Roos RA. Rating impairment and disability in parkinson’s disease: evaluation of the unified Parkinson‘s Disease Rating Scale. Mov Disord.1994;9(1):84-8.

Ramarker C, Marinus J, Stiggerlbout AM, van Hilten BJ. Systematic evaluation os rating scales for impairment and disability in Parkinson’s disease. Mov Disord. 2002;17(5):867-76.

Hirtz D, Thurman DJ, Gwinn-Hardy K, Mohamed M, Chaudhuri AR, Zalustsky R. How common are the “common” neurologic disorders? Neurology. 2007;68(30),326-37.

de Lau LML, Breteler MMB. Epidemiology of Parkinson’s disease. Lancet Neurol. 2006;5(6):525–35.

Pringsheim T, Jette N, Frolkis A, Steeves TDL. The prevalence of Parkinson’s disease: a systematic review and meta-analysis. Mov Disord. 2014;29:1583–90.

Shi J, Liu J, Qu Q. Dominancia manual y dominancia de los sintomas em la enfermidade de Parkinson. Med Clín. 2014;142(4);141-44.

van der Hoorn A, Burger H, Leenders KL, de Jong BM. Handedness correlates with dominant Parkinson side: a systematic review and meta-analysis. Mov Disord. 2012;27(2):206-10.

Wright WG, Gurfinkel VS, Nutt J, Horas FB, Cordo PJ. Axial Hypertonicity in Parkinson’s disease: direct measurements of trunk and hip torque. Exp Neurol. 2007;208(1):38-46.

Kleiner-Fisman G, Stern MB, Fisman DN. Health-Related Quality of Life in Parkinson disease: Correlation between Health Utilities Index III and Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS) in U.S. male veterans. Health and Quality of Life Outcomes. 2010;8(91);02-25.

Connolly BS, Lang AE. Pharmacological Treatment of Parkinson Disease a review. JAMA. 2014;311(16):1679-83.

Silva JAMG, Dibai AVF, Faganello FR. Mensuração da qualidade de vida de indivíduos com a doença de Parkinson por meio do questionário PDQ-39. Fisioter Mov. 2011;24(1):141-46.

Friedman JH, Brown RG, Comella, Garber CE, Krupp LB, Lou JS et al. Fatigue in Parkinson’s disease: a review. Mov Disord. 2007;22(3):297-308.

Menza M, Dobkin RDF, Marin H, Mark MH, Gaza M, Buyske S et al. The impact of treatment of depression on quality of life, disability and relapse in patients with Parkinson's disease. Movement Disord. 2009;24(9):1325-32.

Louis ED, Tang MX, Cote L, Alfaro B, Mejia H, Marder K. Progression of parkinsonian signs in Parkinson disease. Arch Neurol. 1999;56(3):334–37.

Lee CS, Schulzer M, Mark EK, Snow BJ, Tsui JK, Calne S et al. Clinical observations on the rate of progression of idiopathiarkinsonism. Brain. 1994;117(3):501–507.

Schrag A, Dodel R, Spottke A, Bornschein B, Siebert U, Quinn NP et al. Rate of clinical progression in Parkinson's disease. A prospective study. Movement Disor. 2007;22(7):938–45.

Downloads

Publicado

03/02/2021

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

EVOLUÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON. (2021). Arquivos Catarinenses De Medicina, 49(4), 41-54. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/809

Artigos Semelhantes

1-10 de 468

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)