ADENOAMIGDALECTOMIA E O CRESCIMENTO INFANTIL - SEGUNDO MARCADORES BIOLÓGICOS E ANTROPOMÉTRICOS

Autores

  • Antonio de Azevedo Barros Filho
  • Fabíola Meister Pereira
  • Rafaela Coelho Minsky Mestre em Fisioterapia pela Universidade de Santa Catarina (UDESC). Florianópolis, SC, Brasil.
  • Camila Isabel Santos Schivinski

Palavras-chave:

Desenvolvimento Infantil. Tonsila Faríngea. Sono. Antropometria. Tonsilectomia.

Resumo

Adenoamigdalectomia é um procedimento realizado para a remoção das amígdalas e da adenoide, que é indicada para obstrução de vias aéreas superiores devido hipertrofia dessas estruturas. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar qual a influência da adenoamigdalectomia no crescimento de crianças com distúrbios respiratórios do sono, com base em marcadores bioquímicos e antropométricos. Pesquisa em bancos de dados virtuais MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line) acessado via PubMed e Scielo, com limites para idioma com os descritores “growth”, “adenotonsillectomy”, “sleep-disordered breathing” e “children”. A pesquisa estendeu-se de agosto de 2015 a março de 2017. Foram considerados critérios de inclusão: artigos originais que avaliassem amostra de menores de 12 anos, submetidos à amigdalectomia diante do diagnóstico de distúrbio respiratório do sono e/ou hiperplasia/hipertrofia de amígdala e/ou adenóide. Foram selecionados 22 estudos. Observou-se que a adenoamigdalectomia é fator importante no crescimento pôndero-estatural em crianças com DRS, a curto e longo prazos. Existem ganhos significativos de peso, altura e em alguns casos, ocorrência de “catch-up” no crescimento. Há evidências da modificação da concentração sanguínea de mediadores químicos do crescimento (IGF-I e IGFBP-3) após a cirurgia. Adenoamigdalectomia promove ganhos de peso e altura, favorecendo o crescimento de crianças a ela submetidos. 

Biografia do Autor

  • Antonio de Azevedo Barros Filho

    Pós-Doutor pelo Institute Of Child Health University of London. Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade de São Paulo. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade de São Paulo/SC. Campinas, SP, Brasil.

     

  • Fabíola Meister Pereira

    Pós-graduada em Fisioterapia Pediátrica pelo Curso de Aprimoramento em Fisioterapia Pediátrica da FCM-Unicamp. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pelo Departamento de Pediatria da FCM-Unicamp/SC. Campinas, SP, Brasil.

  • Rafaela Coelho Minsky, Mestre em Fisioterapia pela Universidade de Santa Catarina (UDESC). Florianópolis, SC, Brasil.
    Mestre em Fisioterapia pela Universidade de Santa Catarina (UDESC). Florianópolis, SC, Brasil.
  • Camila Isabel Santos Schivinski
    Doutora em Saúde da criança e do adolescente pela Universidade Estadual de Campinas e professora dos cursos de graduação e pós-graduação em fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

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Publicado

25/03/2019

Edição

Seção

Artigo de revisão

Como Citar

ADENOAMIGDALECTOMIA E O CRESCIMENTO INFANTIL - SEGUNDO MARCADORES BIOLÓGICOS E ANTROPOMÉTRICOS. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(1), 182-196. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/346

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