CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO: NOVA MEDIDA ANTROPOMÉTRICA PARA RASTREAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES

Autores

  • Elias Barbosa Cabral Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP
  • Jéssica Rolli Haddad Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP
  • Ines Maria Crespo Gutierres Pardo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP

Palavras-chave:

Pediatria. Circunferência do Pescoço. Obesidade na Adolescência.

Resumo

O trabalho objetivou avaliar a correlação da circunferência do pescoço com resistência insulínica e com componentes da síndrome metabólica em adolescentes púberes. Realizou-se um estudo transversal no qual se avaliaram 36 adolescentes púberes portadores de Síndrome Metabólica, de 10 a 19 anos que acompanham regularmente em ambulatório de Saúde na Adolescência. Os adolescentes foram submetidos à avalição antropométrica, incluindo circunferência do pescoço, da cintura e razão cintura/estatura, e avaliação de bioquímica do prontuário. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local sendo assinado o termo de consentimento livre pelo responsável e assentido pelo adolescente. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS sendo adotado nível de significância de 5%. Do total dos adolescentes 19 eram do sexo feminino e 17 do sexo masculino. A circunferência do pescoço média do sexo masculino foi de 37,09 ±1,25 e do sexo feminino foi de 35,68 ±0,69, sem diferença entre os sexos (p=0,35). A razão cintura/estatura média do sexo masculino foi de 0,61 ±0,14  e do sexo feminino foi de 0,59 ±0,01, sem diferença entre os sexos (p=0,75).  Houve correlação positiva entre a circunferência do pescoço com as seguintes variáveis: índice de massa corpórea (p=0,000), circunferência abdominal (p=0,000), razão cintura/estatura (p=0,01) e HOMA-IR (p=0,02). A circunferência do pescoço correlacionou-se com parâmetros importantes de avalição da síndrome metabólica sendo um instrumento útil para triagem de adolescentes com este quadro.

Referências

De Oliveira CL, De Mello MT, Cintra IDP, Fisberg M. Obesidade e síndrome metabólica na infância e adolescência. Rev Nutr. 2004;17(2):237–45.

Lottenberg SA, Glezer A, Turatti LA. Metabolic syndrome: identifying the risk factors. J Pediatr (Rio J) [Internet]. 2007;83(8):204–8. Available from: http://www.jped.com.br/conteudo/Ing_resumo.asp?varArtigo=1724&cod=&idSecao=1

da Silva CDC, Zambon MP, Vasques ACJ, Rodrigues AMDB, Camilo DF, Antonio MÂRDGM, et al. Neck circumference as a new anthropometric indicator for prediction of insulin resistance and components of metabolic syndrome in adolescents: Brazilian Metabolic Syndrome Study. Rev Paul Pediatr [Internet]. 2014;32(2):221–9. Available from: http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4183009&tool=pmcentrez&rendertype=abstract

Steinberger J. Diagnosis of the metabolic syndrome in children. Ther Clin trials. 2003;14:555–9.

Ben-Noun L, Laor A. Relationship of neck circumference to cardiovascular risk factors. Obes Res. 2003;11(2):226–31.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation. World Health Organ Tech Rep Ser. WHO. 2000;1–253.

WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO child growth standards: methods and development. Length/ height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age. 2007; Available from: http://hpps.kbsplit.hr/hpps-2008/pdf/dok03.pdf

Guimarães ICB, Almeida AM De, Santos AS, Barbosa DBV. Pressão Arterial: Efeito do Índice de Massa Corporal e da Circunferência abdomnal em adolescentes. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2008;90:426–32. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2008000600007&script=sci_arttext&tlng=es

TANNER JM. Growth at adolescence. Oxford Blackwell Sci Publ. 1962;2.

MADEIRA IR, CARVALHO CNM, GAZOLLA FM, MATOS HJ DE, BORGES MA, MARIA ALICE NEVES BORDALLO. Ponto de corte do Índice Homeostatic Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR) avaliado pela curva Receiver operating Characteristic (ROC ) na Detecção de Síndrome Metabólica em criancas pré-púberes com excesso de peso. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2008;52(9):1466–73.

Vasques ACJ, ROSADO LEFPL, ALFENAS RDCG, Geloneze B. Análise crítica do uso dos índices do Homeostasis Model Assessment ( HOMA ) na avaliação da resistência à insulina e capacidade funcional das células beta pancreáticas. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2008;52/1:32–9.

Guo X, Li Y, Sun G, Yang Y, Zheng L, Zhang X, et al. Prehypertension in Children and Adolescents: Association with Body Weight and Neck Circumference. Intern Med [Internet]. 2012;51(1):23–7. Available from: http://joi.jlc.jst.go.jp/JST.JSTAGE/internalmedicine/51.6347?from=CrossRef

Kurtoglu S, Hatipoglu N, Mazicioglu MM, Kondolot M. Neck circumference as a novel parameter to determine metabolic risk factors in obese children. Eur J Clin Invest. 2012;42(6):623–30.

Castro-Piñero J, Delgado-Alfonso A, Gracia-Marco L, Gómez-Martínez S, Esteban-Cornejo I, Veiga OL, et al. Neck circumference and clustered cardiovascular risk factors in children and adolescents: Cross-sectional study. BMJ Open. 2017;7(9):1–9.

Patnaik L, Pattnaik S, Rao EV, Sahu T. Validating neck circumference and waist circumference as anthropometric measures of overweight/obesity in adolescents. Indian Pediatr. 2017;54(5):377–80.

Hosseini M, Motlagh ME, Yousefifard M, Qorbani M, Ataei N, Asayesh H, et al. Neck circumference percentiles of Iranian children and adolescents: The weight disorders survey of CASPIAN IV study. Int J Endocrinol Metab. 2017;15(4).

Downloads

Publicado

25/06/2019

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO: NOVA MEDIDA ANTROPOMÉTRICA PARA RASTREAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(2), 21-33. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/413

Artigos Semelhantes

321-330 de 500

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.