TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: MANEJO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO TERCIÁRIO

Autores

  • Thiara Cristina de Oliveira Ramos Farias
  • José Antônio de Souza
  • Iloneide Carlos de Oliveira Ramos
  • Rafael Miranda Lima

Palavras-chave:

Traumatismos abdominais. Criança. Ferimentos não penetrantes. Terapia intensiva.

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico e o manejo de crianças vítimas de trauma abdominal fechado na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital pediátrico terciário. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários. Foram analisados 58 prontuários. Trinta e cinco crianças (60% do total) foram do sexo masculino. A idade média foi de 8,6 anos e a mediana de 9 anos. O tipo de lesão mais comum foi a esplênica com 35% dos casos, seguida da hepática, com 26%. A associação de lesões foi encontrada em 26% dos casos, sendo que o baço foi o principal órgão acometido dentre as associações. Os acidentes com veículos automotores foram os principais mecanismos de lesão, sendo responsáveis por 57% do total. Queda foi a segunda causa de lesão, em 31% dos casos. O tempo de permanência hospitalar médio foi de 12,8 dias, enquanto que o tempo médio aproximado de permanência na unidade de terapia intensiva foi de 37 horas. Treze crianças (22% do total) chegaram hemodinamicamente instáveis ao hospital. A chance de uma criança que chegou hemodinamicamente instável ao hospital ser submetida à cirurgia foi 7 vezes maior do que uma criança que chegou estável. Oito crianças mantiveram a instabilidade hemodinâmica após a ressuscitação volêmica. A chance de um paciente que manteve instabilidade hemodinâmica ser submetido à cirurgia foi 18 vezes maior do que uma criança que se tornou estável hemodinamicamente.

Biografia do Autor

  • Thiara Cristina de Oliveira Ramos Farias
    Cirurgiã Pediátrica; Mestra em Medicina
  • José Antônio de Souza
    Cirurgião Pediátrico; Doutor em Técnicas Operatórias e Cirurgia Experimental pela UFSC.
  • Iloneide Carlos de Oliveira Ramos

    Estatística; Doutora em Engenharia Elétrica pela UFRN.

  • Rafael Miranda Lima
    Cirurgião Pediátrico; Mestre em Medicina Intensiva e Paliativa pela UFSC.

Referências

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Publicado

21/09/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: MANEJO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO TERCIÁRIO. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(2), 67-78. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/77

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