MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POUCO CONHECIDO EM EMERGÊNCIA

Autores

Palavras-chave:

Migrânea hemiplégica. Aura. Cefaleia. Emergência.

Resumo

A migrânea hemiplégica é uma forma rara de migrânea com aura que inclui fraqueza motora plenamente reversível, além de sintomas visuais, sensoriais e/ou de linguagem plenamente reversíveis. Pode ser esporádica ou familiar e a fisiopatologia ainda é incerta.(1) Objetivo: descrever um caso de paciente portador de migrânea hemiplégica ressaltando sua importância como diagnóstico diferencial no departamento de emergência. Relato de caso: Paciente feminina, 55 anos, admitida no pronto socorro com cefaléia holocraniana severa associada à afasia motora, sem déficit motor. Histórico de episódios recorrentes de cefaléia na infância e adolescência. Sinais vitais estáveis, exame clínico foi normal. Solicitada TC de crânio, sem alterações. Internada para investigação com retorno espontâneo da fala e melhora da cefaléia no quinto dia. Retornou uma semana após com cefaleia, afasia e hemiplegia à esquerda. Sem alterações na nova TC de crânio e demais exames complementares. Evoluiu com melhora espontânea do quadro no terceiro dia. Após 2 meses do último episódio retornou com quadro semelhante e TC de crânio normal. Evoluiu com melhora dos sintomas espontaneamente após 12 horas de observação, quando foi aventada hipótese diagnóstica de migrânea hemiplégica. Recebeu alta com topiramato e amitriptilina e encaminhada ao ambulatório de neurologia. Discussão: a cefaleia é um dos sintomas mais frequentes nos atendimentos de pronto socorro, representando 1-4 % em unidades de emergência(6),(7). Ter em mente diagnósticos diferenciais pode ser um fator crucial para o prognóstico do paciente.

Biografia do Autor

  • Guiomar Nascimento de Oliveira, Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS)
    DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA

Referências

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Publicado

16/12/2022

Edição

Seção

Relato de caso

Como Citar

MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POUCO CONHECIDO EM EMERGÊNCIA. (2022). Arquivos Catarinenses De Medicina, 51(1), 139-143. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/843

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