PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU-SC

Autores

  • Nilton Nasser
  • Erisson Will Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC.

Palavras-chave:

Leishmaniose Tegumentar Americana. Perfil epidemiológico. Blumenau.

Resumo

A leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, de transmissão vetorial cujo agente etiológico são protozoários do gênero Leishmania. Ela é considerada uma das doenças infecciosas mais negligenciadas em todo o mundo e constitui problema de saúde pública vários países. O Município de Blumenau-SC estava isento de casos de LTA até o ano de 2005, quando se registrou surto da doença. O presente estudo estimou a incidência da LTA naquele Município entre os períodos de 2007 a 2013, e traçou o perfil epidemiológico no tocante à idade, sexo, distribuição dos casos entre os bairros e prováveis vetores da doença envolvidos, a fim de se verificar a ocorrência de novos surtos e possíveis alterações no perfil epidemiológico. Os dados foram coletados através da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Município de Blumenau-SC. Foram consideradas para a pesquisa apenas as notificações de casos autóctones do Município, não incluindo os casos importados e os indeterminados. Ao todo foram encontrados 77 casos autóctones, com coeficiente geral de detecção em 2007 e 2008 de 6,4 e 13,8 casos de LTA por 100.000 habitantes, respectivamente. Predominou o sexo masculino (50,64%), com idades variando de 10 a 60 anos. O flebotomíneo predominante foi o Ny. Neivai (42,91%), e o bairro mais acometido foi o Progresso seguido da Itoupava Central. Houve diminuição do número de notificações nos anos subsequentes ao surto de 2005-2006, porém a situação de surto se estendeu até o ano de 2008.

Biografia do Autor

  • Nilton Nasser
    Doutor em Dermatologia formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-Professor titular da disciplina de Dermatologia da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC.
  • Erisson Will, Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC.
    Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC

Referências

Ministério da Saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar americana. 2nd ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2007.

Vale ECSd, Furtado T. Leishmaniose tegumentar no Brasil: Revisão histórica da origem, expansão e etiologia. An. Bras. Dermatol. 2005 80(4).

World Helth Organization (WHO). Control of the leishmaniasis: report of a meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases Geneva; 2010.

Brito MEFd, Andrade MS, Torres FD, Rodrigues EHG, Cavalcanti MdP, Almeida AMPd, et al. Leishmaniose cutânea no nordeste do Brasil: uma avaliação crítica dos estudos realizados no Estado de Pernambuco. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2012 julho/agosto Vol. 45 n. 4.

Lessa MM, Lessa HA, Castro TWN, Scherifer A, Machado P, Carvalho EM. Leishmaniose mucosa: aspectos clínicos e epidemiológicos. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2007 nov./dez.

Carvalho MdL, Fontes CJRd, Hueb MGF, Afonso AM, Melo LCC. Leishmaniose tegumentar no Estado do Mato Grosso (Brasil): estudo clínico, laboratorial e terapêutico. An Bras Dermatol. 2002 jan/fev; 77(1).

Nasser N, Vicente E. Leishmaniose tegumentar americana em Blumenau-SC, 2005-2006. An. Bras. Dermatol. 2007 julho/agosto; 82 (Supl.1).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. [Online].; 2014 [cited 2014 nov 21. Available from: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2014/estimativa_dou.shtm.

Grott SC. Estudo da fauna flebotomínica (Diptera: Psychodidae) nas áreas de transmissão de leishmaniose tegumentar americana no município de Blumenau-SC. [Online]. Blumenau; 2009 [cited 2013 nov 26. Available from: http://www.bc.furb.br/docs/MO/2009/336222_1_1.pdf.

Gontijo B, Carvalho MdLRd. Leishmaniose tegumentar americana. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2003 jan/fev; 36 (1).

Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7th ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2009.

Tarso STPd, Ubiracy G. Leishmaniose tegumentar no oeste do Estado de Santa Catarina. Rev. Soc. Bras. Med. Trop.. 1990 out/dez; 23 (4).

Marcondes CB, Conceição MBE, Portes MGT, Simão BP. Flebotomíneos num foco de leishmaniose tegumentar na região leste do Estado de Santa Catarina - resultados preliminares (Diptera: Psychodidae). Rev. Soc. Med. Trop.. 2005 jul/ago; 38 nº4.

Secretaria de Estado da Saúde. Levantamento de fauna flebotomínica relacionado ao surto de leishmaniose tegumentar americana em Blumenau-SC. Florianópolis: Divisão de Vigilância Epidemiológica , Gerência de Controle de Zoonoses; 2006.

Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Blumenau:; 2014.

Downloads

Publicado

01/09/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU-SC. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(3), 28-38. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/97

Artigos Semelhantes

51-60 de 145

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.