INTOXICAÇÃO EXÓGENA: CASOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2011 A 2015
Abstract
Introdução: Intoxicação exógena aguda ocorre quando há percepção de sinais e sintomas clínicos e/ou investigações laboratoriais alteradas devido a interação com o alguma substância química. A conduta sobre o indivíduo atendido na emergência intoxicado é diferenciada, o tratamento depende da história clínica detalhada para manejar corretamente as intoxicações. Portanto, é fundamental a notificação dos casos à vigilância epidemiológica para a prática e ações de prevenção da saúde pública. O objetivo geral do estudo é analisar o perfil dos indivíduos com intoxicação exógena no Estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015 através do banco de dados do SINAN.Métodos: Trata-se de um estudo ecológico. A população estudada é composta por dados de todas as pessoas notificadas no Sistema Nacional de Agravos e Notificações (SINAN) do Sistema Único de Saúde (SUS), através da ferramenta TABNETno período em estudo. O estudo foi desenvolvido no estado de Santa Catarina, através das macrorregiões do estado. Resultados: Foram notificados 17.562 casos de intoxicação exógena nas diversas faixas etárias, destes, o maior número ocorreu entre 20 a 39 anos com 7.962 casos. Identificou-se predomínio para o sexo feminino com 10.445 casos e raça branca com 15.360 casos. O agente que mais se destacou foram os medicamentos com 9.378 casos. A tentativa de suicídio destacou-se sobre as circunstâncias estudadas e a análise dos dados não evidenciou relação da intoxicação exógena com a exposição ao trabalho. O critério clínico foi o mais relevante com 12.656 casos e a evolução que a mais se acentuou foi a cura sem sequelas com 15.027 casos. A macrorregião com maior número de casos notificados é o Sul Catarinense com 3.712 casos. Conclusão: Caracterizou-se o perfil de intoxicação exógena no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015 com predomínio de adultos jovens, sexo feminino, etnia branca, agente medicamentoso, meio de tentativa de suicídio, não apresentou relação com a exposição de trabalho, o tipo de exposição é aguda e de forma única, o diagnóstico foi feito por critério clínico, evolução de tratamento por cura sem sequela e tem como destaque o Sul do Estado de Santa Catarina.
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