DIFERENÇAS NA FREQUÊNCIA DE OSTEOPOROSE ENTRE DENSITOMETRIAS ÓSSEAS (DXA) REALIZADAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E NA SAÚDE SUPLEMENTAR (SS)

Authors

  • Anelise Samara Brunelli Departamento de Medicina. Universidade de Blumenau.
  • Cláudia Madalena Singanhala Baptista Departamento de Medicina. Universidade de Blumenau.
  • Robson Luiz Dominoni Departamento de Medicina. Universidade de Blumenau.
  • Deisi Maria Vargas Departamento de Medicina. Pos-graduação em Saúde Coletiva Universidade de Blumenau. Residência Médica em Pediatria Fundação Hospitalar de Blumenau.

Keywords:

sistema único de saúde, osteoporose, densitometria, saúde suplementar.

Abstract

Objetivos: Avaliar diferenças no diagnóstico de osteoporose e nos fatores de risco para baixa massa óssea entre densitometrias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e na Saúde Suplementar (SS). Métodos: Foram analisados retrospectivamente 592 exames de densitometria (anamnese e laudo). Obteve-se dados de sexo, idade, raça, fatores de risco, diagnóstico de osteoporose e especialidade do médico solicitante. Utilizou-se a estatística descritiva e o teste do qui-quadrado. Resultados: Os pacientes do SUS apresentaram maior frequência de osteoporose (54% versus 33%, qui-quadrado=22,63; p<0,0001) e maior número de fatores de risco por indivíduo (qui-quadrado=2.83; p<0,05). A reumatologia foi a especialidade médica que mais requisitou o exame em ambos os grupos. Conclusões: O diagnóstico de osteoporose foi mais frequente nas DXA realizadas no SUS, com maior número de fatores de risco por indivíduo neste grupo.

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Published

2018-03-02

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How to Cite

DIFERENÇAS NA FREQUÊNCIA DE OSTEOPOROSE ENTRE DENSITOMETRIAS ÓSSEAS (DXA) REALIZADAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E NA SAÚDE SUPLEMENTAR (SS). (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 47-58. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/229

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