ESTUDO DOS IMPACTOS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA DE CRACK NA CONDIÇÃO FÍSICO FUNCIONAL
Keywords:
Crack. Cocaína-Crack. Drogas Ilícitas. Usuários de Drogas.Abstract
Introdução: Entre as drogas ilícitas, o uso do crack vem demonstrando crescimento em vários países, sendo que no Brasil já não se restringe aos centros urbanos, espalhando-se por todo território nacional. Objetivo: analisar os achados da literatura envolvendo o comprometimento da condição física e da funcionalidade em usuários de crack, visando sua melhor compreensão. Metodologia: Trata-se de uma revisão de bibliografia da literatura, realizada em bases de dados. As bases acessadas foram: Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME); Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. A busca pelos artigos se deu pelos descritores: Crack; Cocaína Crack; Drogas Ilícitas; Usuários de Drogas e em inglês Street Drugs; Crack-Cocaine; Drug Users, os quais estão cadastrados no sistema de Descritores em Ciências da Saúde - DeCS. A pesquisa envolveu artigos de revistas e periódicos, dissertações e teses, em português e inglês, com base de dados científicos e com anos de publicação entre 2005 e 2018. Os critérios de inclusão são artigos publicados na língua portuguesa e/ou inglesa, nos últimos 13 anos e relacionados ao tema proposto. Conclusões: Foi possível identificar, em relação ao sistema musculoesquelético, que pode haver hipotrofia, hiperreflexia, espasmos, convulsões, dor muscular, rabdomiólise e, em casos raros, a osteomalácia ou a coreoatetose. Os impactos funcionais destas alterações podem levar a alterações do equilíbrio, fraqueza, hiperatividade psicomotora, tremores, hiperatividade óculo motora, inquietação com deambulação excessiva alternada por períodos de depleção física extrema que leva à prostração.
References
Pulcherio G,Stolf A R, Pettenon M; Fensterseife DP; Kessle F. Crack – da pedra ao tratamento. Revista da AMRIGS.p. 337-343,2010.
Raupp L, Adorno R de CF. Circuitos de uso de crack na região central da cidade de São Paulo (SP, Brasil).Ciênc. saúde coletiva . vol.16, n.5, pp.26-13.2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000500031.
Pedrosa S ,Reis, ML, Gontijo DT, Teles AS, Medeiros,M. A trajetória da dependência do crack: percepções de pessoas em tratamento. Rev Bras Enferm.p.956-63,2016.
Bassan L, Vasconcelos J, Dalcin CB, Cáceres K,Gehlen M H, Backes DST. Impacto do uso do crack nas relações familiares: revisão narrativa. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde.p. 11-21,2016.
SUPERA. Sistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias Psicoativas: Encaminhamento, internação breve, reinserção social e acompanhamento. 9ª ed. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2016. 146p.
Pedrosa S ,Reis, ML, Gontijo DT, Teles AS, Medeiros,M. A trajetória da dependência do crack: percepções de pessoas em tratamento. Rev Bras Enferm.p.956-63,2016.
Ridolphi F P, Santos RM S. Compreendendo a fissura por crack para adoção de estratégias de enfrentamento em programas de tratamento de redução de danos.2012.
Castro R A, Ruas RN, Abreu RC, Rocha RB, Ferreira R de F, Lasmar RC,Amaral AS, Xavier AJD. Crack: farmacocinética,
farmacodinâmica, efeitos clínicos e tóxicos. Rev Med Minas Gerais.p. 253-259,2015.
Freire SD, Santos P L, Bortolin M, Moraes JFD, Oliveira M da S. Intensidade de uso de crack de acordo com a classe econômica de usuários internados na cidade de Porto Alegre/Brasil. J Bras Psiquiatr.2012.
GABATZ, Ruth Irmgard Bartschi et al. Percepção do usuário sobre a droga em sua vida. Esc. Anna Nery 2013, vol.17, n.3, pp.520-525. 2013. 8145. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452013000300016.
Ribeiro L A, Sanchez ZM,Nappo SA. Estratégias desenvolvidas por usuários de crack para lidar com os riscos decorrentes do consumo da droga. J. bras. Psiquiatr. vol.59, n.3, p.210-218.2010. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852010000300007.
Marques ACPR, Ribeiro M, Laranjeira RR, Andrada,NC. Abuso e dependência: crack. Rev Assoc Med Bras.p. 141-153,2012.
Sousa P F et al. Chemical dependents in treatment: a study about the motivation to change. Temas psicol. vol.21, n.1, pp. 259-268. 2013 http://dx.doi.org/10.9788/TP2013.1-18.
Silva MIG, Cito MCO, Vasconcelos PF, Vasconcelos SMM, Souza FCF. Cocaína: história, acções neurobiológicas do vício e recaída e perspectivas terapêuticas. Acta Med Portuguesa.p. 247-58. 2010
Pereira MO, Vargas D e Oliveira MAF de. Reflection on the policy of the brazilian ministry of health for the care of alcohol and other drugs users under the view of the Sociology of Absences and Emergencies. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. vol.8, n.1, pp. 9-16. 2012
Raup LM, Adorno RCF. Jovens em situação de rua e usos de crack: um estudo etnográfico em duas cidades. Rev. Bras. Adolescência e Conflitualidade, n.52-67, 2011.
Carvalho M R da S et al. Motivações e repercussões do consumo de crack: o discurso coletivo de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial. Esc. Anna Nery vol.21, n.3, 20160178. Epub 2017.. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2016-0178.
Botti NCL.Perfil sociodemografico e padrão de uso de crack entre usuários em tratamento no centro de atenção psicosocial.Psicologia Social.v.14.n.1,2014.
Oliveira LM, Mascarenhas CH, Melo NS. Qualidade de vida e independência funcional de usuários de drogas atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD). Revista Brasileira de Qualidade de Vida. v. 6, n. 4, p. 232-240, out-dez, 2014. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/viewFile/2019/1939
Chaves T V,Sanchez ZM, Ribeiro LA, Nappo S A. Fissura por crack: comportamentos e estratégias de controle de usuários e ex-usuários. Rev. Saúde Pública . vol.45, n.6, pp.1168-1175. Epub Sep 02, 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000066.
ACZ F. Motivações de dependentes químicos para o tratamento: percepção de familiares.revista brasileira de enfermagem.p. 474-480,2015
Gazoni FM et al. Complicações cardiovasculares em usuário de cocaína: relato de caso. Rev. bras. ter. intensiva .2006, vol.18, n.4, pp.427-432. 2006. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2006000400019.
Coelho LRM. Estratégias e Habilidades de Enfrentamento de Usuários de Crack em Tratamento. Revista de Psicologia da IMED.p. 99-109,2015.
Cabral GG. Insuficiência renal aguda devido à rabdomiólise. Acta Biomédica Brasiliensia. Minas Gerais, vol.3,n.42, 2012.
Rosa NG, Silva G,Teixeira A,Araujo JA. RABDOMIÓLISE. Acta Méd Port.p. 271-282.2005.
Lopes GC,Costa PL.Rabdomioliseinduzidapor exercicio:biomarcadores,mecanismos fisiologicos propriedades terapeuticas.REV HOSPTAL ERNESTO.v12,n4,2013.
Uchoa RB, Fernandes CR. Rabdomiólise induzida por exercício e risco de hipertermia maligna: relato de caso. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas , v. 53, n. 1, p. 63-68, Feb. 2003. <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942003000100009&lng=en&nrm=iso>. access on 29 Oct. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942003000100009.
Abreu CF.Drogas e criminalidade:como o tráfico de entorpecentes influencia na violência e políticas criminais para melhorar esta realidade.p.8-40,2016.
Martelli A. Aspectos Clínicos e Fisiopatológicos da Rabdomiólise após Esforço Físico Intenso. Biol & Saúde, Campos dos Goytacazes, v.4, n.2, p.13-22, 2014.
Rossi LF. Rabdomiólise induzida por esforço físico intenso com altos níveis de creatinoquinase. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, n. 272,p.271,2009.
Gama MPR. Rabdomiólise Devido ao Uso de Estatina em Altas Doses:Relatode Caso. Arq Bras Endocrinol Metab. Curitiba, v.49, n.66-608, Agosto, 2005.
Magalhães MEC. Mecanismos de rabdomiólise com as estatinas. Arq. Bras. Cardiol, São Paulo , v. 85, supl. 5, p. 42-44, Oct. 2005 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005002400011&lng=en&nrm=iso>. access on 29 Oct. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2005002400011
Mattos AAQ. O uso do crack e as estratégias de redução de danos.p.18-21,2015.
Ferreira KF,Ribeiro SC,Barreto LGC.O prazer do crack Capa.V1.2012.
http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/SINGraD/article/view/1142
Dualibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. Perfil dos usuários de cocaína e crack no Brasil. Cadernos de Saúde Pública,p.545-S557, 2008 .
Pottiger AE, Tressell PA, Surratt HL, Inciardi JA, Chitwood DD. Padrões de consumo de adultos usuários de crack em rua contra amostras de tratamento residencial. J Drogas Psicoativas. p.27-38. 2005.
Horta RL, Horta BL, Rosset AP, Horta CL. Perfil dos usuários de crack que buscam atendimento em Centros de Atenção Psicossocial. Cad. Saúde Pública.p.2263-2270.2011.
Costa SHM, Vettorazz,J, Cecin GKG, Maluf JMRA, Stumpf CC, Ramos JGL. Crack: a nova epidemia obstétrica. Rev HCPA.p.31-33,2013.
Hueza HM, Ponce F, Garcia RC, Marcourakis T, Yonamine M, Montovani CC, Kirsten TB. A New Exposure Model to Evaluate Smoked Illicit Drugs in Rodents: A Study of Crack Cocaine. J. Pharmacol Toxicol Methods. 2015. Sep. 25;77 17-23. http://dx.doi.org/10.1016/j.vascn.2015.09.003
Brasil. MS. Secretaria Executiva. Coordenação Nacional de DST/Aids. A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Coordenação Nacional de DST e Aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
Oliveira LM, Mascarenhas CH, Melo NS. Qualidade de vida e independência funcional de usuários de drogas atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD). Revista Brasileira de Qualidade de Vida. v. 6, n. 4, p. 232-240, out-dez, 2014. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/viewFile/2019/1939
Horta RL, Horta BL, Rosset AP, Horta CL. Perfil dos usuários de crack que buscam atendimento em Centros de Atenção Psicossocial. Cad. Saúde Pública, 2011;27(11):2263-2270.
Agostini CM,Rodrigues VS, Guimarães AC, Damázio LCM, Vasconcelos NN. Análise do desempenho motor e do equilíbrio corporal de idosos ativos com hipertensão arterial e diabetes tipo 2. Rev. Aten. Saúde. v. 16, n. 55. p. 29-3,2018.
Silva AB da et al. Caring for crack users: strategies and work practices in the territory. Rev. Gaúcha Enferm. 2016, vol.37. Epub . 2016.. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.esp.68-447
Miguel AQC, Madruga CS, Cogo-Moreira H, Yamauchi R, Simões V, Da Silva CJ, Abdalla RR, McDonell M, McPherson S, Roll JM, Mari JJ, Laranjeira RR. Sociodemographic Characteristics, Patterns of Crack Use, Concomitant Substance Use Disorders, and Psychiatric Symptomatology in Treatment-Seeking Crack-Dependent Individuals in Brazil. J Psychoactive Drugs.p.367-372. 2018.http://dx.doi.org/10.1080/02791072.2018.1436729
Hess ARB, Silva RA, Almeida RMM. Impacto do uso de Crack nas funções executivas: uma revisão sistemática. Revista Neuropsicologia Latinoamericana.v.9.n.3.p.23-34,2017.
Paula ML, Jorge MSB , Albuquerque R A, Queiroz L M. Usuário de crack em situações de tratamento: experiências, significados e sentidos. Saude soc. vol.23.p.104-129,2014.
Carlini EA, Galduróz JCF,Nato AR,Nappo AS. Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: Estudo Envolvendo as 107 Maiores Cidades do País – 2001.P.15-317,2002.
Rodrigues V S et al. Revisão sistemática sobre tratamentos psicológicos para problemas relacionados ao crack. J. bras. psiquiatr. 2013, vol.62, n.3, pp.208-216. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852013000300005.
Escobar JAC, Ferreira MAC, Silva VM, Silva LGB, Vianna JFA, Barbosa JCT.A Maconha como estratégia de redução de danos frente à fissura de crack: uma revisão. HumanÆ. v. 12, n. 2,2018.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2019 Arquivos Catarinenses de Medicina
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.