PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS POR INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDIÁTRICO NA CIDADE DE ITAJAÍ, SC

Abstract

As intoxicações exógenas constituem uma das principais causas de atendimento de emergência pediátrica. A administração errônea de medicamentos por um adulto e o acondicionamento inadequado de substâncias tóxicas são causas comumente associadas à intoxicação infantil. Levando em consideração este contexto, o objetivo deste trabalho foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por intoxicação exógena em um hospital universitário pediátrico na cidade de Itajaí, Santa Catarina, em um período de dois anos. O presente trabalho é um estudo observacional descritivo retrospectivo, sendo incluídos os pacientes atendidos em um Hospital Universitário Pediátrico do litoral de Santa Catarina de 1 de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2018 com suspeita de intoxicação exógena. As informações foram coletadas a partir das fichas de notificação compulsória do SINAN e prontuários eletrônicos, tendo sido analisadas as variáveis idade, sexo, agentes mais comuns, circunstância, tempo de internação, desfecho e internação em UTI. Foi verificada a predominância de eventos acidentais, principalmente nos pacientes mais jovens. Foram avaliados 67 casos, sendo que 40,9% resultaram em internação hospitalar, com tempo médio de 2,25 dias e o desfecho de 92% foi a alta. Também, quando analisados os casos de intoxicação intencional, foram encontrados 9 casos, todos em meninas adolescentes. Os medicamentos foram os agentes mais comumente envolvidos nos casos de intoxicação em todas as faixas etárias, com predominância dos benzodiazepínicos. A idade média dos pacientes atendidos foi de 5,4 anos.