Polifarmácia e padrão de utilização de medicamentos em Pomerode, SC
Palabras clave:
Uso de Medicamentos. Polimedicação. Adesão à medicaçãoResumen
Estudos populacionais permitem identificar padrões de consumo de medicamentos e auxiliam na formulação de políticas de saúde. O objetivo deste estudo é descrever o perfil de consumo de medicamentos de pessoas com idade entre 20-79 anos residentes da cidade de Pomerode – SC. Trata-se de um estudo transversal quantitativo com dados parciais do Projeto “Leben und Gesundheit – Vida e Saúde em Pomerode”. Os dados obtidos previamente através da aplicação de questionários que continham perguntas acerca do uso de medicamentos contínuos e esporádicos. Esses foram classificados de acordo com o código ATC. Foram entrevistadas 436 pessoas. A média de idade dos entrevistados foi de 53,1 anos. 61,5% dos entrevistados relataram fazer uso de medicamentos contínuos, enquanto 47,5% relatam que fizeram uso de medicamento esporádico nos últimos 15 dias. A média de medicamentos contínuos por pessoa foi de 3,3. Os medicamentos contínuos mais consumidos foram do sistema cardiovascular (39,7%) e sistema nervoso (17,5%). A taxa de polifarmácia foi de 24,3%, sendo maior entre idosos (38,4 vs 15,6 p<0,0001) e com pior condição de saúde (6,9% vs 50%, p=0,006). 58,2% se mostrou aderente ao tratamento. As classes terapêuticas de medicamentos esporádicos mais utilizadas foram analgésicos (38,2%) e anti-inflamatórios (13,0%). Constatou-se uma elevada frequência de uso de medicamentos em Pomerode acima do observado em outros estudos populacionais em municípios brasileiros.
Referencias
Nascimento AC. Propaganda de Medicamentos: É possível regular? [tese] Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2007; 244 pg.
WHO. Rational Use of Drugs. Lancet. 1985;325(8441):1344–5.
Bertoldi AD, Barros AJD, Hallal PC, Lima RC. Utilização de medicamentos em adultos: prevalência e determinantes individuais. Rev Saude Publica. 2004;38(2):228–238.
Melo, DOl, Ribeiro E, Storpirtis S. A importância e a história dos estudos de utilização de medicamentos. Rev Bras Ciências Farm. 2006;42(2003):475–85.
Vitor RS, Lopes CP, Menezes HS, Kerkhoff CE. Padrão de consumo de medicamentos sem prescrição médica na cidade de Porto Alegre, RS. Cien Saude Colet. 2008;13((sup)):737–43.
World Health Organization. WHO policy perspectives on medicines - Promoting rational use of medicines: core components (WHO/EDM/2002.3). Geneva. 2002;1–6.
Rozenfeld S, Valente J. Estudos de utilização de medicamentos - considerações técnicas sobre coleta e análise de dados. Epidemiol e Serviços em Saúde. 2004;13(2):115–24.
Gama H. Drug utilization studies. Arquivos de Medicina. 2008; 22 (2/3) :69–74.
Leite SN, Vieira M, Veber AP. Estudos de utilização de medicamentos: uma síntese de artigos publicados no Brasil e América Latina. Cien Saude Colet. 2008;13:793–802.
Morisky DE, Green LW, Levine DM. Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care. 1986;24:67–74.
World Health Organization. WHO Collaborating Center for Drug Statistics Methodology, Guidelines for ATC classification and DDD assignment. Oslo: 2016. 19ed. 1-291.
Costa KS, Barros MBDA, Francisco PMSB, César CLG, Goldbaum M, Carandina L. Utilização de medicamentos e fatores associados: um estudo de base populacional no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saude Publica. 2011;27(4):649–58.
Vosgerau MZS, Soares D a., Souza RKT. Consumo de medicamentos entre adultos na área de abrangência de uma Unidade de Saude da Família. Lat Am J Pharm. 2011;16(1):1629–38.
Santa Helena ET de, Andersen SE, Menoncin SM. Percepção dos usuários sobre acesso aos medicamentos na atenção primária. Cad Saúde Coletiva. 2015;23(3):280–8.
Silveira EA, Dalastra L, Pagotto V. Polypharmacy, chronic diseases and nutritional markers in community-dwelling older. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(4):818–29.
Aziz MM, Calvo MCM, d’Orsi E. Medicamentos prescritos aos idosos em uma capital do Sul do Brasil e a Relação Municipal de Medicamentos. Cad Saude Publica. 2012;28(1):52–64.
Filho AIL, Uchoa E, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Influência da renda na associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia : Projeto Bambuí. Rev Saude Publica. 2008;42(1):89–99.
Ramos LR, Tavares NUL, Bertoldi AD, Farias MR, Oliveira MA, Luiza VL, et al. Polifarmácia e polimorbidade em idosos no Brasil: um desafio em saúde pública. Rev Saude Publica. 2016;50(2):1–13.
Aziz MM., Calvo MC., Schneider IJC., Xavier AJ., D’Orsi E. Prevalência e fatores associados ao acesso a medicamentos pela população idosa em uma capital do sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cad Saude Publica. 2011;27(10):1939–50.
Bortoloni PC, Medeiros EFF, Naves JOS, Karnikowski MGO, Nobrega OT. Análise do perfil de automedicação em mulheres idosas brasileiras. Rev Ciencia Saude Coletiva. 2008;13:1219–26.
Mastroianni PC, Lucchetta RC, Sarra JR, Galduróz JCF. Estoque doméstico e uso de medicamentos em uma população cadastrada na estratégia saúde da família no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2011;29(5):358–64.
de Oliveira MA, Francisco PM, Costa KS, Barros MB. Automedicação em idosos residentes em Campinas, São Paulo, Brasil: prevalência e fatores associados. Cad saude publica. 2012;28(2):335–45.
Oliveira RO, Munaretto P. Uso Racional de Antibióticos: Responsabilidade de Prescritores, Usuários e Dispensadores. Context Saúde. 2010;43–51.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Arquivos Catarinenses de Medicina
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.