AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA MORBIMORTALIDADE DOS CASOS DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO PERÍODO PRÉ-PANDEMIA E TRANS PANDEMIA DURANTE OS PERÍODOS DE 2018-2019 E 2020-2021 NAS REGIÕES BRASILEIRAS

Autores

  • João Felipe Demeneck Belen
  • Gustavo Johann Tierling
  • Marcelo Mânica
  • Luiza Albertani Correa Brunato
  • Kelser de Souza Koch

Palavras-chave:

Infarto agudo do miocárdio, pandemia, Covid-19

Resumo

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma condição de alta prevalência global que causa significativos impactos clínicos e alta morbimortalidade. Este trabalho, visa avaliar a incidência de IAM no Brasil comparando os períodos antes (2018-2019) e durante a pandemia de Covid-19 (2020-2021) em diferentes regiões do país e compreender a relação entre IAM e a exposição ao SARS-CoV-2, considerando a relevância dessa condição, principal causa de mortes no Brasil nas últimas duas décadas. Métodos: Estudo ecológico referente à internação hospitalar por IAM. Foram incluídos dados das internações do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, com as seguintes variáveis: internações por IAM, faixa etária, gênero, tempo e regiões brasileiras. Sendo considerado o período pré-pandemia os anos de 2018 e 2019 e o período trans-pandemia 2020 e 2021. Para análise estatística dos resultados, foi empregada a estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo CEP-Unisul parecer 5.584.158. Resultados: Com relação à internação por IAM e as regiões brasileiras, foi observado uma média de 130.072,8 hospitalizações, 61,50/100 mil habitantes. A região sudeste teve o maior número de casos (64 mil), seguida pelas regiões nordeste, sul, centro-oeste e norte, com taxas de 28,4 a 81,4/100 mil habitantes. Os índices de mortalidade por IAM apresentaram uma média de 12.843,3 óbitos por ano, 6,1/100 mil habitantes. Em termos de mortalidade por IAM, a região sudeste teve o maior número de casos (6.163,8), seguida pelas regiões nordeste, sul, centro-oeste e norte, com taxas de 3,2 a 7,7/100 mil habitantes. Durante os períodos pré-pandemia e pandemia, não houve diferença significativa nas taxas de internações e óbitos por IAM. A região Sul apresentou os maiores índices de hospitalizações e mortalidade por IAM para ambos os sexos. Homens tiveram as maiores taxas de internação e hospitalização em todas as regiões. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil se destacaram em termos de mortalidade e hospitalizações, mostrou que as hospitalizações e mortalidade foram maiores entre pessoas com 60 anos ou mais. Conclusão: O estudo concluiu que não houve diferença significativa nos casos de IAM entre os períodos pré e durante a pandemia. No entanto, a infecção por Covid-19 causou complicações cardiovasculares. As regiões Sudeste e Sul apresentaram maior morbimortalidade por IAM. Homens, devido a comportamentos de risco, e idosos com comorbidades crônicas foram os mais afetados.

Biografia do Autor

  • João Felipe Demeneck Belen

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina,Brasil.

  • Gustavo Johann Tierling

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina,Brasil.

  • Marcelo Mânica

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina,Brasil.

  • Luiza Albertani Correa Brunato

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina,Brasil

  • Kelser de Souza Koch

    Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina,Brasil.
    2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil.

Referências

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Publicado

30/01/2025

Edição

Seção

Resumos Premiados no Congresso Catarinense das Ligas Acadêmicas

Como Citar

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA MORBIMORTALIDADE DOS CASOS DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO PERÍODO PRÉ-PANDEMIA E TRANS PANDEMIA DURANTE OS PERÍODOS DE 2018-2019 E 2020-2021 NAS REGIÕES BRASILEIRAS. (2025). Arquivos Catarinenses De Medicina, 53(2), 75-76. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1575

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