EPIDEMIOLOGICAL PROFILE ANALYSIS OF SKIN DONATIONS AT THE TISSUE BANK OF SANTA CASA DE PORTO ALEGRE OVER THE LAST 10 YEARS
DOI:
https://doi.org/10.63845/w0s8df94Keywords:
Transplant, Skin Bank, AllogeneicAbstract
Introdução: A pele alógena como curativo biológico possui diversas vantagens no tratamento de queimados. O Banco de Tecidos da Santa Casa de Porto Alegre, o mais antigo em funcionamento no Brasil, realiza doação de pele alógena em todo território nacional. Objetivo: Analisar os dados estatísticos do Banco de Tecidos da Santa Casa de Porto Alegre nos últimos 10 anos (2015 a 2024) e avaliar o impacto da COVID-19 neste período. Método: Análise retrospectiva estatística do Banco de Pele entre 2015 e 2024. Resultados: De 2015 a 2024 o Banco realizou 341 captações, resultando em 265.362cm² de pele captada e 412 lotes doados. Destes doadores, a maioria era do sexo feminino com faixa etária dominante acima dos 50 anos e o número de descartes devido a contaminações foi de cerca de 35% no período destes 10 anos. Discussão: Nos últimos 10 anos foi notável a diminuição de doações no período pós pandemia da COVID-19. Nos cinco anos pré-pandemia (2015–2019), ocorreram 221 captações (64% do total), com média de 44,2/ano. Já no período pandêmico (2020–2024), houve 120 coletas (36% do total), com média de 24/ano. O ano de 2022 teve o menor número de doadores (17). A redução no número de doadores pode estar relacionada a fatores como alterações nos critérios de captação devido à pandemia e à redução de atividades hospitalares eletivas, mas a manutenção de números reduzidos mesmo após a diminuição dos casos de COVID-19 indica que outros fatores também influenciam. Conclusão: A redução de doadores quando comparamos o período pré-pandemia (2015–2019) e pós-pandemia (2020–2024) evidencia o impacto da COVID-19 nas doações de pele. É fundamental ampliar o conhecimento da população sobre a doação de pele para aumentar o número de doadores e a produtividade do banco, beneficiando um maior número de pacientes.
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