PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS E UTILIZAÇÃO DE PSICOFÁRMACOS EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO MÉDICO DE ESPECIALIDADES

Authors

  • Beatriz Cornélio Leonardo Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Diene Ferreira Cunha Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Thiago Mamôru Sakae UNISUL
  • Karina Valerim Teixeira Remor UNISUL

Keywords:

Psicofármacos. Transtornos mentais. Assistência ambulatorial.

Abstract

Introdução: Nos últimos anos, muitos autores têm se dedicado para uma maior compreensão das doenças psiquiátricas, destacando-se principalmente: esquizofrenia e transtorno bipolar como as doenças mais graves e depressão, ansiedade e dependência como as mais prevalentes. A terapia medicamentosa para o tratamento dessas doenças psiquiátricas é feita pelo uso de psicofármacos. O presente estudo tem como objetivo determinar a prevalência dos transtornos mentais em um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e o perfil de utilização de psicofármacos nestes pacientes. Métodos: Estudo retrospectivo, do tipo análise documental, em prontuários de pacientes atendidos no AME. A coleta dos dados foi feita com o auxílio do Formulário de Coleta de Dados desenvolvido pelas autoras. Os dados foram compilados em um banco de dados utilizando o programa Microsoft Excel® e apresentados principalmente na forma de estatística descritiva. Resultados: Foram coletados dados de 33 prontuários com indivíduos entre 21 e 79 anos sendo a maioria do sexo feminino, com companheiro, com ocupação e baixa escolaridade. Os transtornos mais prevalentes foram os transtornos de humor, primeiramente depressão (46%) e posteriormente bipolaridade (23%). Os psicofármacos mais utilizados foram os antidepressivos (42%) seguidos pelos antipsicóticos (29%). Conclusão: Os transtornos mais prevalentes foram os transtornos de humor, sendo eles depressão e transtorno bipolar. Quanto aos psicofármacos, a classe mais utilizada foram os antidepressivos, seguidos pelos antipsicóticos. Os dados mostraram a importância do ambulatório para a comunidade local, pois a maioria dos pacientes não faz nenhum outro tipo de acompanhamento.

References

World Health Organization. Investing in mental health: evidence for action. Geneva: World Health Organization; 2013.

Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Souto VT, Mostradeiro SCTS, Vasconcelos RO. A utilização de psicofármacos em indivíduos com transtorno mental em acompanhamento ambulatorial. Rev. Enfermería Global Oct 2014.

Cardoso L, Galera SAF. O cuidado em saúde mental na atualidade. Rev Esc Enferm USP [internet]. 2011[acesso em 2015 Abr 20]; 45(3):687-91.

Stefanelli MC, Fukuda IMK, Arantes EC. Enfermagem Psiquiátrica: Em Suas Dimensões Assistenciais. Manole LTDA, 2008.

Andrade MF, Andrade RCG, Santos V. Prescrição de psicotrópicos: avaliação das informações contidas em receitas e notificações. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo, out/dez, 2004, vol.40, n.4, pp. 471-479.

Rodrigues MAP, Facchini LA, Lima MS. Modificações nos padrões de consumo de psicofármacos em localidade do sul do Brasil. Rev Saude Pública. 2006;40(1):107-14.

Goodman LS, Gilman A. As bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. xxiv, 1821 p. ISBN 8577260011

Rosa GR, Camargo EAF. Polimedicação em idosos. Interciência & Sociedade (ISSN: 2236-0468) – vol. 3, N. 2, 2014.

Goulart MSB. Os descaminhos da política de saúde mental: um estudo sobre os serviços ambulatórias nos anos 80. In: Ferrari IF, Araujo JNG. (Orgs). Psicologia e ciência na PUC MINAS. Belo Horizonte: PUC Minas, 2004. p. 291-312.

Associação Brasileira de Psiquiatria. Diretrizes para um modelo de Atenção Integral em Saúde Mental no Brasil, 2014. [acesso em 2015 Nov 04]; Disponível em: http://www.abp.org.br/diretrizes_final.pdf

World Health Organization, Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology, 2015. [acesso em 2015 Nov 03]; Disponível em: http://www.whocc.no/atc_ddd_index

Borges TL, Miasso AI, Vedana KGG, Filho PCPT, Hegadoren KM. Prevalência do uso de psicotrópicos e fatores associados na atenção primária à saúde. Acta paul. Enferm. vol.28 no. 4 São Paulo July/Aug. 2015; 1982-0194.

Lucchese R, Sousa K, Bonfin SP, Vera I, Santana FR. Prevalência de transtorno mental comum na atenção primária. Acta Paul Enferm. 2014; 27(3):200-7.

Drummond BLC, Radicchi ALA, Gontijo ECD. Fatores sociais associados a transtornos mentais com situações de risco na atenção primária de saúde. Rev Bras Epidemiol 2014; 68-80.

Carlotto MS, Amazarray MR, Chinazzo I, Taborda L. Common Mental Disorders and associated factors among workers: an analysis from a gender perspective. Cad Saúde Coletiva. 2011;19(2): 172-8. Portuguese.

Batista JB, Carlotto MS, Coutinho AS, Nobre Neto FD, Augusto LG.[Basic school teacher’s health: gender analysis]. Cad Saúde Coletiva. 2009;17(3):657-74. Portuguese.

Fonseca ML, Guimarães MB, Vasconcelos EM. Diffuse distress and common mental disorders: a bibliographic review. Rev APS. 2008;11(3): 285-94. Portuguese.

Sousa FSS, Silva CAF, Oliveira EN. Serviço de emergência psiquiátrica em hospital geral: estudo retrospectivo. Rev. Esc. Enferm. USP. 2010;44(3):796- 802

Oliveira RPO, Laus AM. Caracterização de pacientes de unidade de internação psiquiátrica, segundo o grau de dependência do cuidado de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(5):1164-70.

Botti NCL, Ferreira SC, Nascimento RG, Pinto JAF. Condições de saúde de mulheres com trantornos mentais. 2013;14(6):1209-16.

Salles MM, Barros S. Reinternação em hospital psiquiátrico: a compreensão do processo saúde/doença na vivência do cotidiano. Rev Esc Enferm USP. 2007;41(1):73-81.

Silva TL. Perfil Sociodemográfico, Clínico e de Internação de Pacientes em Tratamento na Unidade Psiquiátrica de um Hospital Geral. 112fls. (Dissertação) Mestrado em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná, 2011.

Gerra CS, Herculano MM, Filha MOF, Dias MD, Cordeiros RC, Araújo VS. Perfil epidemiológico e prevalência do uso de psicofármacos em uma unidade referência para saúde mental. Rev enferm UFPE. Recife, jun 2013; 7(6):4444-51.

Videbeck SL. Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria. 5th ed. Porto Alegre: Artemed; 2012.

Pedrero P.M, Valdivia F, Hernández M, Rodrigo G, Cordero M, Baca J, Cruz A. iGuía de práctica clínica. Prescripción farmacológica en el adulto mayor. Rev Med Inst Mex Seguro Soc. 2013; 51(2):228-39.

Published

2017-07-11

Issue

Section

Artigo original

How to Cite

PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS E UTILIZAÇÃO DE PSICOFÁRMACOS EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO MÉDICO DE ESPECIALIDADES. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(2), 39-52. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/268

Similar Articles

1-10 of 55

You may also start an advanced similarity search for this article.

Most read articles by the same author(s)

<< < 1 2 3 > >>