ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DA VIDEOHISTEROSCOPIA COMPARADA COM A ULTRASSONOGRAFIA ATRAVÉS DOS ACHADOS DA HISTOPATOLOGIA
Keywords:
Histeroscopia. Histopatologia. Patologias Endometriais. UltrassonografiaAbstract
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência das indicações para a realização dos exames de videohisteroscopia (VHSC) de acordo com as faixas etárias e comparar com os resultados histopatológicos, padrão ouro no diagnóstico das patologias uterinas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e observacional realizado em uma clínica médica privada na cidade de Florianópolis. Foram analisados laudos de videohisteroscopia de mulheres que realizaram este exame pelo mesmo observador (ENF). Foram calculados a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN) e a acurácia da ultrassonografia (USG) e VHSC para o diagnóstico das patologias intrauterinas, comparadas com o exame histopatológico, considerado padrão ouro. Os dados receberam intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: As alterações intracavitárias diagnosticadas pelo exame de VHSC com maior prevalência em todas as idades foram o pólipo endometrial e o espessamento endometrial. A USG apresentou acurácia diagnóstica de 63,1% para pólipo e 92,8% para mioma. A acurácia diagnóstica do USG para hiperplasia endometrial foi de 72,3%, com uma sensibilidade de 42,9% e especificidade de 73,4%. A VHSC apresentou acurácia superior a 80% para todas as patologias intracaviárias, sendo que para o pólipo endometrial foi de 87,7%, com sensibilidade de 87,1% e especificidade de 88,2%. A acurácia diagnóstica da VHSC para hiperplasia endometrial foi de 83,9%, com sensibilidade de 64% e especificidade de 84,5%. CONCLUSÃO: A videohisterosopia é um exame de alta acurácia para o diagnóstico das patologias endometriais e deve sempre ser utilizado em associação com uma amostragem tecidual para o diagnóstico histopatológico definitivo.
References
Savran M, Sørensen S, Konge L, Tolsgaard M, Bjerrum F. Training and Assessment of Hysteroscopic Skills: A Systematic Review. Journal of Surgical Education 2016; 73(5): 906-18.
Pace W, Tom B, Sampaio M, Sampaio E, Fernandes D, D’Assumpção M. Perfil das pacientes do ambulatório de pós graduação em vídeo histeroscopia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. e-Scientia 2013; 6(2): 17-25.
Martins F, Martins N. Manual de Ginecologia. Histeroscopia Diagnóstica. Permanyer Portugal 2011; 2(42): 359- 71.
Spencer C, Whitehead M. Endometrial assessment re-visited. BJOG 1999; 106(7): 623–32.
Diniü S, Ljubiü A , Kopitoviü V , Antiü V, Stamenoviü S, Pjeviü AT. The role of hysteroscopy in diagnosis and treatment of postmenopausal bleeding. Vojnosanit Pregl 2013; 70(8): 747–50.
Bettocchi S, Ceci O, Nappi L, Pontrelli G, Pinto L. Atlas of operative laparoscopy and hysteroscopy. Informa Healthcare 2007; 471-82.
Bradley H, Nezhat F. Nezhats. Operative gynecologic laparoscopy and hysteroscopy. New York: Cambridge University Press; 2008. p. 577- 9.
Yela D, Hidalgo S, Pereira K, Gabiatti J, Monteiro I. Estudo comparativo de ecografia transvaginal e histeroscopia ambulatorial para detecção de doenças intra-uterinas. Acta Med Port 2011; 24 (2): 65-70.
Zanatta T. Estudo comparativo de achados ultrassonográficos, vídeohisteroscópicos e histopatológicos em pacientes da Maternidade Carmela Dutra - SC. [Trabalho de Conclusão de Residência Médica]. Florianópolis, 2006.
Kremer C, Barik S, Duffy S. Flexifle outpatient hysteroscopy without anestesia: a safe, sucessful and well tolerated procedure. Br J Obstet Gynaecol 1999; 106: 1259-64.
Carta G, Iovenitti P, Buttari F, D’Álfonso A, Pestilli S. Diagnostic hysteroscopy in the third millennium. Indications and role. Minerva Ginecologica 2003; 55(2):159-65.
Reznak L, Kudel M. Comparison of ultrasound with hysteroscopic and histological findings for intrauterine assessment. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub. 2018; 160(2):305-9.
Rojas PFB. Estudo da distribuição das patologias da cavidade uterina analisadas por Histeroscopia. [Tese de Mestrado] Universidade Federal de Santa Catarina; 2001.
Wanderley M, Álvares M, Vogt M, Sazaki L. Acurácia da ultrassonografia transvaginal, histeroscopia e curetagem uterina na avaliação de patologias endometriais. Rev Bras Ginecol Obstet 2016; 38:506–11.
Deckardt R, Lueken R, Gallinat A, Möller C, Busche D, Nugent W, et al Comparison of transvaginal ultrasound, hysteroscopy, and dilatation and curettage in the diagnosis of abnormal vaginal bleeding and intrauterine pathology in perimenopausal and postmenopausal women. The J Am Assoc of Gynecol Laparoscopists 2002; 9 (3):277-82.
Fay TN, Khanem N, Hosking D. Out-patient hysteroscopy in asymptomatic postmenopausal women. Climacteric 1999; 2(4): 263–7
Karageyim A, Buyukbayrak E, Kars B, Unal O, Turan M. Transvaginal sonography, sonohysterography, and hysteroscopy for investigation of focal intrauterine lesions inwomen with recurrent postmenopausal bleeding after dilatation & curettage. Arch Gynecol Obstet 2010; 281(4):637–43.
Gkrozou F, Dimakopoulos G, Vrekoussis T. Hysteroscopy in women with abnormal uterine bleeding: a meta-analysis on four major endometrial pathologies. Arch Gynecol Obstet 2015; (6):1347-54.
Babacan A, Gun I, Kizilaslan C, Ozden O, Muhcu M, Mungen E, Atay V. Comparison of transvaginal ultrasonography and hysteroscopy in the diagnosis of uterine pathologies. Int J Clin Exp Med 2014; 7(3):764-9.
Clark T, Voit D, Gupta J, Hyde C, Song F, Khan K. Accuracy of hysteroscopy in the diagnosis of endometrial cancer and hyperplasia: a systematic quantitative review. JAMA 2002; 288(13):1610–21.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Arquivos Catarinenses de Medicina
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
