PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E CERVICALGIA EM DENTISTAS EM UMA CIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA.

Autores/as

  • Martins Back Netto
  • Lucas Henrique Rossato Universidade do Sul de Santa Catarina

Palabras clave:

Dor lombar. Cervicalgia. Odontólogos. Doenças profissionais. Exercício. Dor Musculuoesquelética

Resumen

Objetivos: Devido ao fato de os dentistas possuírem altos níveis de estresse por jornadas de trabalho muito prolongadas, postura inadequada e grande permanência na mesma posição este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de lombalgia e cervicalgia em dentistas da cidade de Tubarão-SC e relacionar com variáveis demográficas e laborais. Métodos: Estudo transversal, com coleta realizada através de pesquisa online e pessoalmente através de três questionários: sociodemográfico, questionário internacional de atividade física (IPAQ) e questionário nórdico de sintomas osteomusculares. Foram encontrados 282 dentistas registrados no site do CRO, no entanto tratando-se de um estudo censitário não foi realizado um cálculo amostral. Foram incluídos os dentistas que aceitaram participar da pesquisa e responderam adequadamente as perguntas. As diferenças nas proporções foram testadas pelo teste de Qui-quadrado (X2) e as de médias pelo teste t de Student, ou equivalentes não paramétricos, conforme adequação dos dados. O nível de significância estatística adotado foi de 5% (valor de p<0,05). Resultados: Foram obtidas 78 respostas através da coleta de dados, a maioria sendo do sexo feminino (57,7%), média de idade de 33,9 anos e trabalhavam em média 39,8 horas por semana. A prevalência geral de lombalgia nos últimos 12 meses (crônica) foram 75,6% e de cervicalgia crônica foram 61,5%. De acordo com o IPAQ 44,9% apresentavam alto índice de atividade física, porém ao relacionar os dados com as queixas dolorosas não houve significância estatística. A cervicalgia crônica teve associação positiva com o sexo feminino (p=0,042), participantes que declararam realizar atividade física (p=0,049) e não obesos (p=0,012). A cervicalgia aguda obteve associação positiva com a presença de auxiliar nos atendimentos (p=0,029). Conclusões: Conclui-se então que a lombalgia foi mais prevalente nos últimos 12 meses, seguida pela cervicalgia. Infere-se ainda que as associações positivas do estudo foram sexo feminino, realizar exercícios e não-obesos para cervicalgia crônica e presença de auxiliar nos atendimentos para cervicalgia aguda.

Biografía del autor/a

  • Martins Back Netto
    Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (2007). Atualmente é professor da Universidade do Sul de Santa Catarina. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do sul de Santa Catarina. Prestador de serviço do Hospital Nossa Senhora da Conceição, prestador de serviço - Ortoimagem - Centro de Ortopedia e Imagem e prestador de serviço do Hospital E Maternidade Socimed. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: Ortopedia e Traumatologia e cirurgia da coluna.
  • Lucas Henrique Rossato, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Acadêmico da décima segunda fase do curso de medicina

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Publicado

2019-12-26

Número

Sección

Artigo original

Cómo citar

PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E CERVICALGIA EM DENTISTAS EM UMA CIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(4), 126-139. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/579

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