A RECRUDESCÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA

Autores

  • Luiza Silva Menegazzo Universidade Federal de Santa Catarina
  • Mariane Kloppel Silva Toldo Universidade Federal de Santa Catarina
  • Anelise Steglich Souto Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Sífilis congênita. Gravidez. Cuidado pré-natal. Notificação.

Resumo

A Sífilis Congênita é uma doença sistêmica, de transmissão vertical ou sexual, com grande impacto para a saúde publica. Sendo um tema de grande relevância, este trabalho tem como objetivo determinar a incidência de sífilis congênita e comparar os dados encontrados com os dados dos últimos 15 anos e avaliar a taxa de notificação do agravo para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Trata-se de um estudo observacional, transversal e de coleta secundária de dados que incluiu todos os casos de Sífilis Congênita ocorridos entre 01/02/2014 a 31/07/2015, através de busca ativa dos testes não-treponêmico reativos das puérperas no banco de dados informatizado do hospital, seguida da pesquisa no prontuário das mulheres e seus recém-nascidos identificando os casos da doença. Finalmente, comparou-se o número de casos identificados com aqueles notificados à Vigilância Epidemiológica e com resultados obtidos em estudos anteriores na mesma instituição. No período estudado, ocorreram 26 casos de Sífilis Congênita, com uma incidência de 8,6 casos para cada 1000 nascidos vivos e aumento de 126% quando comparado à taxa de 2008. Houve notificação de 88% dos casos. Conclui-se deste trabalho, que a atual incidência de Sífilis Congênita é elevada, com aumento significativo das suas taxas nos últimos 15 anos e que não houve notificação de todos os casos.

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Publicado

02/03/2018

Como Citar

Menegazzo, L. S., Toldo, M. K. S., & Souto, A. S. (2018). A RECRUDESCÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA. Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 2–10. Recuperado de https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/165

Edição

Seção

Artigo original