COMUNICANDO NOTÍCIAS DIFÍCEIS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

  • Rodrigo Barbosa Longuinho e Silva

Palavras-chave:

Boletim médico, Transmitindo notícias difíceis, Unidade de terapia intensiva

Resumo

Este artigo procura discutir distintas abordagens que envolvem a comunicação de notícias difíceis no ambiente de terapia intensiva, considerando algumas de suas estratégias, a visão médica e a visão de pacientes e familiares envolvidos.

Dentro de uma proposta de revisão simples da literatura, foi realizado levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados eletrônicas: Medline, Embase, LILACS, COCHRANE, Controlled Trial Database, SciSarch, sendo selecionados artigos referentes ao tema proposto até agosto de 2014.

Qualquer informação adversa que afeta seriamente a visão de um indivíduo e de seu futuro pode ser definida como má notícia. Sua transmissão implica, direta ou indiretamente, em alguma alteração negativa na vida de quem as recebe. Por se tratar de uma tarefa difícil e estressante, muitos médicos a evitam ou a realizam de maneira inadequada. Esse fato promove consequências negativas para os próprios médicos, para o paciente e seus familiares. Dentre as estratégias descritas pela literatura, encontram-se o protocolo SPIKES e o estudo do programa italiano PERCs.

Uma boa relação entre as partes constrói um canal de comunicação essencial para a transmissão de notícias difíceis, de forma clara e honesta, sem falsas esperanças, lidando com a possibilidade de deixar os pacientes escolherem o que querem saber. Deve-se, portanto, aprender a importância do silêncio respeitando a vontade da pessoa de quem se está transmitindo qualquer informação.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Barbosa Longuinho e Silva
    Mestre em Gestão em Tecnologia e Inovação em Saúde pelo Hospital Sírio Libanês – São Paulo/SP. Médico especialista em Terapia Intensiva pela AMIB/AMB.Médico Coordenador na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Bom Jesus – Ituporanga/SC.

Referências

Azoulay E, Pochard F, Kentish-Barnes N, et al. Risk of post-traumatic stress symptoms in family members of intensive care unit patients. Am J Respir Crit Care Med. 2005;171:987–994.

Meyer EC, Burns JP, Griffith JL, Truog RD. Parental perspectives on end-of-life care in the pediatric intensive care unit. Crit Care Med. 2002;30:226–231.

Mack JW, Hilden JM, Watterson J, Moore C, Turner B, Grier HE, Weeks JC, Wolfe J. Parent and physician perspectives on quality care at the end of life in children with cancer. J Clin Oncol. 2005;23:9155–9161.

Buckman R. Breaking bad news. Why is still so difficult? BMJ. 1984;288(6430):1597–1599.

Surbone A, Ritossa C, Spagnolo AG. Evolution of truth-telling attitudes and practices in Italy. Crit Rev Oncol Hematol. 2004;52:165–172.

Surbone A. Information to cancer patients: Ready for new challenges? Support Care Cancer.2008;16:865–868.

Buckman R. How to Break Bad News: A guide for healthcare professionals. New England J Med 1992. 329: 223.

Ishaque S, Saleem T, Khawaja FB,Qidwai W. Breaking bad news: exploring patient's perspective and expectations. J Pak Med Assoc. 2010;(60) 5:407-411.

Janice M. Breaking bad news. J Med Humanit.2011;32:187–211.

Azoulay E, Pochard F, Chevret S, et al. Meeting the need of intensive care unit patient families. Am J Respir Crit Care Med. 2001;63:135–139.

Joanne M. Shaw JM, Brown RF, Dunn SM. A qualitative study of stress and coping responses in doctors breaking bad news. Patient Educ Couns. 2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.pec.2012.11.006.

Moreau D, Goldgran-Toledano D, Alberti C,et al. Junior versus Senior Physicians for Informing Families of Intensive Care Unit Patients. Am J Respir Crit Care Med. 2004;169: 512–517.

Ngo-Metzger Q, August KJ, Srinivasan M, Solomon L, Meyskens FL. End-of-Life Care: Guidelines for Patient-Centered Communication. Am Fam Physician. 2008;77(2):167-74.

Baile WK, Buckman R, Lenzi R, Glober G, Beale EA, Ku-delka AP. SPIKES – a six-step protocol for delivering bad news: application to the patient with cancer. Oncologist.2000;5(4): 302-311.

Lamiani G, Meyer EC, Leone D, et al. Cross-cultural adaptation of an innovative approach to learning about difficult conversations in healthcare. Med Teacher. 2011;33(2):57-64. doi: 10.3109/0142159X.2011.534207. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21275534.

Schiavo, R. Health communication: from theory to practice. San Francisco: Jossey-Bass, 2014.

Breaking Bad News: Regional Guidelines. 2003. Developed from Partnerships in Caring, Department of Health Social Services and Public Safety HMSO Belfast. (Online) Cited 2013 September 24. Available from URL: http://www.dhsspsni.gov.uk/breaking_bad_news.pdf.

Tavakol M, Torabi S, Lyne OD, Zeinaloo AA. A Quantitative Survey of Intern's Knowledge of Communication Skills: an Iranian Exploration. BMC Med Educ. 2005;5:6.

Baile WF, Lenzi R, Parker PA, Buckman R, Cohen L. Oncologists. Attitudes Toward and practices in Giving Bad News: An Exploratory Study. J Clin Oncol.2002;20(8):2189-96.

Díaz FG. Comunicando malas noticias en Medicina: recomendaciones para hacer de la necesidad virtud. Med Intensiva 2006;30(9):452-9.

Baile WF, Aaron J. Patient-physician communication in oncology: past, present, and future. Curr Opin Oncol. 2005;17(4):331-335.

Leal F. Transmissão de más notícias: Dossier Cuidados Paliativos. Rev Port Clin Geral. 2003;19:40-43.

Downloads

Publicado

23/08/2016

Edição

Seção

Artigo de revisão

Como Citar

COMUNICANDO NOTÍCIAS DIFÍCEIS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 44(1), 82-92. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/13

Artigos Semelhantes

31-40 de 544

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.