TABAGISMO E CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS ENTRE PROFESSORES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL

Autores

  • Samuel Eneias Pereira Viana Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Daiana Louise Andrade Silva Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Francisca Maria Araújo da Silva Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Ivan Carlos Tenório Lins Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Betine Pinto Moehlecke Iser Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina

Palavras-chave:

hábito de fumar, bebidas alcoólicas, inquéritos epidemiológicos, profissionais de saúde

Resumo

Objetivos: Identificar a prevalência do uso de cigarros e de bebidas alcoólicas entre os professores do curso de medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, campus Tubarão. Métodos: Foi realizado inquérito com os professores do curso de Medicina do campus UNISUL-Tubarão, utilizando questionário adaptado do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL). As prevalências dos fatores estudados foram apresentadas em proporção (%) e intervalo de confiança (IC) de 95%, e comparações por razão de prevalência brutas e ajustadas, com nível de significância de 5%. Resultados: Entre 155 indivíduos estudados, 61,3% são do sexo masculino, com idade média de 45,2 (±10,6) e 80,6% médicos. O uso atual e passado do cigarro foi relatado por 2,6% e 21,9%, respectivamente. A média de idade foi de 53,2 (±10,2) anos para os que já fumaram e de 42,9 (±9,7) anos para os que nunca fumaram (p<0,0001). O uso de bebidas alcoólicas foi relatado por 72,9%, de forma abusiva em 23,9%. O sexo masculino foi fator independente associado ao habito de fumar no passado e ao uso e abuso de álcool.   Conclusão: A frequência de tabagismo entre os professores de Medicina foi baixa, mas o consumo de bebidas alcoólicas foi elevado em relação aos dados nacionais.

Biografia do Autor

  • Samuel Eneias Pereira Viana, Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médico formado pela Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Daiana Louise Andrade Silva, Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médica formada pela Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Francisca Maria Araújo da Silva, Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médica formada pela Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina, especialização em Cardiologia
  • Ivan Carlos Tenório Lins, Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médico formado pela Faculdade de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Betine Pinto Moehlecke Iser, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina

    Mestre e Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

    Atualmente é professora do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, e do Núcleo de Epidemiologia da Faculdade de Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL - Tubarão). 

Referências

Sabry MOD, Sampaio HAC, Silva MGC. Tabagismo e etilismo em funcionários da Universidade Estadual do Ceará. J Pneumol 1999;25(6):313-20.

Silval LVER, Malbergierll A, Stempliukl VA, Andradell AG. Fatores associados ao consumo de álcool e drogas entre estudantes universitários. Rev Saúde Pública 2006;40(2):280-8.

Carlini EA. Epidemiologia do uso de álcool no Brasil. Arq Méd ABC 2006;31(Suppl 2):4-7.

Aliane PP, Lourenço LM, Ronzani TM. Estudo comparativo das habilidades sociais de dependentes e não dependentes de álcool. Psicol Estud 2006;11(1):83-8.

Chaieb JÁ, Castellarin C. Associação tabagismo-alcoolismo: introdução às grandes dependências humanas. Rev Saúde Pública 1999;32(3):246-54.

Primo NLNP, Stein AT. Prevalência do abuso e da dependência de álcool em Rio Grande (RS): um estudo transversal de base populacional. Rev Psiquiatr RS 2004;26(3):280-6.

World Health Organization (WHO). WHO Report on the Global Tobacco Epidemic, 2008: The MPOWER package. Geneva: World Health Organization; 2008.

. Almeida AF, Mussi FC. Tabagismo: conhecimentos, atitudes, hábitos e grau de dependência de jovens fumantes de Salvador. Rev Esc Enferm USP 2006;40(4):456-63.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: Tabagismo 2008. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Vigescola. Vigilância de tabagismo em escolares: dados e fatos de 12 capitais Brasileiras. Rio de Janeiro: INCA; 2004.

Meireles, R.H.S. A ratificação da Convenção-Quadro para o controle do tabaco pelo Brasil: uma questão de saúde pública. J. Bras. Pneumol., v.32, n.1, p.ii-iii, 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: VIGITEL 2015. Brasília: Ministério da Saúde; 2016.

Malta DC, Iser BPM, Sá NNB de, Yokota RT de C, Moura L de, Clara RM, et al. Tendências temporais no consumo de tabaco nas capitais brasileiras, segundo dados do VIGITEL , 2006 a 2011 Trends in tobacco consumption from 2006 to 2011 in Brazilian capitals according to the VIGITEL survey Tendencias temporales en el consumo de tabaco. Cad Saúde Pública, Rio Janeiro. 2013;29(4):812–22.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab). Rio de Janeiro:Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2009.

Moura EC, Malta DC. Consumo de bebidas alcoólicas na população adulta brasileira: características sociodemográficas e tendência. Alcoholic beverage consumption characteristics and trends. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(1):61–70.

Rosemberg J, Perón S. Tabagismo entre estudantes da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. In Tabagismo nos acadêmicos de medicina e nos médicos. J Pneumol 1990;16:13-22

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: VIGITEL 2006. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.

Passos VMA, Assis TD, Barreto SM. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Epidemiol Serv Saúde 2006; 15:35-45

Opaleye ES, Sanchez ZM, Moura YG, Galduróz JCF, Locatelli DP, Noto AR. The Brazilian smoker: a survey in the largest cities of Brazil. Rev Bras Psiquiatr 2012; 34:43-51.

Giovino GA, Mirza SA, Samet JM, Gupta PC, Jarvis MJ, Bhala N, et al. Tobacco use in 3 billion individuals from 16 countries: an analysis of nationally representative cross-sectional household surveys. Lancet. 2012;380:668–79.

Adan JCM, Jiménez BM, Herrer MG. Desgaste profesional y la salud de los profesionales médicos: revisión y propuestas preventivas. Med Clín 2004;123(7):265-70.

Guevara CA, Henao DP, Herrera JA. Síndrome de desgaste profesional en médicos internos y residentes. Hospital Universitario del Valle, Cali, 2002. Colomb Med 2004;35(4):173-8.

Perales A, Sogi C, Morales R. Estudio comparativo de salud mental en estudiantes de medicina de dos universidades estatales peruanas. An Fac Med 2003;64(4):239-46.

Rosta J. Hazardous alcohol use among hospital doctors in Germany. Alcohol Alcohol 2008;43(2);198-203.

Halty LS, Huttner MD, Netto I de O, Fenker T, Pasqualini T, Lempek B, et al. Pesquisa sobre tabagismo entre médicos de Rio Grande , RS : prevalência e perfil do fumante . J Pneumol. 2002;28(2):77–83.

Downloads

Publicado

25/03/2019

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

TABAGISMO E CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS ENTRE PROFESSORES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(1), 48-59. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/372

Artigos Semelhantes

1-10 de 555

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)