PREVALÊNCIA DE MULTIMORBIDADE E FATORES ASSOCIADOS NA POPULAÇÃO IDOSA DA REGIÃO SUL DO BRASIL

Autores

  • Pedro Vinícius Cláudio Acadêmico do curso de Medicina, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
  • Danielle Bordin Doutora e Professora do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
  • Clóris Regina Blanski Grden Doutora e Professora do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. E-mail: reginablanski@hotmail.com
  • Manoelito Ferreira Silva Junior Professor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Professor do Curso de Odontologia do Centro Universitário de União da Vitória, União da Vitória, Paraná, Brasil.
  • Erildo Vicente Muller Doutor e Professor do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública. Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.

Palavras-chave:

Idoso. Comorbidade. Multimorbidade. Doença Crônica.

Resumo

Objetivo: Descrever a prevalência e os fatores associados à multimorbidade de pacientes idosos da região Sul do Brasil. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, com dados secundários de base populacional da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). As informações foram obtidas por meio de entrevistas individuais, em domicílio. Para análise foi considerado apenas dados da região Sul do Brasil, e utilizado o teste de qui-quadrado (p?0,05). Resultado: Um total de 1625 idosos participaram do estudo. A prevalência de multimorbidade entre presente em 54,0%, sendo as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis mais prevalentes, a dislipidemias (71,3%), hipertensão arterial sistêmica (51,8%) e problemas de coluna (31,9%). A multiborbidade foi associada ao sexo feminino, idosos mais longevos, com menor escolaridade e residentes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina (p<0,05). Além disso, os idosos com multimorbidade tiveram maior dificuldade de locomoção e faziam uso de óculos (p<0,05). Conclusão: A prevalência de multimorbidade na população idosa da região Sul do Brasil foi alta e os fatores associados a fatores múltiplos. Assim, faz-se necessário o melhor planejamento de serviços e alocação de mão-de-obra para otimizar a atenção a saúde.

Referências

Fortin M, Stewart M, Poitras ME, Almirall J, Maddocks H. A systematic review of prevalence studies on multimorbidity: toward a more uniform methodology. Ann Fam Med. 2012; 10(2):142-51.

Barnett K, Mercer S W, Norbury M, Watt G, Wyke S, Guthrie B. Epidemiology of multimorbidity and implications for health care, research, and medical education: a cross-sectional study. The Lancet, 2012; 380(9836): 37-43.

Lefèvre T, D'Ivernois JF, Andrade V, Crozet C, Lombrail P, Gagnayre R. What do we mean by multimorbidity? An analysis of the literature on multimorbidity measures, associated factors, and impact on health services organization. Rev Epidemiol Sante Publique, 2014; 62(5): 305-14.

Salive ME. Multimorbidity in older adults. Epidemiologic Reviews, 2013; 1(1): 75-83.

Cheung CL, Nguyen US, Au E, Tan KC, Kung AW. Association of handgrip strength with chronic diseases and multimorbidity. Age, 2013; 35(3): 929-41.

Wang HHX, Wang JJ, Lawson KD, Wong SYS, Wong MCS, Li FJ, et al. Relationships of Multimorbidity and Income With Hospital Admissions in 3163 Health Care Systems. The Annals of Family Medicine. 2015; 13(2):164-7.

Marengoni A, Angleman S, Melis R, Mangialasche F, Karp A, Garmen A et al. Aging with multimorbidity: a systematic review of the literature. Ageing Res Rev. 2011; 10(4):430-9.

World Health Organization. Global status report on noncommunicable diseases 2010. Geneva: World Health Organization, 2011.

Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde, 2011.

American Geriatrics Society Expert Panel on the Care of Older Adults with Multimorbidity. Guiding principles for the care of older adults with multimorbidity: an approach for clinicians. J Am Geriatr Soc 2012; 60(10):e1-25.

Veras R, Lima-Costa MF. Epidemiologia do Envelhecimento. In: Barreto ML, organizador. Epidemiologia & saúde: fundamentos, métodos, aplicações Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p. 427-437.

Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasília, 2014.

Hussain MA, Huxley RR, Mamun AA. Multimorbidity prevalence and pattern in Indonesian adults: an exploratory study using national survey data. BMJ Open, 5(12): e009810, 2015.

Marengoni A, Winblad B, Karp A, Fratiglioni L. Prevalence of chronic diseases and multimorbidity among the elderly population in Sweden. American Journal of Public Health, 98(7): 1198-1200, 2008.

Wang HH, Wang JJ, Wong SY, Wong MC, Li FJ, Wang PX, et al. Epidemiology of multimorbidity in China and implications for healthcare: cross-sectional survey among 162,464 community household residents in southern China. BMC medicine, 12(1): 188-199, 2014.

Boyd CM, Fortin M. Future of multimorbidity research: How should understanding of multimorbidity inform health system design? Public Health Reviews, 32(2): 451-474, 2010.

Semlitsch T, Jeitler K, Hemkens LG, Horvath K, Nagele E, Schuermann C, et al. Increasing physical activity for the treatment of hypertension: a systematic review and meta-analysis. Sports Med. 2013;43(10):1009-23.

Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. 1st ed. Brasilia: Organização Pan-Americana de Saúde, 2012.

Nunes BP, Thumé E, Facchini LA. Multmorbidade em idosos. Tese doutorado - Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Pelotas – RS, 2015.

Malta DC, Bernal RTI, Lima MG, Araújo SSC, Silva MMA, Freitas MIF, Barros MBA. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Rev Saúde Pública, 2017; 51(Suppl. 1): 4s.

Lima-Costa MF, Peixoto SV, Firmo JOA, Uchoa E. Validade do diabetes auto-referido e seus determinantes: evidências do projeto Bambuí. Rev Saude Publica. 2007;41(6):947-53.

Costa CS, Flores TR, Wendt A, Neves RG, Tomasi El, Cesar JA, Bertoldi AD, Ramires VV, Nunes BP. Inequalities in multimorbidity among elderly: a population-based study in a city in Southern Brazil. Cad Saúde Pública, 2018; 34(11), e00040718.

Paixão Junior CM, Heckmann MF. Distúrbios da postura, marcha e quedas. In: Freitas EV, Py L, Néri AL, Cançado FAX, Gorzoni ML, Rocha SM. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. P. 624-34.

Carter TL. Age-related vision changes: a primary case guide. Geriatrics. 1994; 49(9):37-42, 45; quiz 46-7.

Downloads

Publicado

03/02/2021

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PREVALÊNCIA DE MULTIMORBIDADE E FATORES ASSOCIADOS NA POPULAÇÃO IDOSA DA REGIÃO SUL DO BRASIL. (2021). Arquivos Catarinenses De Medicina, 49(4), 14-24. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/600

Artigos Semelhantes

1-10 de 143

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)