PERFIL DA TAXA DE CESARIANA CONFORME CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO SUL DO BRASIL

Autores

  • Andressa Moreira Iwanusk Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE
  • João Pedro de Paula Bertoli Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, Curitiba (PR)
  • Matheus Leite Ramos de Souza Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE
  • Matheus Pisa Freitas Universidade Positivo, Curitiba (PR)
  • Thiago Ribeiro e Silva Universidade Positivo, Curitiba (PR)
  • Dieter Alisson Neumann Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Palavras-chave:

Cesárea. Maternidade brasileira. Classificação de Robson.

Resumo

Em um estudo de corte transversal, foram avaliados todos os nascimentos e agrupados de acordo com a classificação de Robson em uma maternidade brasileira do sul do país, nos anos de 2011 até 2016. Foi calculado a taxa de cesariana, a população foi classificada nos 10 grupos e a evolução de cada grupo foi realizada a cada 2 anos. Foi utilizado o teste de X2, com nível de significância de 95%. Foram avaliados 33.472 partos, dos quais 12.592 foram realizados via cesariana, uma taxa de 37,3%. Os maiores grupos e os que mais contribuíram com a taxa de cesariana foram o 5 (13,5%) e o 2 (9,3%). Foi observado um aumento significantemente estatístico nas taxas de cesárea nas primigestas, termo, que internaram em trabalho de parto espontâneo (Grupo 1) e nas multíparas, termo, com uma ou mais cesáreas prévias (Grupo 5). Já os grupos das primigestas e das multíparas sem cesárea anterior, termo, cujo parto é induzido ou que são submetidas à cesárea antes do início do trabalho de parto (Grupo 2 e 4) apresentaram uma diminuição significantemente estatística nos índices de cesárea no período avaliado.

Referências

Mylonas I, Friese K. Indikationen, Vorzüge und Risiken einer elektiven Kaiserschnittoperation. Dtsch Arztebl Int. 2015;112(29–30):489–95.

Gonçalves AC. Cirurgia cesariana no SUS: análise socioeconômica de 1995 a 2015 [trabalho de conclusão de curso]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2015.

Betrán AP, Ye J, Moller AB, Zhang J, Gülmezoglu AM, Torloni MR. The increasing trend in caesarean section rates: Global, regional and national estimates: 1990-2014. PLoS One. 2016;11(2):1–12.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. As cesarianas no Brasil: situação no ano de 2010, tendências e perspectivas. In: Saúde Brasil 2011: Uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. 1ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. p. 373- 94.

Domingues RMSM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, Torres JA, d’Orsi E, Pereira APE, et al. Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: Da preferência inicial das mulheres à via de parto final. Cad Saúde Publica. 2014;30 Suppl 1:S101–16.

Westphal F, Goldman RE. Cesárea Desnecessária no Brasil : Revisão integrativa Introdução Método. Enferm Obs. 2014;1(3):86–94.

O’Hara MH, Frazier LM, Stembridge TW, et al. Physician-led, hospital-linked, birth care centers can decrease cesarean section rates without increasing rates of adverse events. J Midwifery Womens Health. 2013;40(3):155–63.

Cho CE, Norman M. Cesarean section and development of the immune system in the offspring. Am J Obstet Gynecol. 2013;208(4):249–54.

Sevelsted A, Stokholm J, Bønnelykke K, Bisgaard H. Cesarean section chronic immune disorders. Pediatrics. 2015;135(1):92–8.

Mueller NT, Whyatt R, Hoepner L, Oberfield S, Dominguez-Bello MG, Widen EM, et al. Prenatal exposure to antibiotics, cesarean section and risk of childhood obesity. Int J Obes. 2015;39(4):665–70.

World Health Organization. WHO statement on caesarean section rates. Reprod Health Matters. 2015;23:149–150.

Patah LEM, Malik AM. Models of child birth care and cesarean rates in different countries. Rev Saude Publica. 2011;45(1):185–94.

Romagnolo AN, Januário BS, Freitas VB, Sousa NL, Gomes MB. Realidade obstétrica do Brasil: Panorama teórico e bibliográfico acerca das problemáticas envolvidas. Actas do 12º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde; 2018 Jan 25-27; Lisboa, PT. ISPA; 2018

Nakamura-Pereira M, Carmo Leal M, Esteves-Pereira AP, Domingues RMSM, Torres JA, Dias MAB, et al. Use of Robson classification to assess cesarean section rate in Brazil: The role of source of payment for childbirth. Reprod Health. 2016;13 Suppl 3:S128

Torres JA, Domingues RMSM, Sandall J, Hartz Z, da Gama SGN, Filha MMT, et al. Caesarean section and neonatal outcomes in private hospitals in Brazil: Comparative study of two different perinatal models of care. Cad Saude Publica. 2014;30 Suppl 1:S220–31.

Tanaka K, Mahomed K. The ten-group robson classification: a single centre approach identifying strategies to optimise caesarean section rates. Obstetrics Gynecol Int. 2017; 2017.

Vogel JP, Betrán AP, Vindevoghel N, Souza JP, Torloni MR, Zhang J, et al. Use of the robson classification to assess caesarean section trends in 21 countries: A secondary analysis of two WHO multicountry surveys. Lancet Glob Heal. 2015;3(5):260–70.

Jayot A, Nizard J. Evolution of cesarean categories in a modified Robson classification in a single center from 2002 to 2012 due to high rate of maternal pathology. J Obstet Gynaecol Res. 2016;42(6):648–54.

Roberge S, Dubé E, Blouin S, Chaillet N. Reporting Caesarean Delivery in Quebec Using the Robson Classification System. J Obstet Gynaecol Canada. 2017;39(3):152–6.

Jawa A, Garg S, Bora T. Evaluation of Caesarean Section Rate Using Rob son ’ s 10 Group Classification in a Tertiary Care Centre. J of Dental and Medical Sciences. 2017;16(6):85–9.

Fatusic J, Hudic I, Fatusic Z, Zildzic-Moralic A, Zivkovic M. Cesarean Section Rate Analysis in University Hospital Tuzla - According to Robson’s Classification. Med Arch. 2016;70(3):213–6.

Abdullah E, Idris A, Saparon A. Papr reduction using scs-slm technique in stfbc mimo-ofdm. ARPN J Eng Appl Sci. 2017;12(10):3218–21.

Ferraz LM. Contribuição à análise das taxas de cesarianas utilizando a classificação de Robson, a partir do estudo de mulheres com cesariana prévia, em um hospital universitário [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2015.

Robson M, Hartigan L, Murphy M. Methods of achieving and maintaining an appropriate caesarean section rate. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2013;27(2):297–308.

Atnurkar KB, Mahale AR. Audit of Caesarean Section Births in Small Private Maternity Homes: Analysis of 15-Year Data Applying the Modified Robson Criteria, Canada. J Obstet Gynecol India. 2016;66(1):289–94.

Zhang J, Geerts C, Hukkelhoven C, Offerhaus P, Zwart J, De Jonge A. Caesarean section rates in subgroups of women and perinatal outcomes. BJOG An Int J Obstet Gynaecol. 2016;123(5):754–61.

Le Ray C, Prunet C, Deneux-Tharaux C, Goffinet F, Blondel B. Classification de Robson : un outil d’évaluation des pratiques de césarienne en France. J Gynecol Obstet Biol la Reprod. 2015;44(7):605–13.

Betrn AP, Gulmezoglu AM, Robson M, Merialdi M, Souza JP, Wojdyla D, et al. WHO global survey on maternal and perinatal health in Latin America: Classifying caesarean sections. Reprod Health. 2009;6(1):4–11.

Downloads

Publicado

15/06/2022

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

PERFIL DA TAXA DE CESARIANA CONFORME CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO SUL DO BRASIL. (2022). Arquivos Catarinenses De Medicina, 50(3), 29-40. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/767

Artigos Semelhantes

381-390 de 545

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)