LINFOMA DE BURKITT PRIMÁRIO OVARIANO - UM RELATO DE CASO

Authors

  • Lee I-Ching Universidade Federal de Santa Catarina
  • André de Faria Ramos Universidade Federal de Santa Catarina

Keywords:

Linfoma de Burkitt, ovariano, massas abdominais, massas pélvicas, imunoistoquímica

Abstract

Objetivo: O presente estudo objetiva relatar um caso de linfoma de Burkitt primário ovariano, uma rara condição na prática clínica. Propõe-se, também, chamar a atenção para a possibilidade de ocorrência desse caso.

Método: Este é um estudo descritivo observacional baseado em coleta de dados clínicos, laboratoriais, radiológicos e cirúrgicos por revisão de prontuário da paciente Serviço de Arquivo Médico (SAME) do Hospital Universtário (HU) e de dados patológicos, imunoistoquímicos e de citometria de fluxo relacionados ao caso no Serviço de Anatomia Patológica do SAP/HU-UFSC.

Relato: Este relato descreve um linfoma de Burkitt ovariano primário em uma paciente de 20 anos que apresentou dor abdominal e sangramento vaginal de média monta, antes durante e depois da sua gravidez. Uma massa ovariana foi diagnosticada depois de 16 meses do começo dos sintomas, seguido de abordagem cirúrgica e quimioterápica. O linfoma de Burkitt foi diagnosticado por meio de análise histopatológica, imunoistoquímica e citometria de fluxo. A paciente foi submetida à quimioterapia e apresenta resposta parcial até o momento após quatro meses de seguimento.

Conclusão: Linfoma primário ovariano é um caso raro em ginecologia. Alta suspeição diagnóstica de linfoma de Burkitt é essencial para o diagnóstico correto. A multidisciplinaridade na abordagem ao caso leva a desfechos menos invasivos e mais certeiros.

Author Biographies

  • Lee I-Ching, Universidade Federal de Santa Catarina
    Professora do curso de graduação em Medicina. Departamento de Patologia. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis (SC) Brasil
  • André de Faria Ramos, Universidade Federal de Santa Catarina
    Acadêmico do curso de graduação em Medicina. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis (SC) Brasil

References

Walusansa V, Okuku F, Orem J. Burkitt lymphoma in UGANDA, the legacy of Denis Burkitt and an update on the disease status. Br J Haematol. 2012;156(6):757–60.

Saleh K, Michot JM, Camara-Clayette V, Vassetsky Y, Ribrag V. Burkitt and Burkitt-Like Lymphomas: a Systematic Review. Curr Oncol Rep. 2020;22(4):1–9.

Santos I, Danda T, Teixeira A. Aspectos clínicos e tomográficos do linfoma de Burkitt em paciente pediátrico - relato de caso. Rev Cir e Traumatol Buco-maxilo-facial. 2015;15(2):21–6.

Jacobson C, LaCasce A. How I treat Burkitt lymphoma in adults. Blood [Internet]. 2014 Nov 6;124(19):2913–20. Available from: https://ashpublications.org/blood/article/124/19/2913/33277/How-I-treat-Burkitt-lymphoma-in-adults

Dunleavy K, Gross TG. Management of aggressive B-cell NHLs in the AYA population: An adult vs pediatric perspective. Blood. 2018;132(4):369–75.

Stepniak A, Czuczwar P, Szkodziak P, Wozniakowska E, Wozniak S, Paszkowski T. Primary ovarian Burkitt’s lymphoma: a rare oncological problem in gynaecology: a review of literature. Arch Gynecol Obstet. 2017;296(4):653–60.

Dunleavy K. Approach to the diagnosis and treatment of adult burkitt’s lymphoma. J Oncol Pract. 2018;14(11):665–71.

Pinto E, Batista S. Gynecological lymphomas Linfomas ginecológicos. 2014;8(2):201–5.

Crawshaw J, Sohaib SA, Wotherspoon A, Shepherd JH. Primary non-Hodgkin’s lymphoma of the ovaries: imaging findings. Br J Radiol. 2007;80(956):155–8.

Chishima F, Hayakawa S, Ohta Y, Sugita K, Yamazaki T, Sugitani M, et al. Ovarian Burkitt’s lymphoma diagnosed by a combination of clinical features, morphology, immunophenotype, and molecular findings and successfully managed with surgery and chemotherapy. Int J Gynecol Cancer. 2006;16(SUPPL. 1):337–43.

Briseño-Hernández AA, Quezada-López DR, Castañeda-Chávez A, Macías-Amezcua MD, Pintor-Belmontes JC. Linfoma tipo Burkitt bilateral de ovario. Presentación de un caso. Cir Cir. 2014;82(2):212–8.

Central H. CASO CLÍNICO Primary ovarian non-Hodgkin. 2018;64(1).

Soares NMS. Gravidez E Sist Imunitario. Univ Fernando Pessoa Fac. 2014;

Shahraki A, Mohammadizadeh F, Zafarbakhsh A. Intraoperative diagnosis by frozen section study would prevent unnecessary surgery in ovarian Burkitt?s lymphoma. Adv Biomed Res. 2014;3(1):71.

Bociek RG. Burkitt’s Lymphoma: Challenges and Practical Considerations for Modern Therapy. J Oncol Pract [Internet]. 2018 Nov;14(11):679–80. Available from: http://ascopubs.org/doi/10.1200/JOP.18.00641

Published

2022-12-16

Issue

Section

Relato de caso

How to Cite

LINFOMA DE BURKITT PRIMÁRIO OVARIANO - UM RELATO DE CASO. (2022). Arquivos Catarinenses De Medicina, 51(1), 144-154. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/900

Similar Articles

211-220 of 541

You may also start an advanced similarity search for this article.